terça-feira, 30 de novembro de 2010

Barcelona 5x0 Real Madrid - Lição de coletividade no Camp Nou

Barça - Madrid
Formações iniciais: Messi flutua no espaço vazio entre a zaga e os volantes; Do outro lado, Di Maria quase como um lateral esquerdo tentando combater o perigoso lado direito do Barça.
 
Nem mesmo o mais otimista torcedor do Barcelona poderia esperar por uma apresentação tão majestosa e uma sonora goleada diante do arqui-rival no dia do aniversário do clube.

O Barcelona apresentou um futebol de gala, naquela que foi possivelmente a melhor exibição da equipe na temporada. O individualismo genial de cada jogador fez o coletivo funcionar perfeitamente e o Real Madrid, ao contrário do que muitos (inclusive eu) imaginavam, não foi páreo para a equipe da casa.

O “tapa” azul-grená começou a ser desenhado já nas formações iniciais de cada time. Apesar dos dois treinadores terem ido a campo com o que tem de melhor, Mourinho fez uma opção errada quanto ao posicionamento de seu time.

Ao inverter Cristiano Ronaldo e Di Maria, o treinador português deixou claro que iria ao Camp Nou muito mais para defender do que para atacar. A estratégia era clara: o argentino iria (tentar) combater as subidas de Daniel Alves. Não seria melhor que o camisa sete continuasse em seu “habitat natural” pelo flanco esquerdo para explorar os espaços que ficariam por aquele setor devido à ofensividade do lateral brasileiro?

Com isso, por vezes se via um Madrid acuado, com uma linha de cinco defensores, já que Di Maria se posicionava quase como um lateral esquerdo, enquanto o Barça trocava passes com tranqüilidade no meio. Mas foi em uma bola parada a primeira boa chance do time de Guardiola, quando em cobrança de escanteio, a bola caiu nos pés de Messi, rente à linha de fundo, o argentino levantou a cabeça, viu o posicionamento de Casillas e tocou por cima com classe, caprichosamente a bola beijou a trave. Era o cartão de visitas.

Aos poucos o Barcelona foi se soltando e dominando completamente a partida. O estilo de jogo do time catalão foi imposto com facilidade e foi nesse “tique-taca” que o time logo abriu o placar, com Xavi, em jogada começada e finalizada pelo camisa 6, aproveitando o passe de Iniesta.

O time da casa desfilava seu bom futebol com facilidade e o Real não conseguia encaixar a marcação. Messi flutuava entre a zaga e os volantes blancos, que também não acompanhavam o ritmo dos baixinhos Xavi e Iniesta, enquanto Di Maria e Marcelo batiam cabeça tentando parar Pedro e Daniel Alves.

Com o time merengue ainda atordoado com o primeiro gol, ficou ainda mais fácil do Barcelona se impor e ampliar o marcador. E o segundo gol foi uma obra prima, uma aula de jogo coletivo, onde o time azul-grená trocou passes por quase dois minutos sem deixar os visitantes verem a cor da bola, até Xavi dar o toque de gênio e virar o jogo de um lado a outro, pegando Villa completamente livre, para invadir a área e tocar rasteiro para Pedro empurrar para as redes.

Na volta do intervalo, José Mourinho tentou corrigir o erro na formação inicial com a entrada de Lass Diarra no lugar de Özil – que nada fez na primeira etapa – para reforçar a marcação pelo lado esquerdo e assim dar liberdade a Cristiano Ronaldo, que agora voltava a atuar pelo lado de sua preferência, enquanto Di Maria voltou à ponta direita.

Do lado culé, apesar dos dois a zero no marcador, ainda faltava alguma coisa. Faltava Lionel Messi, que pouco produziu na etapa inicial, mas voltou com tudo para os quarenta e cinco minutos finais. Assim, o argentino começou a desfilar seu repertório e não deu nem tempo para que a mexida de Mourinho pudesse surtir algum efeito.

E quem disse que o melhor do mundo precisa marcar para ser genial? Dessa vez, Messi jogou como um legítimo camisa 10, servindo seus companheiros. Primeiro foi Xavi quem recebeu belo passe do “Pulga”, mas um pé salvador de Khedira evitou que o camisa 6 anotasse o seu segundo gol no cotejo.

Se na primeira tentativa o gol não saiu por pouco, na segunda, o Real Madrid não teve a mesma sorte. Agora foi a vez de Villa receber de Messi cara a cara com Casillas e tirar 03do goleiro para fazer o terceiro. O showzinho particular de “Léo” continuou, e novamente Villa foi o presenteado, após Messi driblar dois defensores e fazer lançamento brilhante para o camisa sete em velocidade tocar na saída do arqueiro merengue.

A essa altura o objetivo de Mourinho já era evitar o pior e para isso colocou Arbeloa na vaga de Marcelo, tentando parar o impiedoso lado direito blaugrana, enquanto o Barça simplesmente administrava a partida e prosseguia com o espetáculo de futebol coletivo, de manutenção da posse da bola, troca de passes, colocando o então líder do campeonato na roda, como se estivesse enfrentando, sei lá, o Sporting Gijón.

