sexta-feira, 21 de setembro de 2012

AS ESTRÉIAS DE REAL MADRID E BARCELONA NA CHAMPIONS LEAGUE

Enfim, a bola rolou para o maior interclubes do planeta, a UEFA Champions League. E o que chamou a atenção foram as estréias dos dois gigantes espanhóis, Real Madrid e Barcelona, apontados por quase todos como grandes favoritos à conquista continental, mas que passaram por grandes dificuldades em seus debutes no torneio.

Abaixo, analise das partidas e como José Mourinho e Tito Vilanova precisaram mexer para buscarem as viradas e garantirem as vitórias de seus times.

No Santiago Bernabéu...

...Existia a expectativa pelo melhor jogo da primeira fase da competição, entre duas equipes que provavelmente irão longe. E, de fato, o que vimos no estádio merengue, foi um jogão.

José Mourinho surpreendeu em sua escalação inicial, barrando Sergio Ramos para a entrada de Varane no miolo de zaga e lançando Essien na vaga de Ozil na meia cancha, deixando de lado o 4-2-3-1 de sempre para atuar em um legitimo 4-3-3. Roberto Mancini não deixou por menos, e escalou o jovem Nastasic na zaga, deixando o experiente Lescott no banco.

Madrid - City 01Formações Iniciais: Com a entrada de Essien, Madrid abre mão do 4-2-3-1 habitual e atua num 4-3-3, adiantado, que encurrala as retraídas linhas citizens.

Logo de inicio, o Real fez valer o fator casa, tomou as rédeas da partida e só não abriu o placar antes dos dez minutos de peleja graças a dois milagres de Joe Hart em conclusões de Cristiano Ronaldo. Pelo lado direito, Di Maria fazia um jogo intenso, infernizando o lateral Gael Clichy, que não encontrava o ponta argentino.

Quando Samir Nasri se lesionou no fim da etapa inicial, Mancini viu a oportunidade de ouro para reforçar sua retaguarda, trocando o francês por Kolarov, que foi atuar no lado esquerdo, dobrando a marcação em cima de Di Maria e tentando assim conter o ímpeto madridista, que terminou o primeiro tempo com 74% de posse de bola e incontáveis arremates à meta inglesa.

Na volta do intervalo, com uma postura ainda mais fechada, em uma espécie de 3-5-1-1, o City conseguiu acertar seu sistema defensivo, e apesar do controle de bola merengue, sofria poucos sustos. Bem postado, o time britânico dava toda pinta de que precisava de uma bola para ganhar o jogo. E ela apareceu aos 25’, quando Yayá Touré arrancou de seu campo de defesa em contragolpe e passou para Dzeko, que acabara de entrar, tocar na saída de Casillas e abrir o placar.

O treinador merengue, que a esta altura já havia trocado Essien por Ozil, fez outras duas mudanças e lançou o time de vez ao ataque, sacando Khedira e Higuain para as entradas de Modric e Benzema, ganhando maior criatividade no meio com o croata e mobilidade na referência com o francês. Não demorou e as mudanças fizeram efeito, quando Di Maria achou Marcelo completamente livre na entrada da área, o brasileiro cortou, bateu de direita de fora da área e contou com leve desvio em Javi Garcia para bater o goleiro Joe Hart e empatar a peleja.

Madrid - City 02Na etapa final, buscando a virada, José Mourinho se lançou de vez ao ataque com Modric e Ozil no meio. City ainda mais recuado, numa espécie de 3-5-1-1.

Quando o relógio já marcava 40 da etapa final, Kolarov cobrou falta despretensiosa da intermediaria e viu a bola fraca ir morrer direto no fundo das redes, recolocando o City na frente. Mal deu tempo de comemorar, pois não demorou e o Real Madrid empatou novamente, com Benzema, que recebeu de Di Maria na entrada da área, girou fácil pra cima do novato Nastasic e bateu no cantinho de Hart.

Apesar de o empate ainda estar de bom tamanho para os visitantes, em função da grandeza do adversário e do domínio que sofreu, o gol de empate apenas dois minutos depois de fazer dois a um foi um duro golpe. E assim, no embalo da torcida e na base do abafa, o time da casa ainda chegou ao tento da vitória, com Cristiano Ronaldo, que já havia tentado outras nove vezes e em algumas parou em Hart, dessa vez contou com falha do goleiro inglês para virar o marcador a exatos 45 do segundo tempo e assegurar os primeiros três pontos ao Madrid.

