segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pazzo!

Inter 3x2 Palermo

Formações iniciais: Inter em um 4-3-1-2 e Palermo em 4-3-2-1. Laterais eram as valvulas de escape, e Santon, tomou um baile de Cassani na primeira etapa.

Um jogo louco no Giuseppe Meazza, com direito a virada espetacular, defesa de pênalti e uma estréia simplesmente arrasadora de Giampaolo Pazzini na equipe da Inter.


Apesar de fazer alterações no onze inicial, como a volta de Diego Milito ao comando de ataque e a entrada do recuperado Phillipe Coutinho na vaga de Sneijder, Leonardo manteve o mesmo 4-3-1-2 que vem usando desde a sua estréia no comando dos nerazurri.


Do outro lado, o Palermo foi com força máxima e em seu já tradicional esquema “árvore de natal”, um 4-3-2-1 explorando a capacidade de criação do argentino Pastore e a velocidade de Micolli, para os contra-ataques, a principal arma da equipe Rosanera.


Com o meio-campo congestionado, as laterais eram as válvulas de escape para ambas as equipes. Do lado interista, Maicon tinha a proteção de Zanetti, que lhe dava liberdade para descer com velocidade pela direita e por vezes assustar a equipe de Delio Rossi.


Também pela direita, o Palermo mostrava sua força nos contra golpes, com as subidas do bom lateral Cassani. Foi com o camisa 16 que se iniciaram as jogadas dos dois gols que deram a vantagem aos visitantes na primeira etapa, marcados por Micolli e Nocerino.


Pazzo Na volta do intervalo, Leonardo promoveu duas mudanças na equipe, colocando os estreantes Houssine Kharja e Giampaolo Pazzini nas vagas de Phillipe Coutinho e Davide Santon – que foram muito mal na primeira etapa. Com isso, o time passou do 4-3-1-2 dos quarenta e cinco iniciais para um 4-3-3, com Eto’o saindo pela esquerda enquanto Milito e Pazzini se revezavam entre o lado direito e o pivô.


As alterações de Leonardo fizeram efeito e a Inter passou a agredir a equipe visitante, buscando o tento que colocaria fogo no jogo. E ele veio justamente dos pés dos estreantes, quando Kharja achou Pazzini livre na área e o camisa sete, como um legitimo nove, girou e bateu no canto oposto, sem chances para Sirigu.


Minutos depois, o Palermo teve a chance de ouro para ampliar e quem sabe, definir a partida, quando Thiago Motta derrubou Fabrizio Micolli na área e Nicola Rizzoli assinalou pênalti. Pastore cobrou mal, com certa displicência e parou nas mãos de Julio César, que retornara ao gol nerazurri após lesão.


A defesa da penalidade acendeu de vez os donos da casa, que partiram com tudo em busca do empate. Tanto foi pra cima, que foi Lucio quem sofreu a falta que originou o tento da igualdade – falta um tanto mandrake, é verdade – novamente anotado por Pazzini, desviando de cabeça o levantamento feito por Maicon.

 

Inter 3x2 Palermo 2 Com as alterações de Leonardo, time migrou para um 4-3-3 com Kharja encostando bem nos avantes e Zanetti na lateral esquerda, ponto fraco da equipe no primeiro tempo.


O empate já se mostrava um excelente resultado diante das circunstâncias da partida, no entanto, a penta campeã voltou a mostrar sua força e com um pênalti – também mandrake – sofrido por Pazzo e convertido por Eto’o a trinta minutos da etapa derradeira, fez o que parecia impossível, virou o jogo e assegurou os três pontos em casa, essenciais na busca pelo arqui rival Milan.


As mudanças de Leonardo, tanto nas peças quanto na formação foram de crucial importância para a virada. Kharja e especialmente Pazzini deram uma nova cara ao time, que sufocou até conseguir o resultado.


E como definir a estréia de Pazzini? Simplesmente, Pazzo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Copinha Rubro Negra

Por Bruno Alves (@BrunoAlves22)

Em um bom jogo, o Flamengo venceu o Bahia por 2 a 1 e garantiu o seu segundo título da Copa São Paulo, 21 anos depois da primeira conquista, em 1990. Frauches e Negueba anotaram para o rubro negro, enquanto que Rafael descontou para os baianos.

O primeiro tempo foi equilibrado, mas logo no início, após escanteio, Frauches, na estrada da área, encheu o pé e marcou um belo gol, para abrir o placar. Mas, o Bahia chegou ao empate, com Rafael, cobrando pênalti.