Nos minutos finais, Guardiola mexeu no time e lançou dois meninos, Bojan e Jeffren, nas vagas de Villa e Pedro, respectivamente. Pois coube justamente aos canteranos dar números finais à partida, quando Jeffren aproveitou cruzamento rasante de Bojan para tocar para as redes e fechar com chave de ouro a magnífica exibição dos donos da casa. Ainda deu tempo para Sergio Ramos perder a cabeça e ser a nota triste do superclássico ao atingir Lionel Messi com um pontapé grosseiro, por trás, passível de cartão vermelho direto e quiçá de punição.

A incrível goleada deu ao Barça a liderança da Liga espanhola, com 34 pontos contra 32 do rival merengue, que agora tenta se recuperar do baque diante de sua torcida na partida contra o Valência, pela décima quarta rodada do Campeonato Espanhol.

sábado, 27 de novembro de 2010

Mais que uma partida, um campeonato à parte

Barça v Madrid O maior clássico do futebol mundial. Assim pode ser definido o derby espanhol entre Barcelona e Real Madrid, que não à toa é chamado de superclássico e reúne as duas melhores equipes do futebol mundial na temporada.

A visão separatista dos catalães faz com que o jogo valha muito mais do que os três pontos. Pelo menos do lado catalão, a partida tem valor histórico, uma espécie de “questão de honra”, como se vencer o Madrid, tapasse as feridas feitas por Francisco Franco, durante a ditadura espanhola que tanto atacou o povo daquela região.

O Barça de Pep Guardiola, é há dois anos o melhor time do mundo. A base deixada por Rijkaard e aperfeiçoada pelo atual treinador encanta a todos os amantes do futebol, com seu estilo único, de manutenção da posse de bola, de toques curtos, rápidos e objetivos – o famoso “tique-taca” – e que tem no talento de Lionel Messi a sua grande arma.

messi4 “Léo” Messi, por sinal, é ao lado de Cristiano Ronaldo, outro grande atrativo do jogo. Os dois foram os últimos vencedores do prêmio de melhor do mundo e começaram a temporada voando. O gajo é artilheiro da liga espanhola, onde anotou 15 tentos em 12 jogos, mas tem Messi na sua cola, com 13 gols em 10 jogos, incríveis médias de 1,25 e 1,30, respectivamente.

Na UEFA Champions League os dois também estão a todo vapor, mas na competição continental, o argentino leva vantagem, com seis gols marcados em cinco cotejos, enquanto Cristiano deixou sua marca três vezes também em cinco jogos.

Em resumo, ao menos nos números – conforme matéria do globoesporte.com, Messi leva ligeira vantagem sobre Ronaldo. Dos 50 gols da equipe azul-grená na temporada, La Pulga fez 23 e ainda deu 6 assistências, o equivalente a 58% dos gols, enquanto o luso deu as mesmas seis assistências e deixou sua marca em 18 oportunidades, ou 54% dos 44 gols merengues.

No entanto, engana-se quem pensa que o Madrid vive só de Cristiano Ronaldo. Talvez o camisa sete nem seja o principal nome da equipe, já que seu compatriota José Mourinho, é quem atrai mais holofotes. O treinador é o grande responsável pelo excelente inicio de temporada da equipe blanca, que sob a batuta do luso conseguiu algo que não tinha desde a saída de Fábio Capello: padrão de jogo.

A solidez defensiva, aliada aos golpes em velocidade - características marcantes na Inter campeã européia com Mourinho – é a cara desse atual Real Madrid.Mourinho “Mou” conseguiu implantar seu sistema de jogo preferido, o 4-2-3-1, e usá-lo com perfeição. Hoje, o time merengue se defende muito bem e ataca com perfeição, tanto que a equipe ostenta o melhor ataque do espanhol – empatado com o próprio Barcelona – com 33 gols feitos e a melhor defesa, que foi vazada em apenas seis oportunidades.

Além da dupla de portugueses, o time da capital conta ainda com uma dupla alemã que está simplesmente “comendo” a bola. Sami Khedira e Mesut Özil brilharam na Copa do Mundo e por isso foram contratados pelo time blanco e estão correspondendo até acima do esperado, especialmente o camisa 23, que com sua visão de jogo e toques geniais, vem distribuindo o jogo com muita qualidade e deixando seus companheiros na cara do gol com freqüência – qualquer semelhança com o Sneijder de José Mourinho em 2009/2010, não passa de mera coincidência.

Se o Madrid tem jogadores que brilharam no Mundial – tendo ainda três campeões, Casillas, Sergio Ramos e Xabi Alonso – o Barça não fica atrás. Com simplesmente oito campeões em seu time titular, o time blaugrana é uma espécie de seleção espanhola, reforçada por Messi, que tem como destaques a sua dupla de armadores, Xavi e Iniesta, são os dois que comandam o meio campo e ditam o ritmo de “tique-taca” até que encontre uma brecha para deixar um companheiro com chance de marcar.

Outro duelo interessante na peleja é entre os brasileiros Daniel Alves e Marcelo, laterais direito e esquerdo que irão bater de frente pelo lado do campo. Dani já é entrosado com o time e adaptado ao sistema de jogo da equipe de Guardiola, talvez por isso leve ligeira vantagem sobre Marcelo, que cresceu muito defensivamente com José Mourinho.

Esses são apenas alguns dos pontos interessantes desse grande jogo, que é um campeonato a parte e começa a decidir La Liga, uma vez que é improvável imaginar os dois gigantes perdendo pontos para os demais dezoito times do certame.

