sábado, 26 de fevereiro de 2011

Bayern 1x3 Borussia Dortmund - Pintou o Campeão

Neste sábado, o Bayern recebeu o líder Borussia Dortmund no Allianz Arena lotado, visando diminuir a distância para o primeiro colocado.

Para isso, o técnico Louis Van Gaal pode contar com força máxima em sua equipe, inclusive com o trio de armadores Robben, Ribery e Muller. No entanto, o holandês cometeu um erro na distribuição de suas peças, jogando Luiz Gustavo para a lateral esquerda e deixando Pranjic à frente da zaga. Com a fraca marcação do croata, a defesa bávara acabou desprotegida,  facilitando as chegadas dos bons meias do Dortmund.

Pelo lado dos visitantes, o técnico Jürgen Klopp teve um problema de última hora no gol da equipe. O goleiro titular Weidenfeller sentiu dores e acabou barrado nos vestiários, abrindo espaço para o jovem Langerak. No mais, o mesmo time que já vem sendo utilizado ao longo da temporada, lembrando que o japonês Kagawa, lesionado, não volta na atual época.

Bayern - BorussiaFormações iniciais: Ambas as equipes no 4-2-3-1. Borussia melhor postado, marcava melhor e saía de maneira rápida e letal nos contragolpes.

O jogo começou eletrizante, com o time visitante em cima do Bayern, explorando especialmente o lado direito, com o bom meia Gotze. Porém, ironicamente, foi pelo lado esquerdo que nasceu o primeiro gol dos auri negros, quando Schweinsteiger cometeu falha incrível e deu a bola nos pés de Grosskreutz, que avançou com ela dominada e serviu Barrios, que tocou na saída de Kraft.

O Bayern tentou responder e partiu pra cima, mas esbarrava na forte marcação do Borussia, que anulava os principais jogadores e impedia qualquer ação ofensiva dos donos da casa. Assim, a bola parada se apresentava como a melhor (e única) opção para o time de Munique, e foi assim que o time chegou a igualdade, quando Ribery cobrou escanteio e achou Luiz Gustavo livre na área para bater de primeira e igualar o marcador.

O torcedor bávaro ainda comemorava o tento de igualdade, quando Barrios recuperou a bola no meio campo e partiu em velocidade até passar para Gotze na área, o camisa 31 rolou para Sahin que vinha de trás e o turco com um chute de muita categoria recolocou o Borussia na frente do placar.

Além do erro de Van Gaal, o torcedor pode aindaBarrios lamentar os dois erros da arbitragem. Primeiro ao invalidar gol legitimo de Mario Gomez, que recebeu em condição e empatou a partida. E segundo ao não assinalar a penalidade máxima quando Schmelzer tocou a bola com o braço na área.

A pressão do Bayern aumentou ainda mais no inicio da etapa final, mas a perfeita marcação do Borussia impedia as chances de finalização no gol do jovem Langerak, pouco testado até então.

A entrada de Breno até poderia corrigir os erros de posicionamento da zaga vermelha, mas a alteração por Badstuber não alterou em nada no falho sistema defensivo do time de Van Gaal, apenas trocou uma peça por outra.

Dessa forma, com uma zaga completamente perdida, o terceiro tento do Borussia era questão de um lance certo, que veio em cobrança de escanteio de Gotze aos quinze minutos, quando Hummels subiu sozinho na área para testar forte pro fundo das redes e praticamente liquidar a fatura.

Desnorteado, o Bayern partiu na base do abafa para tentar “achar” um gol e quem sabe se recuperar no jogo. Sem sucesso, o time de Jurgen Klopp se fechou de maneira perfeita e manteve o resultado favorável até o apito final.

