quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Atuações dos brasileiros foram determinantes no empate em San Siro

A partida válida pela terceira rodada da fase de grupos da UEFA Champions League contava com a volta de Kaká no time rossonero e de Messi a equipe blaugrana, após enfrentarem lesões recentes que os afastaram dos gramados. Quem ainda não pôde retornar com 100% de sua forma física foi Mario Balotelli, que começou o jogo no banco.

Sem poder contar com seu matador, Massimiliano Allegri distribuiu seu onze inicial num 4-1-4-1 que procurava aproximar as duas linhas de quatro e deixava Robinho isolado no comando do ataque. Entre as linhas, De Jong era o encarregado de cercar Lionel Messi, numa formação semelhante a que o treinador utilizou quando venceu o próprio Barcelona pelas oitavas de final da competição continental na última temporada.

Do outro lado, o treinador Tata Martino pôde contar com aquela que é considerada a formação ideal para a sua equipe. O bom e velho 4-3-3 culé, com Messi circulando no centro do ataque, cumprindo o papel de falso 9 e Alexis Sanchez e Neymar abertos pelos flancos.

Milan-BarçaNo Milan, Kaká atuou aberto pela esquerda, com responsabilidade maior em conter Daniel Alves do que em criar. Ainda assim, deu passe para o gol de Robinho.

Ao contrário do que se esperava, o time da casa não começou o jogo sentado lá atrás apenas esperando o momento de contragolpear. Os milanistas iniciaram com sua segunda linha avançada no campo de ataque, sufocando a saída de bola catalã.

Essa pressão inicial levou Mascherano a errar na saída de jogo e dar a bola nos pés de Robinho. O brasileiro brigou e ganhou de Piqué no corpo, passou para Kaká e infiltrou na área para concluir o passe preciso do camisa 22 e abrir o marcador para o Milan ainda aos 10 minutos de bola rolando.

Após o gol, o Milan diminuiu o intenso ritmo imposto no inicio da partida e aos poucos o Barcelona foi determinando seu estilo, controlando o jogo na base de sua já conhecida filosofia de posse e passe, porém sem penetrar na área italiana. Com os ponteiros bem vigiados pelos laterais rossoneri e Messi cercado de perto por De Jong, faltava poder de fogo aos culés.

Até Messi sair do centro, onde estava preso na forte marcação e começar a cair mais pelo lado direito do ataque, invertendo seu posicionamento com Sanchez. Foi por ali que o craque argentino recebeu passe de Iniesta, aproveitando a bobeada de Zapata para retomar a bola e acionar o camisa 10, que com maestria protegeu a bola dos marcadores e tocou na saída de Amelia para empatar o jogo.

Com o placar em igualdade, o Barcelona ficou ainda mais tranqüilo e controlou totalmente as ações do jogo, porém sem agredir com tanta força a meta de Amelia. Muito aberto pelo lado esquerdo, Neymar foi praticamente uma peça nula no time catalão, aparecendo apenas em lance no fim do primeiro tempo, quando arrematou de forma perigosa uma bola espirrada na área. E foi só, até a sua substituição, já aos 36 da etapa final.

Por outro lado, Robinho teve a bola do jogo em seus pés no começo do tempo derradeiro, quando num contra-ataque rápido, Muntari achou o brasileiro completamente livre dentro da área, mas ao tentar o domínio, o camisa 7 furou e desperdiçou a melhor chance do jogo de tirar a igualdade do placar. Apesar da chance desperdiçada, Robinho foi surpreendentemente muito bem na partida, com movimentação intensa que complicou a retaguarda blaugrana.

Quem também foi muito bem foi Kaká. O velho ídolo milanista se sacrificou cumprindo uma função diferente da habitual, atuando aberto pela esquerda, tendo de acompanhar as investidas de Daniel Alves e o fez com perfeição, sem dar espaço para o lateral culé.

Boas atuações dos brasileiros que ajudaram o Milan a conter o poderoso Barcelona e somar mais um ponto na briga com o Celtic pela segunda vaga do grupo. Por outro lado, Neymar, o brasileiro de quem mais se esperava algo em San Siro esteve apagado e pouco contribuiu para que sua equipe buscasse a vitória.