Abaixo, entrevista com André Rocha, blogueiro do Olho Tático, sobre o que esperar para essa grande partida:

1. Primeiro, em uma visão geral, o que você espera desse jogo?

André Rocha: Sendo bem otimista, podemos ter tecnicamente o melhor superclássico dos últimos anos pelo ótimo momento do Real. Mas muito provavelmente os treinadores não vão se deixar levar por romantismo. Até porque o duelo entre a Inter de Mourinho e o Barça de Guardiola na semifinal da Liga dos Campeões na temporada passada ainda não acabou. Portanto, a perspectiva mais conectada com a realidade é a de um jogo mais tenso e "pegado".

2. O que cada treinador pode fazer para (tentar) barrar os dois melhores jogadores do mundo, Cristiano Ronaldo e Messi?

A.R: Depende do posicionamento das duas grandes estrelas. Se Ronaldo jogar pela esquerda como de costume, Guardiola vai precisar montar um esquema de cobertura para Daniel Alves. Ou adiantar o brasileiro, como nos 2 a 0 no Bernabéu da temporada passada. No caso de Messi, a atenção maior deve ser dos volantes Khedira e Xabi Alonso, para que o argentino não flutue às costas deles pelo centro. Mourinho pode até surpreender e escalar Lass Diarra fixo à frente da zaga para tentar minimizar o problema.

3. Acredita que Guardiola pode optar por Keita (ou Mascherano) na vaga de Pedro - como já o fez algumas vezes - para aumentar a força física e de marcação no seu meio campo?

A.R: Pode. Mas como o jogo no Camp Nou, acho improvável. Se o Real entrar mais defensivo, impossível.

4. E esse embate brasileiro pelo lado do campo, com Dani Alves e Marcelo batendo de frente (e sofrendo com Cristiano Ronaldo e Messi). Quem pode se dar melhor?

A.R: No duelo entre os dois, aposto no Daniel Alves, embora o Marcelo tenha progredido demais com Mourinho. Quanto aos embates com os craques dos times, se Messi atuar aberto à direito será uma surpresa para mim. E existe a possibilidade de Cristiano Ronaldo atuar como um atacante mais centralizado. Se ficar mesmo à esquerda, o português pode levar vantagem em cima de Daniel Alves, que não tem a marcação como virtude.

5. Por fim, perguntinha fácil, qual o seu palpite para esse jogão?

A.R: Barcelona carrega um favoritismo natural pelo entrosamento, o retrospecto recente favorável e o mando de campo. Mas os merengues nunca pareceram tão prontos para vencer. Se fosse para apostar num placar, seria 2 a 1 para o Barça. Sem muita convicção.

Barça-Madrid Perspectiva das formações iniciais: Barça no tradicional 4-3-3, com suas variações e muita movimentação do trio ofensivo; Madrid no 4-2-3-1 com Ronaldo caindo nas costas de Dani Alves e a aposta na genialidade de Özil.

Por fim, um pequeno aperitivo com 10 GOLAÇOS do super clássico:

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VOLANTES - Elias e Jucilei

Único clube a se manter nas três primeiras colocações durante todo o campeonato, o Corinthians tem em seu meio campo o seu ponto forte, especialmente na dupla de selecionáveis, Elias e Jucilei.


Motorzinho do time alvinegro, fazendo a transição defesa/ataque sempre com muita velocidade e qualidade, Elias foi destaque tanto na parte ofensiva, onde anotou sete tentos e fez cinco assistências, quanto na defensiva, onde realizou 108 desarmes 31 jogos disputados pelo camisa 7.


Jucilei, com sua forma física avantajada, foi o pulmão do time. Força física e visão de jogo são as principais virtudes do camisa 8, que é líder em desarmes no Brasileirão, com 155 interceptações corretas. Além de defender bem, “Juci” também ajuda o time no ataque, onde fez dois gols e deu cinco assistências.

A dupla brilhou e ajudou o Corinthians (que ainda briga pelo título, faltando duas rodadas) a brilhar. Aqui mesmo no blog, já destacamos por vezes os bons desempenhos dos corinthianos, aqui e aqui, e esse bom desempenho os levaram à nossa Seleção do Brasileirão, com 61% dos votos para Elias e 38% para Jucilei, enquanto Fabio Rochemback, o terceiro colocado, ficou com 23%.

A Seleção está quase no fim e já temos um bom time em formação, com Fábio, Mariano, Dedé, Rhodolfo, Roberto Carlos, Elias e Jucilei. Agora já está aberta a votação para os melhores meias e os melhores atacantes, vote nos DOIS de sua preferência e ajude a montar esse esquadrão.

ZAGUEIROS - Dedé e Rhodolfo

As defesas de suas equipes não são nem de longe as menos vazadas do Campeonato Brasileiro, no entanto, individualmente, Rhodolfo e Dedé foram brilhantes durante a competição.


A excelente campanha do Atlético-PR passa muito pela sua dupla de defensores, Manoel e especialmente Rhodolfo, que com força e classe, mostrou ser um quarto zagueiro à moda antiga. O zagueirão rubro negro participou de 32 jogos da equipe, e cometeu apenas 50 faltas, tomou 6 cartões amarelos, nenhum vermelho, e de quebra, fez 134 desarmes durante o Brasileirão.