Com a vitória – que encerra um tabu de vinte anos sem triunfo auri negro em Munique – o Borussia abre 13 pontos para o vice-colocado Bayer Leverkusen a 10 rodadas do fim do campeonato e vê a Salva de Prata cada vez mais perto da cidade de Dortmund.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Internazionale 0x1 Bayern

Por Desenho Tático (http://desenhotatico.blogspot.com/)

O caneco da última Liga dos Campeões não sairá da Itália com destino para a Alemanha, mas o Bayern de Munique deixou o estádio Giuseppe Meazza, nesta quarta-feira, quase realizado. Não se tratava de uma vingança, como fizeram questão de ressaltar todos os jogadores e comissão técnica ao longo da semana. Mas a “revanche” diante do atual campeão Inter de Milão veio com gol de Mário Gómez aos 44 minutos da etapa final, falha de Julio César e grande vantagem para o jogo de volta, pelas oitavas de final. Vitória por 1 a 0 que vale muito.

No primeiro tempo, a Inter do brasileiro Leonardo, atuou no 4-3-2-1, parecendo que estava jogando fora de casa, não jogou muito bem, e ainda deu espaços para o Bayern atacar. Já o Bayern atuou no 4-2-3-1, e foi para cima da Inter, acomodada, mas não soube muito bem aproveitar as chances que teve.

No segundo tempo, a Inter manteve o 4-3-2-1, mas com mais ofensividade, com a entrada do marroquino Kharja, mas perdeu muitos gols, e no finalzinho do jogo acabou levando um numa falha de marcação nerroazzurra, que deixou Mario Gómez completamente sozinho para pegar o rebote do chute de Robben. O Bayern continuou com 4-2-3-1, a única alteração feita por Van Gaal, foi a entrada do brasileiro Breno no lugar de Pranjic (ainda no primeiro tempo), atuação de destaque para o jovem goleiro alemão Thomas Kraft, que fechou o gol, e o oportunismo do matador Mario Gómez fez com que a equipe da região Bavaria saísse com a vitória em pleno Giuseppe Meazza, outro destaque para Robben, que não foi parado por ninguém da Inter, tanto Chivu e Cambiasso no primeiro tempo, como Zanetti, Chivu e Cambiasso no segundo tempo. Pelo lado da Inter, o destaque foi negativo, pela insistência de Leo ao manter Stankovic nos 90 minutos, atuação apagada de Stankovic, Sneijder e Maicon, que não conseguiram ajudar Eto'o no ataque, que ficou isolado no ataque e que perdeu muitos gols.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tem jogo da volta

O tabu continua, mas o empate com um gol para cada lado deve ser comemorado pelo torcedor merengue por fatores como o gol fora de casa, que dá ao time a tranqüilidade de jogar por uma igualdade sem gols no segundo jogo e principalmente pelo fraco primeiro tempo apresentado pelo Real Madrid, quando a equipe pouco assustou o goleiro Lloris.

Com as duas equipes em formações semelhantes, o Lyon no seu 4-3-3, com variações para um 4-2-3-1, uma vez que sem a posse da bola, os ponteiros Delgado e Michel Bastos voltavam para recompor o meio campo.

Lyon - MadridFormações iniciais: Reveillere saia para acompanhar CR e deixava espaço na lateral, espaço pouco aproveitado por Arbeloa. Ozil, entre a marcação de Toulalan e Kallstrom, nada fez. 

Mesmo 4-2-3-1 de José Mourinho, mas com algumas mudanças com relação à equipe prevista por este que vos escreve. Xabi Alonso, que não vinha sendo escalado entre os onze iniciais, retornou a frente da zaga merengue. Na armação central, o treinador luso preferiu o maior entrosamento de Özil com os outros homens da frente. E as duas surpresas na escalação merengue, com as entradas de Adebayor e Arbeloa na equipe titular, o primeiro, por questões técnicas e o segundo, por ser melhor marcador que Marcelo, para conter as fortes investidas de Michel Bastos.