Sem dúvidas, um belo cartão de visitas do time de José Mourinho, numa demonstração de força e garra impressionantes. O treinador, por sinal, acabou como o destaque do jogo, não por sua escalação ou suas mexidas, mas pela comemoração épica no gol de seu compatriota que deu números finais a partida.

No Camp Nou...

...Se imaginava uma estréia bem mais tranqüila ao Barcelona, e quem sabe, até uma goleada com direito a novo espetáculo proporcionado pelo time catalão.

Não foi o que aconteceu. Com uma postura tática perfeita, o Spartak plantou suas linhas defensivas dentro de seu campo, congestionando a entrada de sua área e impedindo as penetrações culés. Rafael Carioca, o cabeça-de-área no 4-1-4-1 de Unai Emery, recuava, se juntando aos zagueiros e formando uma primeira linha de cinco homens, com uma de quatro logo à frente, que assistia e cercava a troca de passes do Barça, que não conseguia incomodar a meta de Dykan.

Barça-Spartak 01Barça no 4-3-3 de sempre, com Messi na referência. Spartak num 4-1-4-1, que variava pra um 5-4-1 com o recuo de Rafael Carioca.

Isso até aparecer a jogada individual do melhor jogador da partida, o jovem Cristian Tello. Enquanto Xavi, Fabregas e até mesmo Messi estavam apagados, o camisa 37 recebeu na ponta esquerda, cortou pra dentro e acertou um belíssimo chute para abrir o placar em favor dos donos da casa.

O gol não fez mudar o modo como o Spartak se postava. Continuou com suas linhas retraídas, apostando na velocidade de seus jogadores ofensivos para num contragolpe empatar. Foi o que aconteceu, quando McGeady descolou lançamento para Emenike pela direita, o nigeriano foi até a linha de fundo e cruzou rasante para a área. A bola ia passando, até Daniel Alves tentar cortar e tocar pro fundo do próprio gol.

A etapa final seguiu no mesmo ritmo da inicial. Barça controlando a posse, até tentando o segundo gol, mas esbarrando na solidez russa. Quando conseguiu furar a defesa vermelha, Daniel Alves até marcou, mas a arbitragem pegou correto impedimento.

Até que aos 14’, o que já era drama para os mais de 90 mil presentes, virou pesadelo. Após cobrança de escanteio do Barcelona, a defesa tirou a bola que foi parar nos pés de Ari, que saiu em velocidade e passou para McGeady. O irlandês acionou Rômulo entrando pela direita, o brasileiro fintou Adriano e tocou na saída de Valdes para virar o jogo.

Perdendo em casa logo em sua estréia pela Champions League, Tito Vilanova partiu para o tudo ou nada pra cima dos russos. Trocou Daniel Alves por Alexis Sanchez, reconfigurou o time num 3-4-3 ultra-ofensivo e foi pra pressão.

Barça 02Nos minutos finais, ataque total para buscar a virada. Um 3-4-3, com Messi jogando atrás do pivô, mas aparecendo para concluir como centroavante nos dois gols que definiram a partida.

Foi aí que dois jogadores apareceram para decidir em favor dos blaugranas. O primeiro foi Tello, de novo. Após cruzamento errado de Pedro que atravessou toda a área, o jovem recuperou a bola no lado esquerdo, entortou McGeady e rolou para Messi – que vinha mal no jogo até então – concluir para o gol vazio.

O sufoco barcelonista continuou até o gol da virada, que saiu da maneira menos Barcelona possível, numa seqüência de bolas alçadas na área. Primeiro foi Villa (que entrara minutos antes no lugar de Tello) quem cruzou, a bola foi parar nos pés de Pedro na direita, novo levantamento, que dessa vez veio parar com Alexis do lado oposto, de onde saiu nova elevação na área, para enfim, encontrar a cabeça de Messi, que como um legítimo camisa 9, se antecipou ao zagueiro, testou para a rede e virou o jogo.

A virada a dez minutos do fim sucumbiu o time do Spartak, que não demonstrou mais nenhuma força para reagir e tentar a nova igualdade e o placar seguiu inalterado até o apito final.

Mesmo em noite pouco inspirada, é Messi quem aparece para resolver no Barcelona. Artilheiro das últimas quatro edições de Champions League, agora o argentino já soma 53 gols na competição e é o quarto maior artilheiro de todos os tempos, atrás apenas de Raúl (71 tentos), Van Nistelrooy (60) e Shevchenko (59).