O vascaíno Dedé foi sem dúvidas o melhor jogador da equipe na competição. O beque foi o alicerce da arrancada cruzmaltina sob o comando de PC Gusmão. Dedé impressiona pelo número de desarmes, foram 154 até aqui, e assim como Rhodolfo, também cometendo poucas infrações, meras 56 faltas em 33 partidas, com quatro cartões amarelos e uma expulsão.

Com esse ótimo desempenho, a dupla sobrou na nossa enquete e forma a zaga da Seleção. Com 42%, Rhodolfo foi o mais votado, enquanto Dedé levou 35% da preferência, Chicão e Alex Silva, os mais próximos, ficaram com apenas 21% cada.

domingo, 21 de novembro de 2010

Fim de Tabu

Arsenal x Tottenham Um tabu é sempre lembrado às vésperas de um grande clássico, especialmente quando se trata da maior rivalidade de uma metrópole como Londres e quando esse tabu já se perdura por extensos 17 anos. Esse foi o período que o Tottenham passou sem saber o que era vencer o seu arqui-rival, Arsenal, na casa Gunner – seja no Highbury Park ou o Emirates Estadium.

No duelo de ontem, válido pela 14ª rodada da Premier League, o técnico Harry Redknapp foi ao Emirates disposto a dar um fim no jejum, e para isso, lançou o time em um ousado 4-2-3-1, com Jenas e Modric fazendo as vezes de volantes, opção que não deu muito certo na primeira etapa.

Ambos os jogadores saiam demais pro jogo, e com isso deixavam um buraco à frente da zaga Spur, e foi nesse espaço que Fabregas ditou o ritmo dos primeiros quarenta e cinco minutos. Primeiro, com um lançamento primoroso, que encontrou Nasri em velocidade por trás de Ekotto. O camisa 8 ainda ganhou na dividida de Gomes antes de tocar para o gol vazio e abrir o placar. Em seguida, após longa e bela troca de passes dos donos da casa, o espanhol cortou bem o zagueiro e bateu forte por cima do gol. Ele queria mais.

O ritmo ditado por Fabregas envolvia os visitantes e assim dava a pinta de que o Arsenal iria impor uma sonora goleada sobre o seu rival. E em mais uma jogada iniciada pelo camisa 4, que conduziu a pelota em velocidade do campo de defesa para o ataque antes de passar para Arshavin na esquerda, o russo cruzou rasante para Chamakh desviar e ampliar o marcador.

Se o Tottenham conseguiu resistir ao insinuante futebol do Arsenal e sair com “apenas” dois de desvantagem na etapa inicial, se deve muito a (quase) perfeita atuação do zagueiro Kaboul, que fazia o possível e o impossível para evitar um desastre ainda maior.

Na volta do intervalo, diante do domínio Gunner, o técnico Harry Redknapp ousou novamente e trocou o inútil Aaron Lennon por Defoe, que voltara de grave lesão. Em chutão de Ekotto, o camisa 18 apareceu pela primeira vez na partida, com leve desvio de cabeça que deixou a bola na boa para Van der Vaart, o holandês dominou e passou para Bale, que com um toque de categoria tirou de Fabianski para diminuir logo aos cinco minutos da etapa final e dar sobrevida ao Tottenham.

Foi praticamente a primeira aparição do canhoto destaque do futebol inglês nesse começo de temporada em toda a partida, já que durante o primeiro tempo, ficou preso à ótima marcação de Bacary Sagna.

A alteração feita pelo treinador Spur, melhorou muito o time, que além de conseguir encurralar o rival no campo de defesa, conseguiu diminuir os espaços dados ao meio campo vermelho durante o primeiro tempo. O empate dos liliwhites começou a ser desenhado na falta sofrida por Modric, após bela jogada individual do croata. Van der Vaart cobrou a falta e Fabregas, presente na barreira, levantou o braço para cortar o trajeto da bola, pênalti claríssimo assinalado pelo árbitro e convertido pelo próprio holandês.

Vendo o crescimento do adversário, Wenger trocou o trio ofensivo, em busca de sangue novo e quem sabe, achar o tento da vitória, assim, lançou Van Persie, Walcott e Rosicky nos lugares de Chamakh, Nasri e Arshavin, respectivamente. Sem sucesso, o setor onde o time dominou na etapa inicial, dessa vez era dominado e a bola não chegava nos avantes.

Arsenal x Tottenham2

 Kaboul Quando o empate já parecia um resultado interessante tanto para o Arsenal, que somaria um ponto importante na busca pelo líder Chelsea e de quebra manteria o jejum sobre o rival, quanto para o Tottenham, que buscou a igualdade de forma heróica, uma falta na lateral do campo de defesa do time da casa mudou todo o rumo do cotejo. Van der Vaart cobrou com maestria para o meio da área e encontrou Kaboul, que desviou para o fundo das redes. O gol coroa a brilhante atuação do defensor francês, o melhor homem em campo e também, a perfeita leitura de Redknapp, que mexeu com a estrutura do time no intervalo e voltou com ainda mais sede de dar um fim no incomodo tabu.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LATERAIS - Mariano e Roberto Carlos

De um lado, a juventude e a velocidade de Mariano, um dos destaques da excelente campanha do Fluminense no Brasileirão.