No entanto, a opção por Arbeloa, “matou” o lado esquerdo ofensivo da equipe branca, que com Marcelo é sempre muito perigoso, sejam pelas tabelas com Cristiano Ronaldo (o que não ocorreu com o camisa 17) ou pelas descidas do brasileiro, explorando o corredor deixado pelo lateral adversário.

A equipe francesa se portou melhor na primeira etapa, quando se fechou bem e apesar de manter menos a posse da bola, soube criar chances perigosas nos contragolpes, ora com Gomis, ora com Michel Bastos. O brasileiro, por sinal, era um dos melhores jogadores em campo pelos Gones, primeiro pela direita, depois pelo lado esquerdo, quando inverteu o posicionamento com Delgado e criou boas oportunidades em tabelas com Cissokho.

O Real era apático na primeira etapa, muito pela participação (?) da dupla Ozil e Adebayor, inoperantes em campo. O alemão, encaixotado pela marcação de Toulalan e Kallstrom, só conseguia produzir algo quando se deslocava do meio para os lados do campo, enquanto o togolês não se movimentava, não dava opção para o passe.

Mourinho parece ter dado uma bela injeção de animo em seu grupo no vestiário, pois sua equipe voltou para a etapa final de forma incisiva, disposta a sair do Gerland com o resultado positivo que daria tranqüilidade para o jogo da volta. E a postura mais agressiva deu resultado aos 20 minutos, quando Benzema, que acabara de entrar (sendo inclusive aplaudido pelo torcedor do Lyon) tabelou com Cristiano Ronaldo, invadiu a área, driblou o marcador e tocou entre as pernas de Lloris para abrir o marcador.

Atordoado com o revés, o Lyon parecia ser presa fácil, porém o time de Mourinho tirou o pé do acelerador e abriu a brecha para que os donos da casa pudessem se recuperar e buscar o empate, que veio em jogada fortuita.

Gourcuff cobrou falta da intermediária em cima da barreira, a bola voltou em seus pés e o camisa 29 levantou novamente para o zagueiro Cris desviar e Gomis – em condição legal – empurrar para as redes, o famoso “gol achado”.

O tento arrancado a fórceps deu sobrevida aos Gones, que sufocaram nos minutos finais, mas de pouco adiantou, pois o justo resultado de igualdade se manteve até o apito final do alemão Wolfgang Stark. O empate com gol dá ligeira vantagem ao gigante espanhol, mas não descarta o Lyon. Teremos jogo no Bernabéu.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Lyon x Real Madrid - Hora da Revanche?

Lyon x Real Madrid

De um lado, um gigante mordido pela ingrata seqüência de insucessos na competição na qual é soberano. Do outro, um aspirante a grande, que busca a afirmação no cenário continental, para enfim, figurar entre os maiores.

Assim é Real Madrid e Lyon, um confronto marcado pelos recentes encontros entre as duas equipes na UEFA Champions League. Em um total de seis duelos, ampla vantagem para os franceses que venceram em três oportunidades e empataram as outras três.

O time de Claude Puel já não é mais o mesmo que eliminou o mesmo Madrid nas oitavas de final da última UCL e arrancou rumo a sua melhor campanha na competição, chegando até às semifinais.

Apesar da manutenção da agressiva formação em 4-3-3, com dois meio campistas mais criadores do que marcadores, o treinador modificou algumas peças com relação à equipe da última época. Boumsong, Makoun e Govou deixaram à equipe e abriram espaços para Diakhaté, Kallström e Michel Bastos (artilheiro dos Leões na UCL) entre os titulares, além de Gourcuff, que chegou do Bordeaux para dar um toque de criatividade no meio campo e ocupou o lugar do talentoso Pjanic, que foi parar no banco – particularmente, gostaria de ver os dois juntos em campo.

Na equipe da capital espanhola, José Mourinho é sem sombra de dúvidas a mudança de maior impacto com relação ao time da última temporada. O português, atual campeão da UCL, chegou ao Madrid e fez o que faz de melhor: organizou a equipe, dando definição tática e padrão de jogo a um amontoado de ótimos jogadores deixados por Manuel Pellegrini.