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013 - Grupo H


Tentando não repetir a decepção da temporada passada, quando caiu ainda na fase de grupos, o Manchester United investiu pesado nas contratações de Shinji Kagawa e do artilheiro da última Premier League, Robin Van Persie, que forma ao lado de Wayne Rooney, a mais letal dupla de ataque do planeta. Com isso, é natural imaginar que os Red Devils fiquem com a primeira colocação do grupo, enquanto Braga e Galatasaray disputam a segunda. Com um time talentoso e experiente, os atuais campeões turcos têm boas chances de ficarem com a vaga, no entanto, é bom abrir o olho com os portugueses do Braga, que contam com um time sólido e cada vez mais habituado às disputas continentais. O romeno Cluj dificilmente brigará por algo.

Curiosidade: Manchester United e Galatasaray se destacaram no cenário europeu no fim dos anos 90. Os turcos, com a conquista da Europa League (na época, ainda Copa da UEFA) em 1999/00 ao bater o Arsenal nos pênaltis por 4 a 1 após empate sem gols no tempo normal. Taffarel defendeu duas cobranças e foi o herói daquela conquista. Já os Red Devils conquistaram sua segunda Champions League em 1998/99 ao vencer o Bayern Munique por dois tentos a um, virando o jogo com gols de Sheringham e Solskjaer aos 45 e 46 do segundo tempo respectivamente (Basler havia marcado para os Bávaros), em uma das mais espetaculares decisões de todos os tempos.

Palpite: Manchester United e Galatasaray







segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013 - Grupo G



Após quatro anos gloriosos sob o comando de Pep Guardiola, o Barcelona tem no banco de reservas sua maior novidade na temporada, com a presença de Tito Vilanova treinando o time. Além do novo técnico, apenas as chegadas do lateral Jordi Alba e do volante Alex Song como novidades no plantel blaugrana, que convenhamos, já era bom o suficiente para ser cotado como favorito ao título. A disputa pela segunda vaga do grupo é que promete ser ferrenha. Isso porque Benfica e Spartak são duas equipes que se equivalem, com ligeira vantagem aos lusitanos pelo peso de sua camisa, bicampeã européia. Correndo por fora, o Celtic também tem chance, mesmo que mínima, de almejar uma vaga nas oitavas, devido ao equilíbrio da chave. Tirar pontos do poderoso Barcelona pode ser fundamental para definir o segundo do grupo.

Curiosidade: Barcelona e Benfica já decidiram uma vez o principal interclubes do planeta. Foi na temporada 1960/1961, com vitória portuguesa por três tentos a dois. Sándor Kocsis e Zoltán Czibor anotaram para os Culés, enquanto José Águas, Mário Coluna e Martí Vergés contra fizeram para os Encarnados, garantindo o primeiro dos dois títulos para o time de Lisboa.

Palpite: Barcelona e Benfica





domingo, 16 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013 – Grupo F

Grupo F

Dois vices em três temporadas. Esse é o retrospecto recente do Bayern Munique na UEFA Champions League. Retrospecto que o time alemão espera deixar para trás e conquistar enfim, o seu penta campeonato europeu. Para isso, a manutenção de elenco e treinador, mais alguns bons reforços, como o zagueiro brasileiro Dante, o volante Javi Martinez e os goleadores Mandzukic e Pizarro. Terceira força da Espanha (o que não é nenhum demérito, já que Barça e Madrid monopolizam o país), o Valencia não deve encontrar dificuldades para ficar com a segunda vaga do grupo, uma vez que o enfraquecido Lille não deverá complicar após a saída do seu trio de ataque formado por Joe Cole, Hazard e Moussa Sow, e o BATE, com o perdão do trocadilho, não aparenta ter forças para bater em ninguém.

Curiosidade: Bayern Munique e Valencia decidiram a edição 2000/2001 da UEFA Champions League. Empate no tempo normal com gols de Mendieta para os espanhóis e de Effenberg para alemães. Nas penalidades, show de Oliver Kahn ao defender duas cobranças e assegurar o título para os Bávaros.