Com três gols e cinco assistências na competição, o lateral tricolor brilhou no sistema de jogo de três zagueiros, utilizado em boa parte da competição por Muricy Ramalho, que dá total liberdade aos alas. No setor defensivo, o camisa dois também se destacou, com 102 desarmes, além de manter uma boa regularidade, disputando 31 dos 35 jogos do clube das Laranjeiras até aqui.

Por essas e outras, o lateral foi lembrado por Mano Menezes na Seleção Brasileira, e levou a melhor sobre os seus concorrentes pela vaga na “Seleção do Brasileirão” aqui do blog, com 62% dos votos, contra 25% de Leo Moura e 13% de Gabriel.



Do outro, a experiência e vigor de Roberto Carlos, um dos melhores laterais esquerdos de todos os tempos, que sobrou na posição no campeonato nacional.

No auge dos seus 37 anos, Roberto Carlos demonstrou ao longo do certame uma capacidade física impressionante, tendo participado de 32 dos 35 cotejos corinthianos, se mantendo inclusive na fase mais aguda de dois jogos por semana. O camisa seis anotou apenas um tento em toda competição, no entanto, oito gols do alvinegro saíram de passes do lateral.

Com 56% da preferência dos leitores, Roberto Carlos fica com a lateral esquerda na seleção do campeonato. Os outros concorrentes - Diego Renan, Paulinho, Kleber e Márcio Careca - dividiram entre si o restante dos votos, com 11% para cada um.

E já está aberta a votação para as posições de zagueiros e volantes. Vote nos DOIS de sua preferência e ajude a montar a seleção do campeonato. Vote já!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

GOLEIRO - Fábio

Fabio - Cruzeiro Fábio é capitão e líder da equipe cruzeirense, hoje, terceira colocada no Brasileirão e com a segunda melhor defesa do campeonato, apenas 35 gols sofridos em 35 jogos, e muito dessa solidez do time mineiro, se deve ao excelente arqueiro azul.

A brilhante competição feita pelo goleiro, o fez ser eleito em enquete aqui, o melhor do campeonato nacional com 75% da preferência dos leitores (Jefferson, do Botafogo, ficou atras, com os outros 25%).

Agora, já está aberta a votação para os laterais, dê a sua opinião, quem é o melhor lateral direito? E na esquerda? Vote!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

x0x0

City vs United

Ambos os times com 5 homens no meio campo; Excesso de volantes prejudicou a criação de jogadas.

Uma partida decepcionante com pouquíssimas ocasiões de gol. Esse foi o derby de Manchester, caracterizado pela imensa preocupação em não perder de ambos os treinadores.

Roberto Mancini mandou a campo o time no habitual 4-2-3-1, com a entrada de James Milner na vaga do suspenso Balotelli pela direita e David Silva deslocado para o lado esquerdo do tridente de armadores. Apesar dos incisivos jogadores pelos flancos, o time não tinha criatividade na distribuição das jogadas, pois dependia do volante Yayá Touré para articular.

Os Red Devils entraram com um sistema parecido, também contando com apenas um atacante, Berbatov. Com uma preocupação em bloquear o meio campo citizen, Ferguson lançou três volantes, Scholes, Carrick e Fletcher. Nani e Park Ji Sung atuavam pelos lados do campo em um 4-3-2-1, buscando espaços às costas dos laterais azuis.

O desenho do jogo foi definido logo no inicio, com os donos da casa trocando passes em seu campo de defesa, sem demonstrar grande vontade de avançar, enquanto os visitantes pressionavam a saída de bola.

Ao fim da primeira etapa, apenas três chutes eCarlitosm gol ilustraram bem como foram os chatos quarenta e cinco minutos iniciais, de pouquíssima criatividade e penetração. Dois deles em cobranças de falta, uma de Carlitos Tevez pelo City e outra de Nani pelo United, além de uma finalização de Evra, que ganhou na corrida do zagueiro e soltou a bomba de direita para fora.

O excesso de cautela dos dois treinadores, com a escalação de dois trios de volantes prejudicou demais o setor de criação dos dois times. As jogadas eram limitadas a esporádicas escapadas pelos flancos, sempre bem combatidas. Milner, além de apoiar, tinha o dever de acompanhar as descidas de Evra, enquanto Zabaleta e Barry se revezavam na marcação à Nani. A baixa produção, causava um buraco na meia cancha, e com isso, diversos chutões da defesa para o ataque, em busca de uma ligação direta.

Com tanta precaução e baixa qualidade, o zero se manteve no placar até o apito final. Um jogo para se apagar da memória. O City, mesmo jogando em casa e precisando da vitória para encostar nos líderes, não se arriscou para buscar os três pontos, enquanto o United, parecia contente com a igualdade e o ponto conquistado diante do arqui rival em pleno City of Manchester.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Erros que decidiram o Derby da Capital

Lazio x Roma

Clássico é sempre um jogo diferente, brigado e de muito estudo, onde o time em pior momento pode aprontar para o teoricamente melhor, justamente por se tratar de um jogo especial.

Na capital italiana também é assim, e Lazio e Roma prometia ser um confronto daqueles, já que com o tropeço da vice Inter, era a oportunidade de ouro para os biancocelesti dispararem na ponta do Calcio e de quebra afundarem o seu maior rival. Em contrapartida, era a chance da Roma buscar uma recuperação e ainda atrapalhar a vida do “co-irmão” regional.