Além do treinador luso, chegaram também reforços que agregaram muita qualidade ao grupo. Casos dos alemães Khedira e Özil (destaques da seleção germânica na Copa do Mundo), do também luso Ricardo Carvalho e do argentino Di Maria – talvez o melhor deles.

O fato é que como nos demais seis duelos entre as duas equipes, mais uma vez o Real Madrid chega como amplo favorito para levar a melhor e avançar as quartas de final após longas seis temporadas. No entanto, a zebra francesa está pronta para aprontar novamente e seguir trilhando seu caminho rumo ao rol dos grandes. É esperar pra ver.

Lyon-MadridPrévia das equipes: Lyon no 4-3-3, com Delgado no lugar de Lisandro Lopez no lado esquerdo do ataque. Madrid em 4-2-3-1, com Lass ao lado de Khedira e Kaká na faixa central do trio de armadores. A chave do jogo pode ser Marcelo, seja explorando o corredor deixado por Reveillere, quando esse sair pra acompanhar Cristiano Ronaldo, ou dando liberdade para o sempre perigoso Michel Bastos, o artilheiro do Lyon na Liga.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ousado, Arsenal bate e abre vantagem

Que jogo! Arsenal e Barcelona fizeram jus ao apelido de “clássico do jogo ofensivo”, com a partida eletrizante de ontem no Emirates Stadium, vencida pelo ousado Arsenal por dois tentos a um.

Arsenal-Barça1

Com a liberação de Samir Nasri do departamento médico, Arsene Wenger pode escalar aquele que é considerado o “onze ideal” dos Gunners, em 4-2-3-1 com o camisa 8 pelo lado esquerdo e Walcott pela direita na linha de três armadores que tinha ainda Cesc Fabregas pela faixa central e Van Persie como a referência do ataque, além da qualidade na saída de bola com o ótimo Jack Wilshere.

Do outro lado, Pep Guardiola deslocou Abidal para compor a quarta zaga no lugar do lesionado Puyol, e Maxwell entrou na lateral esquerda, O detalhe é que nos únicos nove jogos em que a equipe catalã não venceu na temporada (sete empates e duas derrotas), Puyol não esteve em campo.

Os donos da casa começaram o jogo pressionando a saída de bola, encurralando o Barcelona em seu campo de defesa e forçando o time blaugrana a erros de passe, algo raro, mas que aconteceu até cerca de quinze minutos da etapa inicial, quando o Arsenal já poderia até ter aberto o marcador com Van Persie, após passe sensacional de Fabregas que deixou o holandês cara a cara com Valdés.

Passado o ímpeto inicial dos Gunners, o Barcelona tomou as ações da partida e voltou a jogar como Barcelona, com muita posse de bola, troca de passes, inversões de jogo e movimentação. Xavi, do alto de sua maestria, ao ver a nítida dificuldade do time em sair jogando, recuou um pouco mais para fazer a distribuição e viu em Dani Alves a válvula de escape que procurava, uma vez que Nasri não acompanhava as subidas do lateral brasileiro, que poderia ter produzido mais, não fossem os inúmeros erros.

Com a melhora do Barça na partida, começou a aparecer o talento de seu trio ofensivo, e foi aí o pecado do Arsenal na partida, marcar em linha – mesmo erro cometido pelo Real Madrid nos sonoros 5x0 do último dia 28 de novembro. O primeiro a se aproveitar da condição foi Lionel Messi que recebeu de Villa e com um leve toque tirou de Szczesny, mas a bola caprichosamente saiu à esquerda do gol. Pouco depois foi a vez de Messi retribuir a gentileza para Villa, o espanhol não desperdiçou e com um toque entre as pernas do goleiro abriu o placar.