O gol baiano deu novo pique ao Tricolor, que pressionou durante toda a etapa inicial. Mas o goleiro César, fechava, de todas as formas, a meta rubro negra.

Na etapa final, o jogo manteve o cenário do primeiro tempo, com Bahia pressionando e César salvando. O Bahia poderia ter faturado, mas uma substituição, alterou o destino do jogo.

Lucas, que não sairia, lesionou-se, e Thomas, que marcou cinco gols no jogo contra o Gurupi-TO, entrou em seu lugar. Logo na primeira vez em que pegou na bola, foi derrubado dentro da área.

Pênalti duvidoso, mas assinalado, com direito a expulsão do zagueiro baiano Dudu, que recebeu o segundo amarelo. Na cobrança, Negueba, bateu como manda o manual e fez o segundo.

O Bahia parecia ter se entregado, mas, agora, o goleiro Renan era quem fechava o gol. Mas nos acréscimos, os baianos resolveram assustar, e novamente viram César fechar o gol para garantir a vitória rubro negra e o segundo título da história do clube.

Em comparação com o time de 90, formado por Djalminha, Marcelinho, Junior Baiano e Paulo Nunes, que conquistou o primeiro título da Copinha para o Fla, o time de 2011 possui alguns talentos que podem vingar nos próximos anos.

Vale um olhar especial para o goleiro Cesar, o zagueiro Frauches, o volante Muralha, os meias Negueba e Adryan Lorran, e por fim, o trio ofensivo, Rafinha, Lucas e Thomas. Se forem bem aproveitados pela diretoria rubro negra, poderão formar a base da equipe em alguns anos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Como Carpegiani pode armar o São Paulo com Rivaldo

Na noite de ontem, o São Paulo acabou derrotado pela Ponte Preta em pleno Morumbi, mas o resultado dentro das quatro linhas ficou de lado devido a grande contratação do Tricolor para a temporada.

O penta campeão mundial Rivaldo chega ao time do Morumbi para ser o “camisa 10” que a tempos o torcedor são paulino espera ver em seu meio campo. Mas, o experiente meia, eleito melhor jogador do mundo em 99, tem mesmo a característica de 10?

A capacidade de Rivaldo na distribuição do jogo e nos arremates de longa e média distância são indiscutíveis, no entanto, a função de 10 não é muito “a praia” do novo reforço Tricolor. Rivaldo sempre atuou melhor mais avançado, como um segundo atacante, ou até mesmo como um ponteiro em seus melhores momentos com a camisa do Barcelona.

Abaixo, alguns esboços de como Paulo Cesar Carpegiani pode aproveitar o veterano craque.

spfc 4-3-1-2

Primeiro, aquela que seria a formação ideal, um 4-3-1-2, tendo Lucas e Dagoberto à frente e Rivaldo fazendo além do papel de enganche, um “falso 9”, chegando no comando do ataque para finalizar. Volantes com boa saída de jogo e laterais que apoiam bastante são boas válvulas de escape.

spfc 4-2-3-1

O esquema da moda também pode ser uma saída para Carpegiani. Um 4-2-3-1 com Rivaldo na faixa central do trio de armadores e Fernandão no comando de ataque, saindo da área carregando os zagueiros para a chegada do camisa 10.

spfc 4-4-2

Aqui reproduzo uma formação do amigo André Rocha, do blog Olho Tático. Um 4-4-2 em linha, com Lucas e Marlos fazendo as funções de “wingers” e Rivaldo compondo dupla de ataque com Dagoberto.

spfc 4-2-2-2

Outra formação pode ser o 4-2-2-2, com Lucas na meia direita e Rivaldo na meia esquerda, aproveitando os espaços abertos por Dagoberto para a chegada na área.

Seja qual for a formação que Carpegiani use, o fato é que o São Paulo faz algo que não costumava fazer, uma aposta de risco. Não se sabe o que esperar de Rivaldo no alto de seus 38 anos, mas se fizer 50% do que já fez ao longo de sua carreira, já é um baita reforço para o Tricolor.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A melhor defesa continua sendo o ataque

Após o fiasco na estréia diante do Botafogo de Ribeirão Preto e a turbulenta eleição do novo presidente – vencida por Arnaldo Tirone – o Palmeiras foi à Piracicaba encarar o Ituano, e com uma postura diferente, não deu chances à equipe do interior.

Felipão deixou seus paradigmas de lado e armou uma equipe ofensiva, com laterais apoiando constantemente, um meio campo leve e três atacantes se movimentando com intensidade.