O técnico Cláudio Ranieri não contava com seu principal jogador, o capitão e ídolo Totti. Para a vaga do camisa 10 o treinador lançou o francês Menez, que já havia ido muito bem durante a semana, contra o Basel-SUI pela UEFA Champions League. Mas a lista de desfalques romanistas não parava em “Il capitano”. Os brasileiros Juan e Taddei também não puderam entrar em campo, com isso, Burdisso entrou para compor a zaga ao lado de Mexés e o também brasileiro Fábio Simplicio entrou no meio campo.

Do outro lado, Edoardo Reja tinha apenas a ausência do zagueiro Biava, substituído por Standardo. O técnico promoveu ainda outra alteração na equipe que havia vencido o Palermo na última rodada, com a entrada de Rocchi no lugar do argentino Zarate. A mudança mexeu na estrutura tática da equipe, habituada a jogar no 4-2-3-1 com Hernanes centralizado, ontem o time se postou em um 4-2-2-2 onde o brasileiro foi meia direita.

A mudança parece não ter sido uma boa para os azuis. Hernanes ficou preso pelo lado do campo, onde o seu rendimento é inferior. Além disso, se preocupou em demasia em combater as subidas de Riise. A velocidade da equipe, essencial para a estratégia de contragolpes imposta por Reja, ficou muito comprometida com a entrada do camisa nove, que com pouca movimentação “congelava” o ataque.

Ao notar isso, o treinador não pensou duas vezes antes de trocar o estático avante pelo argentino já no intervalo, voltando o time ao sistema tradicional, após ver uma Roma irresponsável dominar toda a primeira etapa e só não sair com a vantagem graças ao bandeira, que viu impedimento de Borriello em jogada pela esquerda que resultou em gol anulado de Greco, que entrara no lugar do lesionado Menez.

Lazio x Roma 2

A igualdade no marcador, no entanto, durou pouco mais de cinco minutos da etapa final. Fabio Simplicio, que foi um monstro no meio campo grená, recebeu na entrada da área e bateu forte, Liechsteiner desviou com o braço e o juiz apontou a marca da cal. Borriello bateu muito mal, mas contou com a ajuda de Muslera para tirar o zero do placar.

Apesar do balde de água fria, a Lazio não se abateu e se lançou a frente para buscar o empate. A melhor oportunidade para igualar o marcador caiu justamente nos pés do craque, mas Hernanes de frente para o gol, bateu em cima de Julio Sergio. Era nítida a melhora na equipe, especialmente pela volta da velocidade ao time e a volta de Hernanes à posição onde encontrou seu melhor futebol.

Mesmo com o evidente crescimento na produção do time, o técnico Edoardo Reja resolveu mexer novamente, e mais uma vez errou, dessa vez ao sacar Hernanes para a entrada de Foggia. Não que o brasileiro estivesse fazendo uma grande apresentação - pelo contrário, estava abaixo do que vem apresentando, o erro foi mexer novamente no sistema de jogo do time, voltando ao 4-2-2-2 com Foggia pela esquerda, Mauri pela direita, e Zarate fazendo companhia a Floccari no comando de ataque.

Roma Com o placar favorável, a Roma já não era mais o time irresponsável do primeiro tempo. Bem postada defensivamente – algo natural em um time de Ranieri, continha os avanços do rival e procurava encaixar os contra ataques para matar o jogo. O meio campo romanista jogava demais, especialmente o brasileiro Fábio Simplicio, que por muito pouco não ampliou o placar, mas o chute do camisa 30 explodiu no travessão.

Porém, se um brasileiro da Roma não foi capaz de anotar o segundo gol e definir o derby, outro saiu do banco para fazê-lo. Aos 42 minutos da etapa final, Julio Baptista que entrara há apenas dois minutos, recebeu pela esquerda da área, cortou André Dias e foi derrubado, segundo pênalti a favor dos giallorossi, dessa vez foi Vucinic quem bateu com categoria para liquidar a fatura.

Lazio x Roma 3

Se o clássico é o tipo de jogo especial, onde pequenos erros podem definir o placar, o treinador biancocelesti parecia não saber disso, pois seus erros foram fundamentais para o triunfo romanista. Resta saber como a Lazio irá reagir à amarga derrota diante do arqui rival, se manterá o bom futebol e com isso os bons resultados, ou se sentirá o peso da derrota e cairá de rendimento.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

“Mou” tinha razão, Pippo é o perigo

Milan x Madrid

O jogo do San Siro era cercado de expectativas, como sempre será alias um jogo do porte de Milan x Real Madrid. O time da casa precisava muito do resultado positivo para encaminhar a classificação, enquanto os visitantes buscavam manter a invencibilidade na temporada, além de garantir a primeira colocação do grupo.

O time rossonero foi a campo postado em um 4-3-3, com os brasileiros Ronaldinho e Pato abertos e Ibrahimovic centralizado. No entanto, a equipe sofria pela falta de criatividade do seu meio campo, formado basicamente por três volantes, sendo que Gattuso e Boateng não tem qualidade na saída para o jogo, e Pirlo se preocupava muito mais em marcar Özil do que em jogar.

Já o Madrid, se posicionava no já tradicional sistema de Mourinho, o 4-2-3-1 com o habilidoso e veloz tridente de meias. A única mudança no time merengue com relação aquele que bateu o Milan há cerca de 15 dias no Santiago Bernabéu foi a volta de Sergio Ramos à lateral direita.