As duas equipes voltaram do intervalo sem alterações nas peças, pois a atitude do Arsenal voltou a ser a mesma do inicio da primeira etapa, marcando a saída de bola e diminuindo os espaços, inclusive no lado direito, onde Daniel Alves, que era a saída do time catalão, passou a ser acompanhado de perto por Nasri.

Apesar de criar a primeira boa oportunidade da etapa final, quando Messi recebeu de Iniesta e bateu na rede pelo lado de fora, Guardiola preferiu se resguardar e fechar um pouco a equipe, assim, lançou Seydou Keita na vaga de Villa. Wenger, por sua vez, não perdeu tempo e trocou Song e Walcott por Arshavin e Bendtner, a fim de “agredir” um pouco mais os até então acomodados visitantes.

Arsenal-Barça2 Com as mudanças, o Arsenal se tornou mais agressivo e pode assim virar o cotejo.

Com as mudanças, o 4-2-3-1 do Arsenal virou um 4-4-1-1, com Bendtner entre os zagueiros e Van Persie saindo um pouco mais da área para armar e infiltrando nos espaços deixados pela zaga, como no tento de empate, quando Piqué saiu na cobertura a Daniel Alves e deixou um buraco na área, onde Van Persie entrou para receber o lançamento de Clichy e quase sem ângulo soltar a bomba para igualar o marcador, contando ainda com a falha de Valdés.

O gol fez o Emirates explodir e a empolgação da torcida passou para o time que partiu pra cima, em busca do gol da virada heróica, deixando o jogo ainda melhor, mais aberto, com ataques e contra ataques de ambas as equipes, e em um desses contragolpes, Fabregas achou Nasri livre pela direita, o francês avançou em velocidade até a área, onde driblou Abidal e rolou para Arshavin bater no contrapé de Valdés e virar o placar.

A vitória pela diferença mínima pode até parecer pequena, por se tratar do Barcelona, mas se os ingleses tiverem a inteligência que não tiveram no duelo da temporada passada, quando foram derrotados no Camp Nou por 4 a 1 (quatro gols de Messi), podem sair da Catalunha com uma inesperada e histórica classificação.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Postura tática e proposta de jogo dão vitória ao Tottenham

milan x tottenham 1 Primeira etapa: Milan dominado e lento nos contra ataques. Seedorf foi inerte em campo.

Com os dois times em ótima fase, Milan e Tottenham era um dos jogos que mais geravam expectativas nessa fase oitavas de final da Champions League, e em um jogo de dois tempos muito distintos, o time inglês acabou superando os italianos em pleno San Siro e arranca rumo a uma classificação histórica.

O técnico Massimiliano Allegri errou na escalação inicial de sua equipe. A entrada de Seedorf como ponta-de-lança no seu sistema de 4-3-1-2, poderia até tornar o meio-campo mais consistente, porém, limou a velocidade de transição entre meio e ataque, e deixou o setor ofensivo, hoje composto inicialmente por Robinho e Ibrahimovic, muito isolado.

Do outro lado, Harry Redknapp, escalou sua equipe no já habitual 4-4-2 em linha, dessa vez com muitos desfalques, mas ainda assim, ousado. O treinador, que havia prometido atacar em pleno San Siro, passou essa mentalidade aos seus comandados e sufocou os donos da casa na primeira etapa.

Pressionando a saída de bola milanista, o Tottenham encurralava o atual líder do Calcio em seu campo de defesa e complicava a vida do goleiro Abbiati, especialmente com as bolas alçadas na área para o grandalhão Crouch, que se movimentava de forma interessante, se posicionando sempre na segunda trave.

O goleiro Rossonero era o nome dos quarenta e cinco minutos iniciais, especialmente pelas ótimas saídas do gol, até sentir fortes dores na cabeça que o impediram de seguir na partida, substituído por Amelia, que também foi testado, quando Van Der Vaart soltou a bomba de fora da área e obrigou o arqueiro a fazer bela defesa.