A bela atuação de Kleber, autor de dois gols e de Luan, que deu duas assistências, além de ter iniciado a jogada do terceiro gol foram pontos altos do agressivo Palmeiras de ontem, mas o principal destaque fica por conta da ótima estréia de Cicinho. O lateral recém chegado do Santo André foi incisivo, sofreu o pênalti que deu origem ao primeiro gol, e criou diversas outras jogadas pelo lado direito, em tabelas com Tinga e Dinei. Muito, mas muito superior a Vitor, que ainda não encontrou seu futebol no time do Parque Antarctica.

Por outro lado, Rivaldo continuou mostrando os mesmos erros do ano passado. Fraco na marcação e no apoio, o ex-jogador do Avaí, que atua improvisado na lateral esquerda, demonstrou mais uma vez que ali não é seu habitat e que esse é um setor que requer urgência para a nova diretoria palestrina.

O teste foi válido e a nova e ousada formação funcionou. Com as voltas de Pierre e Valdivia, e mais alguns bons reforços (um lateral esquerdo e um ou dois atacantes), o time alviverde ganhará muito em qualidade e poderá voltar a sonhar com conquistas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tevez: Cada vez mais decisivo

No City of Manchester, o time da casa recebeu o Leicester City para fazer o jogo replay pela terceira fase da Copa da Inglaterra – no primeiro cotejo, empate por dois a dois no Walkers Stadium, em Leicester.

Ao contrário do que se esperava, Roberto Mancini escalou praticamente todo o time titular, entre eles, o seu principal jogador, Carlitos Tevez. O argentino, em mais uma noite inspirada, foi a principal peça da equipe para conseguir a classificação.

City - Leicester

Postado em um 4-1-4-1, o City usava pouco os lados do campo e dependia demais de seu capitão para fazer fluir as jogadas ofensivas. E foi dos pés de Tevez que saiu a primeira boa oportunidade do jogo, quando o ex-corinthiano deixou Johnson na cara do gol e o jovem inglês desperdiçou. Pouco depois, após cobrança de lateral, o próprio camisa 32 partiu pra cima, ganhou da zaga e encheu o pé para abrir o marcador com um golaço.

Se os donos da casa pouco usavam as beiradas do campo, o time visitante por sua vez buscava bastante os flancos em suas tentativas. Outra válvula de escape dos “Foxes” era explorar a velocidade e movimentação do bom avante Dyer, e foi ele que após boa jogada, foi derrubado por Vieira, pênalti – bastante duvidoso. Na cobrança, Gallagher soltou a bomba no meio do gol para igualar. O curioso foi como o camisa 7 de amarelo se “concentrou” para a cobrança, de costas para o gol até o apito do árbitro.

Bem armada em um tradicional 4-4-2 à inglesa, com duas linhas de quatro compactas, a equipe de Sven Göran Eriksson se comportava bem defensivamente, congestionando a entrada de sua área e não deixando espaços para as penetrações, de forma que a inversão de jogo e a bola longa se apresentavam como as melhores saídas para os azuis.

E foi assim que Tevez, mais uma vez, deu inicio à jogada do segundo gol, quando o argentino recuou e como um bom enganche, fez um lançamento espetacular para seu compatriota Zabaleta, que passou para Silva com o gol aberto, o espanhol bateu e Bamba ainda evitou, mas na sobra, Vieira empurrou para as redes. Mal deu tempo para o Leicester se recuperar do gol e Silva, que dormia no jogo até então, novamente apareceu e fez ótimo passe em profundidade para Johnson – em condição irregular –, que dessa vez não desperdiçou e anotou o terceiro tento, que deu tranqüilidade a um jogo que se mostrava muito mais difícil que o esperado.

Com o placar favorável, o time de Manchester voltou do intervalo sem alterações e disposta a matar o jogo, no entanto, pecou demais em boas oportunidades. Primeiro com Tevez, que “manchou” o bom primeiro tempo ao desperdiçar uma penalidade máxima aos 13 minutos. Em seguida, foi a vez de Johnson, mais uma vez, desperdiçar ótima chance.

O jogo ficou morno, Roberto Mancini, no alto de sua normalidade, trocou Silva por Barry e fortaleceu o setor defensivo, com o inglês fazendo dupla de volantes ao lado de Vieira e liberando Milner pela esquerda.