A equipe de José Mourinho cometia um grave erro na primeira etapa, que era a inversão de posicionamento entre Cristiano Ronaldo e Higuain, com o português fazendo as vezes de centroavante e Pipita sendo o meia esquerda blanco. Com o camisa sete aberto, poderia em velocidade explorar melhor a frágil marcação de Abate, um meia improvisado na lateral direita. A lateral esquerda também era um problema para o Milan, com o veterano e decadente Zambrotta na função e sofrendo com a rapidez do argentino Di Maria.

Ronaldinho, foi um jogador a menos em campo. Participou pouco do jogo, não ajudava o time na marcação e na criação, um único lance de perigo, quando deixou Ibrahimovic na cara de Casillas, para o sueco tocar por cima do goleiro, mas a bola saiu pela esquerda do gol.

A superioridade merengue - especialmente no setor de meio campo - era gritante, no entanto, os blancos esbarravam ora na falta de pontaria de seus avantes, ora nas defesas de Abbiati e até mesmo quando Pirlo salvou por duas vezes. Quando a primeira etapa já caminhava para o fim sem gols, Di Maria fez bela jogada pela direita e encontrou Higuain completamente livre dentro da área, o argentino dominou e tirou do arqueiro para abrir o placar em favor dos merengues.

Os dois times voltaram da mesma forma para a segunda etapa, mas por pouco tempo. Com apenas 14 minutos de bola rolando, Massimiliano Allegri perdeu a paciência com Ronaldinho e sacou o brasileiro para a entrada do homem que mudaria completamente a história do jogo, Inzaghi.

Apenas nove minutos depois da entrada do camisa nove, em um balão da defesa milanista, Pepe falhou feio e a bola ficou para Ibrahimovic pela esquerda, o sueco avançou e cruzou nas mãos de Casillas, que não segurou e a pelota sobrou justamente para Pippo empurrar para as redes.

Mourinho, tentando a mesma fórmula que deu certo no último cotejo merengue (vitória por 3 a 1 sobre o Hercules, na Liga Espanhola), lançou Benzema na vaga de Higuain, buscando velocidade e movimentação no comando de ataque blanco.

Milan x Madrid 2

Mas nada disso pode ser superior à estrela de um jogador especial, e dez minutos após empatar a partida, Inzaghi apareceu novamente. Dessa vez, em lançamento de Gattuso, que encontrou o veterano atacante livre – e em claro impedimento, Casillas novamente saiu mal do gol e Inzaghi apenas tirou do goleiro para virar o jogo.

Pippo Inzaghi Todos devem se lembrar, quando nas vésperas do jogo de ida em Madrid, José Mourinho deu declaração polêmica, dizendo que o Milan poderia usar 3, 4 ou 6 atacantes, desde que não jogasse Pippo Inzaghi. Hoje, Pippo mostrou que o comandante luso não temia à toa. O tento da virada foi o 70º do italiano em competições europeias, o maior artilheiro da Europa em todos os tempos, ao lado de Raul.

A entrada de Ambrosini no lugar de Pato aos 28 minutos deu uma melhor consistência na marcação rossonera, que dessa vez combatia bem o perigoso tridente de meias do time espanhol. Assim, Di Maria, Cristiano Ronaldo e Özil, justamente os três homens responsáveis por levar o Madrid à frente, sumiram do jogo sob a forte pegada italiana.

O nervosismo de Pepe, que já havia falhado no primeiro gol dos mandantes, era claro, e Mourinho sacou o zagueiro, para lançar Pedro Leon, um meia ofensivo e criativo para buscar o empate.

E não é que a mexida deu certo? Quando a partida se encaminhava para o seu fim e a vitória milanista parecia certa, aos 49 minutos da etapa final, Benzema avançou pela direita e encontrou o garoto Pedro Leon livre na área, o camisa 16 dominou e bateu tirando de Abbiati e garantir o empate.

A igualdade no marcador, no fim, acabou por ser o resultado mais justo por tudo aquilo que foi apresentado pelas duas equipes. Melhor para o Real, que segue na ponta do grupo, com uma bela folga de cinco pontos para o segundo colocado Milan, que agora vê os seus rivais encostarem na briga pela segunda vaga do grupo.

Copenhague 1x1 Barcelona - Determinação dinamarquesa e cautela blaugrana

Coppenhague x Barça 

O Barcelona foi a campo na Dinamarca com a missão de garantir já nessa quarta rodada a sua classificação para a segunda fase da UEFA Champions League. Ao Copenhague, um empate diante da poderosa equipe catalã já seria um resultado estupendo, já que manteria os quatro pontos de vantagem sobre o terceiro colocado do grupo, os russos do Rubin Kazan.

Como o time da casa não tinha o que perder e iria se arriscar, Guardiola preferiu se resguardar e lançar sua equipe de uma forma mais conservadora que o habitual ao colocar Keita na vaga de Pedro, recheando assim a sua meia cancha e ganhando maior poder de marcação.