Uma das poucas chegadas do Milan durante o primeiro tempo saiu dos pés da dupla de ataque, quando Robinho roubou a bola de Sandro na meia cancha e lançou Ibrahimovic em profundidade, o sueco bateu cruzado forte para intervenção de Gomes.

Com a alteração promovida por Allegri, trocando Seedorf por Alexandre Pato e recuando Robinho à função de enganche, o time da casa se tornou mais incisivo e dominou as ações da partida nos primeiros minutos da etapa derradeira, quando criou suas melhores chances no jogo, em duas cabeçadas a queima-roupa do zagueiro Yepes, onde o goleiro Gomes fez duas defesas espetaculares para evitar o tento dos italianos.

Milan-Tottenham 2 Com a entrada de Robinho, o time Rossonero ganhou mais velocidade e movimentação no ataque, mas o Tottenham explorou o contragolpe usando justamente o que faltou ao Milan na etapa inicial: velocidade.

A equipe de Harry Redknapp sentiu o susto, recuou suas linhas de marcação e o Milan poderia ter se aproveitado da situação, não fosse o destempero de seus jogadores, primeiro com Flamini, que deu entrada criminosa em Corluka, digna de cartão vermelho, depois com Gattuso, que perdeu completamente o controle e deu um showzinho à parte, com direito a agressão a membro da comissão técnica dos Spurs e troca de ameaças e sopapos com Peter Crouch.

O Tottenham soube se aproveitar desse nervosismo milanista e com domínio maior da posse de bola, especialmente após a entrada de Modric na vaga de Van Der Vaart no meio campo, recontrolou o jogo, segurando uma igualdade no placar que já seria um resultado interessante.

Que se tornou ainda melhor quando Lennon puxou um contra golpe em muita velocidade, deixou o lento Yepes no chão e rolou para Crouch tocar para o gol livre e fazer o gol da vitória.

A equipe inglesa ainda viu Ibrahimovic marcar o gol de empate, no entanto, corretamente anulado pelo fraco árbitro Stéphane Lannoy, que viu a falta do sueco sobre Dawson.

Destaque da partida para a excelente atuação de Sandro, o brasileiro que nem havia sido inscrito para a fase de grupos, entrou de última hora devido aos desfalques e foi um dos melhores jogadores em campo na importantíssima vitória do Tottenham, que joga pelo empate no jogo da volta, no próximo dia 9 em White Hart Lane.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ave, Cesar!

palmeiras x Corinthians

Após a eliminação na pré-Libertadores diante dos colombianos do Tolima e uma semana de muita tensão pelos lados do Parque São Jorge, o Corinthians enfrentaria o seu maior rival, Palmeiras, que vinha de uma sequência de cinco vitórias consecutivas e na liderança do Campeonato Paulista. Mas, como dizem por aí, clássico é clássico e “vice-versa”.

Ainda sem Lincoln e Valdivia, que podem dar uma luz de criatividade ao seu meio campo, Luiz Felipe Scolari foi a campo com a mesma equipe que já vem atuando, com três homens mais marcadores que articuladores na meia cancha e três avantes.

Já a equipe corinthiana por sua vez, sofreu algumas alterações, como as saídas de Roberto Carlos e Dentinho, com problemas musculares, e Ronaldo, ausência sem maiores explicações, além de Bruno Cesar, esse, por opção do técnico Tite.

A faixa direita se oferecia como a melhor saída de jogo da equipe alvinegra, com Danilo aberto pela beirada, Alessandro explorando a fraca marcação de Rivaldo e Jucilei subindo às costas do veterano Marcos Assunção, e foi assim que o camisa oito por pouco não abriu o placar logo aos quatro minutos, quando foi barrado por Marcos, após tabela com Edno.

Antes disso, o Palmeiras já havia desperdiçado boa oportunidade quando Kleber fez o pivô e escorou para Tinga bater forte da entrada da área para linda defesa de Julio Cesar. A tônica da etapa inicial por sinal foi essa. O “Gladiador” fazendo o papel de pivô para as incursões em diagonal dos ponteiros Luan e Dinei, e Julio Cesar fazendo milagres para evitar o primeiro tento palmeirense.