Cadenciando o jogo, o City já não agredia o Leicester e parecia apenas aguardar o apito final, no entanto, mais uma vez Dyer apareceu para agitar o fim da partida. Abe puxou contra-ataque em velocidade para o time de amarelo e “tabelou” com o árbitro antes de lançar para o veloz camisa 11 – também em impedimento –, que cara a cara com Hart, não desperdiçou, diminuiu o marcador e pôs fogo no jogo.

A partir de então os visitantes passaram a pressionar e jogar a bola na área, em busca do tento salvador que levaria o cotejo à prorrogação e quem sabe até às penalidades máximas, mas uma ducha de água fria veio aos 46 da etapa final, quando em contra golpe azul, Kolarov em belo arremate de fora da área, colocou no cantinho, sem chances para Weale e deu números finais à peleja.

Mesmo com o estilo conservador de seu treinador, o City vai se firmando como real candidato a conquistas na temporada, seja na Premier League, onde faz sombra ao rival United, seja na UEFA Europa League, ou na Copa da Inglaterra, onde agora encara o Notts County.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Noite do 10

Na tarde - aqui no Brasil, noite na Suiça - desta segunda-feira (10), Lionel Messi (10) foi eleito pela segunda vez consecutiva o melhor jogador de futebol do planeta. Alguém tem coragem de discordar?

“La Pulga” foi simplesmente monstruoso durante toda a temporada pelo Barcelona. Foram 45 tentos anotados até o fim do primeiro semestre de 2010 (levando em conta também os feitos durante o segundo semestre de 2009), sendo 34 pelo Campeonato Espanhol e 8 pela UEFA Champions League, torneios onde foi artilheiro, além de outros dois gols na Supercopa Espanhola e um pela Copa do Rey.

No segundo semestre do ano, Messi seguiu desfilando seu futebol de gênio, aliando habilidade e visão de jogo a poder de decisão e faro de gol incríveis. Nos últimos seis meses, Léo já deixou sua marca em 28 oportunidades, sendo 18 vezes por La Liga, seis pela Champions League, um pela Copa do Rey e três pela Supercopa Espanhola.

Individualmente, Messi foi muito superior aos demais jogadores no ano de 2010, o problema, que faz com que o prêmio seja contestado por alguns, são as conquistas. A começar pelo campeonato de futebol mais importante do ano de 2010, a Copa do Mundo.

Messi não foi brilhante no Mundial como o é com a camisa do Barcelona, por mais que tenha tentado, buscado o jogo e arriscado, – foi o quarto jogador que mais finalizou em gramados sul africanos – a bola insistiu em não entrar e Léo voltou pra casa sem um golzinho sequer, além de uma eliminação humilhante, sofrendo um sonoro 4 a 0 da poderosa Alemanha.

Mas, se a Copa do Mundo tem tamanho peso, por que Forlán, eleito o melhor jogador do Mundial, não figurou entre os três na disputa pela Bola de Ouro? Schweinsteiger e Muller, destaques da encantadora seleção alemã, sequer são lembrados. E cadê o peso da Copa do Mundo na eleição do melhor treinador? Vicente Del Bosque, campeão mundial no comando da Espanha foi preterido por José Mourinho, vencedor da segunda competição de maior importância no planeta bola, a UEFA Champions League.

No interclubes europeu, Messi caiu perante a Internazionale de Mourinho e sua defesa inexpugnável. No entanto, foi o artilheiro e teve a melhor atuação individual de um jogador em 2010, no massacre sobre o Arsenal por 4 a 1, onde o camisa 10 anotou os quatro tentos, sendo três deles, simplesmente espetaculares.

Seus concorrentes, Xavi e Iniesta, são jogadores sensacionais e que ditam o ritmo do jogo da fantástica equipe do Barcelona e da campeã mundial Espanha, no entanto, falta aos dois uma virtude que tem em Messi: a genialidade. A capacidade de decidir uma partida mesmo quando essa apresenta uma dificuldade acima do normal, a habilidade de tirar um coelho da cartola e definir jogos.

Seria injusto se o prêmio fosse entregue a um dos outros baixinhos do Barcelona? De forma alguma. Ambos são craques e tiveram uma temporada estupenda, coroada com a conquista da Copa do Mundo.

A grande injustiça na verdade foi feita a outro baixinho, Wesley Sneijder. O holandês, a meu ver, era o único apto a tirar Messi do trono em 2010, por ter conquistado simplesmente tudo com a Inter de Milão, sendo um dos destaques (talvez o maior) da equipe, além de ter feito uma ótima Copa do Mundo, conduzindo a Laranja ao vice-campeonato, com belas atuações e gols decisivos – inclusive os dois que eliminaram a Seleção Brasileira.