Palpite: Bayern Munique e Valencia

BayernValenciaLilleBATE Borisov

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Guia da Champions League 2012/2013 - Grupo E

Grupo E

Atual campeão, o Chelsea ganhou de “presente” um grupo equilibrado, com dois adversários duros de serem batidos, porém, com tudo dentro da normalidade, imagina-se que os Blues fiquem com uma das vagas. Dona do Scudetto italiano da última temporada e de volta a Champions após duas edições ausente, a Juventus larga na frente na disputa pela outra vaga, mesmo tendo problemas com a ausência do treinador Antonio Conte no banco de reservas (suspenso, em função do último escândalo do futebol italiano) e a falta de um camisa 9 “top” no comando do ataque. O sempre cascudo Shakhtar espera repetir a boa campanha da temporada 2010/2011, quando foi até as quartas de final e caiu perante o campeão daquela época, o poderoso Barcelona. O plantel é praticamente o mesmo, portanto, é possível sim sonhar com uma boa participação. Os dinamarqueses do Nordsjaelland não devem ameaçar nem mesmo a terceira colocação.

Curiosidade: Na temporada 2008/2009, Chelsea e Juventus se encararam pela última vez na Champions League, pelas oitavas de final daquela época. Vitória azul em Stamford Bridge pela vantagem mínima, gol de Didier Drogba e empate em dois tentos pra cada lado no Estádio Olímpico di Torino, gols de Iaquinta e Del Piero para a Vecchia e Drogba e Essien para os Blues.

Palpite: Chelsea e Juventus

ChelseaShakhtar DonetskJuventusNordsjaelland

Jogo dos 7 erros (e do único acerto)


Como uma seqüência de erros do Vasco da Gama culminou com a saída do bom treinador Cristóvão Borges e pode até afastar o time da Taça Libertadores em 2013.

1. Falta de estrutura para treinamento: É impensável que um time profissional de futebol, com grandes pretensões, não tenha um Centro de Treinamento digno. E é isso que o Vasco da Gama vem vivendo. Treinando no estádio de São Januário, o resultado não poderia ser outro senão a deterioração do gramado, e com isso, uma queda no nível de apresentações da equipe.

2. Falta de comando superior: A ausência de Felipe no treinamento alegando lesão e a aparição do próprio lateral/meia jogando futevôlei na praia não deixa outra impressão senão a de que falta comando dentro do clube. E não é de hoje, desde a saída de Rodrigo Caetano da Colina que a diretoria vascaína não mais se encontrou. Como se não bastasse, na tarde de ontem, o atual vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino também pediu as contas e se mandou de São Januário.

3. Vendas de peças importantes sem reposição: Fagner, Allan, Rômulo e Diego Souza. Três titulares absolutos e um polivalente jogador que sempre entrava no decorrer das partidas, quando não era escalado de inicio. Os quatro, vendidos na janela de transferências, eram de suma importância para Cristóvão Borges na montagem da equipe. Fagner, vendido ao Wolfsburg, formava pelo lado direito uma dupla aterrorizante ao lado de Eder Luis. Rômulo, que partiu para o Spartak Moscow, era a sustentação da defesa vascaína, atuando como primeiro volante, ou no vértice esquerdo, dando suporte a Felipe, quando esse atuava pela lateral. Diego Souza rumou para os árabes do Al Ittihad, era o jogador mais participativo e mais incisivo do time. Corria, brigava, combatia a defesa adversária, driblava, concluía, fazia gols e também os errava como errou contra o Corinthians pela Libertadores. Porém, mais uma vez era ele quem estava ali para criar o lance. Hoje o clube não tem esse jogador, porque Carlos Alberto, que começou o ano encostado na Colina, foi o escolhido para ser o substituto do ex-camisa 10, não consegue ser decisivo como era Diego. Wendel veio para a vaga de Rômulo. Um bom jogador, interessante para compor o grupo, e só, pois está muito abaixo do volante da seleção brasileira. Para o lugar de Fagner, veio Auremir, que era volante no Náutico, teve que se transformar em lateral no Vasco e não deu certo. A nau cruzmaltina começou a perder o rumo a partir da saída dessa espinha dorsal.


4. Queda técnica de jogadores importantes: Soma-se a saída de alguns nomes à queda de outros tão importantes quanto os que se foram, e pronto, o resultado dessa equação é visto na tabela do campeonato e mais importante, no desempenho em campo. Eder Luis, que era infernal pelo lado direito, hoje não produz absolutamente nada – talvez em função da saída de seu “parceiro” Fagner. O zagueiro Dedé, desde que retornou da lesão que o afastou dos gramados no fim do primeiro semestre, ainda não conseguiu repetir as atuações seguras da temporada 2011. E até mesmo o capitão Fernando Prass, outrora impecável, vem cometendo erros bisonhos na meta vascaína e comprometendo diretamente o time.