O time dinamarquês entrou com uma proposta um tanto ousada, de intensa movimentação e exigência na parte física. A formação em 4-4-2, com duas linhas de quatro se compactavam e diminuíam os espaços perfeitamente quando o time não tinha a bola, em contrapartida, quando os mandantes tinham a pelota, a segunda linha avançava em bloco e buscava explorar especialmente o lado direito da defesa catalã, com Gronkjaer aparecendo bem nas costas de Daniel Alves.

A qualidade e as subidas da dupla de volantes é essencial para que uma linha de quatro homens no meio campo dê certo. E foi assim que o Copenhague assustou logo aos dois minutos, quando a bola sobrou na intermediária e Claudemir soltou a bomba para carimbar o travessão de Valdés. O brasileiro era peça chave no sistema de Stale Solbakken, ao lado do capitão da equipe, o camisa oito Kvist, distribuíam bem o jogo e abriam perigosamente para os ponteiros Vingaard pela esquerda e Bolaños pela direita.

Passado o ímpeto inicial dos donos da casa, o Barcelona começou a impor o seu estilo de jogo e manter a posse de bola, fazendo a pelota girar de um lado a outro, e esbarrando em um paredão de oito ou nove homens de branco, bloqueando a entrada da área. A saída era uma bola longa nas costas da defesa adversária, e assim, Iniesta achou Villa pela direita, “El Guaje” soltou a bomba e acertou a trave do arqueiro sueco Wiland.

Aos trinta minutos da etapa inicial, Xavi em novo lMessiançamento encontrou Keita livre na entrada da área, o malinês escorou de cabeça para Villa, a zaga cortou mal e a bola foi parar nos pés de Messi, o argentino dominou e bateu de direita para abrir o marcador em favor dos visitantes.

Mal deu tempo de comemorar, pois apenas dois minutos depois veio o gol de empate dos leões. Em saída errada, Claudemir roubou a bola de Keita e lançou para Gronkjaer pela esquerda, o veterano fez bela jogada e levantou na área, Valdés não segurou e a pelota sobrou para o mesmo Claudemir bater no contrapé do goleiro espanhol.

A segunda etapa continuou na mesma batida da primeira, com o Barça mantendo a bola, mas sem conseguir sem incisivo, sem penetração no ferrolho dinamarquês. A marcação por zona do time da casa era eficiente e evitava a chegada dos catalães, especialmente ao bloquear Xavi, o homem da distribuição.

O técnico norueguês Solbakken mexeu na distribuição da sua equipe, invertendo os meias Bolaños e Vingaard de lado, além de Gronkjaer, que saiu da esquerda onde aproveitava os espaços deixados por Dani Alves e foi para a direita, ficando vendido a forte marcação de Abidal.

O lateral francês por sinal, fez importante papel no sistema de jogo do time de Guardiola. Apesar de postado no tradicional 4-3-3, o time catalão quando tinha a posse de bola – 65% do tempo de jogo – aparecia mais em um 3-4-3, com o camisa 22 fechando o lado esquerdo da defesa, Puyol fazendo as vezes de libero e Piqué pela direita, dando liberdade a Daniel Alves para o brasileiro compor o meio campo.

Com o time da casa bem postado e arriscando nos contra ataques, o Barcelona clamava por velocidade e profundidade, clamava por Pedro. Guardiola demorou demais a mexer no time e lançar o camisa 17, e quando o fez, em minha opinião, foi errado. Não devia ter sacado Villa e sim Keita, mas o treinador preferiu a cautela para segurar o empate a buscar o tento da vitória e da classificação. Ainda assim, o garoto quase garantiu os três pontos para o time blaugrana, quando no fim do jogo cortou para o pé direito e bateu forte na trave esquerda de Wiland.

A vitória era de extrema importância para o Barcelona, que precisava garantir a classificação antecipada e poder se dar ao luxo de não se desgastar em excesso contra o Panathinaykos, que antecede o super clássico diante do Real Madrid.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Seres Superiores

CR - Leo Messi

O fim do ano se aproxima e com ele a premiação individual ao melhor jogador da temporada. Cristiano Ronaldo e Messi, os dois últimos vencedores do prêmio, estão novamente entre os vinte e três finalistas, no entanto, dificilmente faturam nesse ano, já que não venceram a UEFA Champions League, e principalmente, pelo fiasco de suas seleções na Copa do Mundo. O fato é que independente de título ou temporada, levando em conta apenas o talento, os dois sobram.

Cristiano Ronaldo, atravessa um dos melhores – senão o melhor – momentos de sua carreira. O luso tem números assombrosos desde sua chegada ao Real Madrid – 45 gols em 49 jogos, mas nesse mês de outubro os números são ainda mais impressionantes. Em oito partidas (sendo duas pela seleção portuguesa), foram 13 gols e cinco assistências, que certamente foram cruciais para a liderança merengue no campeonato espanhol.

Messi por sua vez, mesmo que voltando recentemente de uma lesão, não fica muito atrás do camisa sete blanco. No último mês, foram sete tentos anotados por “La Pulga”, além de uma assistência. O argentino é ainda o atual (bi) artilheiro da UEFA Champions League e artilheiro da Europa na última temporada, mas isso não deverá ser suficiente para levar a bola de ouro dos favoritos Xavi, Iniesta e Sneijder.

Há quem goste mais do futebol de Cristiano Ronaldo, e há aqueles – que assim como eu – prefiram o futebol de Lionel Messi, mas dificilmente há quem discorde que um deles é o melhor jogador do planeta.