O cerebral camisa 10 nerazurri devia no mínimo ter figurado entre os três finalistas pelo melhor ano de sua carreira, pra mim no lugar de Iniesta, que passou boa parte da temporada lesionado, mas para os votantes no prêmio, O GOL mais importante do ano, anotado pelo espanhol, fez mais diferença do que tudo que foi feito e conquistado por Sneijder.

Quanto a Messi, bem, essa é só a segunda Bola de Ouro para o gênio argentino de apenas 23 anos e muito futebol pela frente. Onde pode chegar o baixinho? Se tudo correr bem, Léo pode e deve escrever seu nome na história dos maiores jogadores de todos os tempos.

PS1: Marta (10) faturou a sua QUINTA Bola de Ouro consecutiva no Futebol Feminino. Ela é ou não é a “Pelé de saias”?

PS2: José Mourinho conquistou o prêmio de melhor treinador de 2010, no primeiro ano em que o prêmio foi dado. O luso conquistou simplesmente TUDO pela Internazionale e desbancou até o campeão mundial Vicente Del Bosque. INCONTESTÁVEL!

PS3: Abaixo, o 11 ideal da temporada para a FIFA. Cristiano Ronaldo jogou muito e quem acompanha o blog sabe que sou fã do gajo, mas em 2010, Robben e Forlán jogaram mais do que o camisa sete merengue e mereciam mais estar nessa “seleção”.

11 ideal FIFA

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Arbitragem compromete o bom começo de Kenny Dalglish

De técnico novo e algumas mudanças na escalação, o Liverpool foi encarar o Manchester United no Old Trafford pela F.A Cup.

Antes mesmo que se pudesse fazer qualquer analise sobre as formações das equipes, Howard Webb, o mediador do cotejo, aprontou com o time visitante marcando um pênalti que só ele viu de Dani Agger sobre Berbatov. Ryan Giggs cobrou com perfeição e botou os Diabos Vermelhos na frente, com apenas um minuto jogado.
 
Manutd x Liv'pool
Formações iniciais: Liverpool em um 4-1-4-1 com Torres isolado; United com duas linhas de quatro, Nani e Giggs investiam pelos flancos.

Ao contrário do que se esperava, Alex Ferguson foi ao campo com praticamente toda equipe titular, poupando apenas Vidic, que deu vaga ao jovem Jonny Evans. Lesionado, Rooney já era desfalque certo, assim, Chicharito Hernandez formou a dupla de ataque ao lado de Berbatov.

Por outro lado, Kenny Dalglish já em seu primeiro jogo promoveu alterações no time antes comandado por Roy Hodgson. Glen Johnson, Kyrgiakos, Konchesky e Joe Cole deram lugar a Martin Kelly, Dani Agger, Fábio Aurélio e Dirk Kuyt, respectivamente. Outra alteração notável foi na formação da equipe. O 4-4-2 em linha usado por Hodgson foi trocado por um 4-1-4-1, com Lucas à frente da zaga e uma linha de quatro em liberdade para encostar-se a Torres, comandante único do ataque vermelho. Kuyt e Maxi Rodriguez preenchiam os flancos, enquanto Gerrard e Raul Meireles ocupavam a faixa central, com o português um pouco mais recuado, tendo a obrigação de combater as investidas de Nani.

Passado o baque pelo tento contra logo no inicio, o Liverpool se acertou e com a superioridade numérica no meio campo, passou a controlar o jogo naquele setor. Mas a superioridade durou pouco, pois com cerca de meia hora de partida, Gerrard deu uma chegada mais forte em Carrick, e acabou punido com o cartão vermelho.
 
Manutd x Liv'pool 2 Com a expulsão de Gerrard, o 4-1-4-1 virou 4-4-1, e assim como o dos Diabos, em linha.

O 4-1-4-1 virou 4-4-1 e Torres ficou ainda mais isolado. Em desvantagem no placar e em jogadores, os Reds se viram forçados a aceitarem a pressão imposta pelos donos da casa, e se defendiam com maestria. Kelly fechava bem o lado direito, tão explorado pelo Blackburn no último jogo do Liverpool na Premier League, quando o time vermelho perdeu por 3 tentos a 1, e todos surgidos de jogadas por aquele lado. Pela esquerda, Fábio Aurélio e Raul Meireles tratavam de bloquear Nani, que na última peleja entre as duas equipes fez simplesmente três jogadas que terminaram em gols – todos eles anotados por Berbatov.