5. Erros de Cristóvão Borges: Além das saídas de alguns nomes e da queda de outros, Cristóvão também tem errado. Nada que justifique a perseguição da torcida, longe disso, mas algumas decisões infelizes do comandante também entram na soma de fatores que resultaram na baixa produtividade vascaína. A insistência com Eder Luis, em péssima fase, com Tenório no banco pedindo passagem. O lançamento precoce de garotos como John Cley e Luan num time em turbulência. Além de improvisações absurdas como a de Fabricio pela lateral na partida contra o Bahia. O defensor já é fraco atuando na zaga, sua função de origem, não fazia sentido algum deslocá-lo para a beirada do gramado. Isso sem contar a falta de alternativas da equipe, que adotou de vez o 4-3-3 como sistema padrão e inalterável, independente da postura adversária ou das opções que o técnico tinha em mãos.

6. Falta de respaldo ao treinador: Uma imagem foi emblemática para esse que vos escreve durante a passagem de Cristóvão no comando do Vasco. Após a vitória apertada sobre o Lanús pelas oitavas de final da Libertadores, começou um show de vaias e ofensas ao treinador, que teria que atravessar todo o campo até a entrada do vestiário, do lado oposto ao banco de reservas. O grupo de jogadores, em total apoio ao comandante, parou no centro do gramado e aguardou sua chegada ali, para junto com ele, irem todos ao vestiário, num gesto de amparo ao técnico que se repetiu outras vezes. No último domingo, depois da derrota acachapante sofrida perante o Bahia, ao apito final do árbitro, os jogadores correram para o vestiário, “abandonaram” Cristóvão com a ira da torcida e toda a pressão que uma derrota vergonhosa traz. Um ato covarde de um grupo que já demonstrou não ser.

7. Saída de Cristóvão Borges: A saída do treinador é sempre uma válvula de escape utilizada por clubes brasileiros em crise. No caso vascaíno, cabe a ressalva de que Cristóvão não foi demitido, e sim, pediu o boné. Obvio, não suportou a pressão toda sozinho, sem respaldo de jogadores e diretoria. Na opinião desse blogueiro, a reorganização do Vasco passava essencialmente por Cristóvão, em parceria com Ricardo Gomes na temporada que está por vir. A atual não está perdida, mas a troca não significa que vá recuperá-la.

Marcelo Oliveira fez bom trabalho no Coritiba, e foi o único acerto vascaíno em toda essa confusão do time. Já que acatou ao pedido de demissão de Cristóvão, o ex-atacante do Galo era realmente o melhor nome no mercado de treinadores para assumir o comando. Mas precisa de tempo, não tem perfil de treinador que chega e sacode o grupo para que esse renasça de imediato, que é exatamente o que precisa o Vasco nesse momento.

Protesto da torcida vascaína durante jogo da última quarta-feira contra o Palmeiras.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013 - Grupo D

Grupo D

Três clubes tradicionais no cenário europeu, mais um dos novos ricos disposto a tudo pelo título continental. Esse é o grupo da morte, que deverá ser o mais interessante dessa primeira fase. Atual campeão espanhol, o Real Madrid praticamente não mexeu no grupo que foi às semifinais por dois anos consecutivos e entra como candidato fortíssimo para a conquista da tão sonhada “La Décima”. Outro favorito a título, e conseqüentemente a vaga nas oitavas, é o Manchester City, dono de campanha medíocre na última temporada da Champions, quando parou na fase de grupos, mas que faturou a Premier League e chega mais tarimbado a essa nova disputa da competição continental. Quem pode complicar a vida dos dois é o atual bicampeão alemão Borussia Dortmund, que perdeu o japonês Shinji Kagawa, mas trouxe o ótimo Marco Reus para suprir a saída do astro nipônico e espera campanha melhor do que na temporada passada, quando a exemplo do City, também ficou na fase de grupos. Azar do Ajax, que caiu em grupo tão forte e provavelmente não terá forças para brigar por nada, mas pode tirar pontos preciosos dos outros três e até ser decisivo dentro da chave.

Curiosidade: É o grupo dos campeões. Os quatro clubes venceram suas ligas nacionais na última temporada. Além disso, a chave reúne o maior número de títulos de Champions League, com 14 no total, sendo nove do Real Madrid, quatro do Ajax e uma do Borussia.