Na segunda etapa, o favorito e então mandante Palmeiras partiu em busca da vitória no derby, adiantando suas peças, especialmente após as substituições efetuadas por Felipão, trocando Dinei e Tinga por Adriano “Michael Jackson” e Patrik. Assim como o camisa 29, Adriano seguiu cumprindo funções pelo lado direito do campo, enquanto Patrik encostava mais em Kleber.

Enquanto isso o Corinthians recuava, marcava com suas linhas retraídas, dando campo para a equiSao Paulo/SP; Brasil; Estadio Pacaembu; 06/02/2011; Futebol; Campeonato Paulista, jogo Palmeiras x Corinthians; foto de Ari Ferreira/Lancepress; foto digital;pe de Parque Antarctica e contando ainda com os milagres de Julio Cesar, o homem do jogo, para não sair atrás no marcador.

Quando o empate sem gols já se apresentava como o melhor resultado possível para os corinthianos, eis que em contra ataque rápido, novamente pelo flanco direito, Alessandro tabelou com Morais e ficou na cara de Marcos, que dessa vez, nada pôde fazer.

Do outro lado, Julio Cesar, disparado melhor jogador em campo, seguiu parando o ataque palmeirense para segurar o placar favorável e ajudar o Corinthians a sair de campo com uma vitória que acalenta um pouco o seu torcedor e acalma os ânimos na equipe, que precisava justamente de uma vitória “a La Corinthians” para tentar um recomeço após a precoce e dolorida eliminação na competição sulamericana.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nani, a flecha de Ferguson

Com a última vitória sobre o Aston Villa por três tentos a um, o Manchester United igualou a sua já incrível marca de 29 jogos seguidos sem saber o que é ser derrotado na Premier League – contando com jogos da reta final da temporada passada, mais os 24 cotejos da atual época. E a tendência é de que o número seja batido no próximo duelo, diante do Wolverhampton, fora de casa.

Ao longo das últimas temporadas, Alex Ferguson demonstrou ainda mais a sua já conhecida capacidade de remontar a equipe, que superou as saídas de seus principais jogadores e se mantém nas cabeças ano após ano.

ManUtd 08-09Time base de 2008/2009: Cristiano Ronaldo como winger do lado esquerdo, por vezes invertendo o posicionamento com Rooney.

Do time base que conquistou o tri campeonato em 2008/2009, apenas três mudanças foram feitas: Tevez, que deixou a equipe para brilhar pelo arqui rival Manchester City; A troca do veterano Gary Neville por Rafael na lateral direita; E a mais sentida das alterações, a perca do então artilheiro da Premier League, o português Cristiano Ronaldo.

Para o lugar do argentino, Sir Ferguson já contava com Berbatov no elenco – só não contava que o búlgaro seria tão letal quanto vem sendo. Já para ocupar a lacuna deixada por Cristiano Ronaldo, o experiente treinador quebrou a cabeça, tentou formações diferentes, com peças diferentes, até conseguir encaixar o time atual, consistente defensivamente e que tem em outro português a sua principal saída ofensiva.

ManUtd lado direito Lado direito do atual Manchester United: Rafael e Fletcher apoiam constantemente, mas é Nani quem resolve.

Nani faz temporada espetacular atuando como o “winger” pelo flanco direito no habitual 4-4-2 em linha, utilizado pelo treinador escocês. Dos 54 gols dos Diabos Vermelhos na Premier League, Nani participou de 19 – 12 assistências e 7 gols, um equivalente a cerca de 35% dos tentos.

Seja explorando as jogadas de linha de fundo ou fazendo incursões quase sempre letais na diagonal, o luso vem esbanjando velocidade, talento e habilidade pela beirada direita do campo e decidindo a favor do time de Old Trafford.