Na volta do intervalo, Dalglish bem que tentou ofender um pouco mais o time da casa, promovendo a entrada de Babel no lugar de Maxi Rodriguez. O holandês fazia companhia a Torres, e por vezes, voltava para recompor a meia cancha. Kuyt tentava fazer o mesmo na outra extremidade, no entanto, sua falta de ritmo o limitava.Berba

Com isso, o time não demonstrava forças para ameaçar o bem postado Manchester United, que até com certa apatia, optava por preservar o marcador em vantagem e garantir a classificação para a próxima fase, sem a necessidade do jogo “replay”.

Apesar da eliminação, o torcedor do Liverpool mira por tempos melhores sob o comando da legenda Kenny Dalglish. A maneira inteligente de jogar, se defendendo como um time pequeno e buscando os contra-ataques é um bom começo para uma nova era em Anfield Road, de retomada das glórias já vividas pelo novo comandante.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Como poderiam ficar Real Madrid e Seleção Brasileira com a volta de Kaká

Retornando os trabalhos em 2011, e se nos bastidores da bola o assunto mais falado é Ronaldinho Gaúcho, dentro das quatro linhas, sem dúvidas o tema mais relevante é a volta de Kaká aos gramados.

Kaká 2 O “Príncipe” voltou a jogar na última segunda-feira, na vitória do Real Madrid sobre o Getafe, por 3 a 2, com gols de Cristiano Ronaldo, duas vezes e Özil para os Merengues e Parejo e Albín para os azuis. Na ocasião, Kaká entrou na vaga de Benzema e participou dos 15 minutos finais da peleja. A expectativa é que o brasileiro participe de no mínimo um tempo inteiro no próximo compromisso do Real, nessa quinta, diante do Levante, pela Copa do Rey.

Claro que ainda é cedo, e é preciso aguardar por uma firmação do camisa 8 madridista, mas a volta dele é um alento para a torcida e grande reforço para a equipe de José Mourinho. Mas, como o competente português irá colocar o craque no “encaixado” time branco? Quem perderia a vaga no time titular para a entrada do brasileiro? Pra essa segunda questão, só vejo duas respostas: Özil ou Benzema, uma vez que dentre o quarteto ofensivo merengue, vejo Cristiano Ronaldo e Di Maria como intocáveis.

Real Madrid 01

Aqui, uma possível formação com Kaká na vaga de Özil. Assim, pouco alteraria na atual forma de jogar da equipe, mantendo Benzema (titular com a ausência de Higuain) como referência, Cristiano e Di Maria pelos flancos e Kaká por dentro na linha de armadores.

Real Madrid 02

Uma segunda opção seria assim, com Cristiano Ronaldo como pivô e na linha de armadores, Di Maria pela direita, Kaká e Özil se revezando entre a faixa central e o flanco esquerdo da armação.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Além de José Mourinho, outro que ganha uma dor de cabeça bastante agradável com a volta de Kaká, é Mano Menezes.

Com o genial Ganso também voltando de lesão e o craque Neymar jogando tudo o que sabe, fica inimaginável a saída de uma das duas jóias santistas do time titular. Portanto, assim como no Madrid, sobram duas vagas para uma possível entrada do craque merengue, vagas que hoje são ocupadas por Robinho e Pato.

Brasil 4-2-2-2

Na vaga de Robinho, imagino o time em um 4-2-2-2, com Kaká e Ganso fazendo uma dupla de armadores como há muito não se via em nossa seleção, além de uma dupla de ataque rápida e extremamente letal, com Neymar e Pato e dois laterais que apóiam muito bem, Daniel Alves e André Santos.

Brasil 4-3-1-2

Qualquer semelhança entre esse time e o atual Barcelona, NÃO é mera coincidência. De fato, o time de Pep Guardiola foi a inspiração desse blogueiro para imaginar o time com Kaká na vaga de Pato. Com a equipe em um 4-3-1-2, Kaká atuaria centralizado, fazendo a função de um falso 9, semelhante a que Messi desempenha na equipe catalã. Neymar e Robinho abertos nas pontas, e Ganso vindo de trás – fazendo o mesmo papel de Iniesta – completariam o quarteto ofensivo canarinho.

Como já disse, ainda é muito cedo para prever formações onde Kaká poderá se encaixar, tanto no Madrid, quanto na Seleção, mas a volta do craque aos gramados nos enche de esperanças que ele um dia volte a jogar aquele futebol que o consagrou como o melhor jogador do planeta.