Palpite: Real Madrid e Manchester City

Real MadridManchester CityAjaxBorussia

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013–Grupo C

Grupo C

A sorte definitivamente sorriu para o Milan. Após as saídas de Thiago Silva e Ibrahimovic, somente um grupo fraco para possibilitar ao heptacampeão europeu a chance clara de classificação à fase seguinte. E com sorte, quem sabe, até ir mais longe. Ainda assim, o favorito para ficar com a primeira colocação na chave é o Zenit. O atual campeão russo, que já contava com um grupo forte o suficiente para almejar uma vaga, ganhou ainda um “plus” com as contratações de última hora de Hulk e Witsel. Quem deve rivalizar com o Milan é o ex-rico Málaga, que apesar de não ter dado seqüência em seu trabalho de crescimento do time e ter perdido nomes importantes como Santí Cazorla e Rondón, conseguiu no apagar das luzes os reforços de Saviola e Roque Santa Cruz, que em forma, podem vir a complicar zagas adversárias. Já os belgas do Anderlecht não devem passar de meros figurantes no grupo, sem grandes pretensões.

Curiosidade: Em duas campanhas dos seus sete títulos o Milan dividiu o grupo com o Anderlecht. Em 1993/94, dois empates sem gols. Em 2006/2007, duas vitórias rossoneras. Um tento a zero em território belga, com gol de Kaká, e sonoros quatro a um em San Siro, com show de Kaká, autor de três gols.

Palpite: Zenit São Petersburgo e Milan

MilanZenit São PetersburgoAnderlechtMalaga

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Guia da UEFA Champions League 2012/2013–Grupo B

Grupo B

A exemplo da temporada 2011/2012, Arsenal e Olympiacos estão novamente na mesma chave. E mais uma vez acompanhados de um francês e um alemão – na temporada passada, Borussia Dortmund e Olympique Marseille completavam o grupo. Ótimo para Arsene Wenger, que não deverá ter maiores dificuldades para passar pela primeira fase enquanto remonta sua equipe após as saídas de Alex Song e especialmente, da referência Robin Van Persie. Outro que terá problemas para armar a equipe é o Montpellier, que perdeu o artilheiro Olivier Giroud (justamente para o Arsenal) e já vem sentindo sua ausência na Ligue 1, onde ocupa apenas a 13ª colocação, com uma vitória, um empate e duas derrotas em quatro jogos. Assim, alemães e gregos devem brigar pela segunda colocação do grupo, com favoritismo para o time de Gelsenkirchen, que conta com os gols de Huntelaar e o talento do recém chegado Ibrahim Afellay, para tentar avançar.

Curiosidade: É o chamado “grupo virgem”. Nenhum dos quatro integrantes possui um título de Champions League em sua galeria de troféus.

Palpite: Arsenal e Schalke 04

ArsenalSchalke 04OlympiacosMontpellier

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Guia UEFA Champions League 2012/2013–Grupo A

Como todos devem saber, estamos a uma semana do inicio do maior torneio interclubes do planeta, a UEFA Champions League. Assim, esse que vos escreve preparou um pequeno guia do intercontinental europeu, que será lançado aqui nesse espaço grupo a grupo, até a próxima segunda-feira (17/09), um dia antes da bola rolar no velho continente. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Grupo A

O grande atrativo do grupo fica por conta do novo rico Paris Saint Germain. O time que investiu pesado na temporada 2011/2012, não conseguiu faturar a liga nacional e teve de se contentar com a vaga na fase de grupos da UEFA Champions League. Assim, investiu ainda mais na atual temporada e tirou do Milan ninguém mais ninguém menos que os craques Ibrahimovic e Thiago Silva, dando um baita upgrade ao elenco de Carlo Ancelloti. Além dos ex-rossoneri, chegaram também o ótimo Lavezzi e o lateral Van Der Wiel, sem contar o são paulino Lucas, que chegará à capital francesa apenas em janeiro. Outro favorito no grupo é o Porto. Mesmo com a saída do astro maior do clube, Hulk, os atuais bi campeões lusitanos não devem ter maiores dificuldades para ficarem com uma das duas vagas nas Oitavas de Final, uma vez que Dynamo Kyev e Dinamo Zagreb brigam apenas entre si para ficarem com a vaga no mata mata da UEFA Europa League.

Curiosidade: Na campanha do título em 2003/2004, o Porto também teve que encarar franceses pelo caminho. Na ocasião, Olympique Marseille, Lyon e Monaco foram os rivais em fase de grupos, quartas de finais e final, respectivamente.

Palpite: Paris Saint Germain e Porto

PortoDinamo KyivpsgDinamo Zagreb