quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Renascimento Verde

Palmeiras x Inter


Após ver o time emplacar duas vitórias seguidas, a expectativa da torcida palmeirense era enorme para o jogo diante do quarto colocado Inter, que por sua vez, também vinha empolgado após a dramática vitória sobre o Corinthians, alcançada no último minuto na cobrança de falta de Andrezinho.

O jogo começou bastante disputado, com intensa luta pela ocupação de espaços na meia cancha, setor bastante povoado, uma vez que as duas equipes foram a campo com esquemas semelhantes, o 4-2-3-1.

As marcações individuais sobre os principais articuladores era outro fator que impedia a criação de jogadas de maior perigo para ambos os lados. Wilson Mathias não desgrudava de Valdivia, enquanto Andrezinho era acompanhado de perto por Edinho. Além da marcação sobre o 10 colorado, Felipão também impediu as subidas dos perigosos laterais vermelhos com Tinga e Marcio Araújo acompanhando de perto os avanços de Daniel e Kleber.

Dessa forma, a solução mais plausível para se chegar ao gol parecia mesmo ser a bola parada. A mesma bola parada que foi arma para o Inter conseguir os três pontos no último domingo, dessa vez foi arma contra o time gaúcho, que encontrou um Marcos Assunção inspirado do outro lado.

Barueri/SP; Brasil; Arena Barueri; 29/09/2010; Futebol; Campeonato Brasileiro, jogo Palmeiras x Internacional, o jogador Marcos Assuncao comemora gol durante partida; foto de Tom Dib/Lancepress; foto digital;

À parte as falhas de Renan nos dois gols palmeirenses, deve-se destacar a felicidade e a precisão do camisa 28 alvi verde nas cobranças de falta, que vem sendo uma das principais jogadas – senão for A principal – do Palestra.

Com os dois gols de Marcos Assunção, o Palmeiras alcança a sua terceira vitória consecutiva no Brasileirão. Ironicamente, justamente no momento de turbulência política dentro do clube, Scolari parece ter encontrado uma equipe consistente, que conta com força defensiva e aposta na evolução do Mago Valdivia para seguir vencendo.

sábado, 25 de setembro de 2010

No “Clássico Milionário”, levou quem não errou

 

City 1-0 Chelsea

O Chelsea, até então perfeito na Premier League, que havia vencido de forma arrasadora seus cinco primeiros adversários, anotando 21 tentos e sofrendo apenas um, tinha nesse sábado o seu primeiro grande teste, encarar o milionário Manchester City na casa do adversário já não era tarefa das mais fáceis, com o desfalque de Lampard, parecia ficar ainda pior.

O City por sua vez, também tinha desfalques importantes, especialmente no setor defensivo, onde não pode contar com seus laterais esquerdos, Kolarov ou Boateng (o segundo, sem ritmo, ficou apenas no banco), assim, Roberto Mancini optou por improvisar o destro Zabaleta no setor e escalar o jovem Boyata na lateral direita.

A etapa inicial foi de muito estudo de parte a parte, as equipes se respeitando bastante e os donos da casa ligeiramente melhores, especialmente pelo seu lado esquerdo de ataque, com boas tramas entre James Milner e Zabaleta, que Ivanovic sozinho não conseguia acompanhar, enquanto Essien, que era pra ser o homem no combate às descidas do lateral argentino, se empenhava em pegar Barry. As poucas chances surgidas durante o primeiro tempo acabaram sendo em falhas, como a de Ramires que Tevez finalizou de longe para a defesa de Cech, ou na bola parada, onde em jogada ensaiada, Ivanovic carimbou o travessão dos citizens.

O segundo tempo seguia da mesma forma que foi o primeiro, de disputas no meio campo e poucas oportunidades, assim tudo levava a entender que o jogo se tornara uma morte súbita, onde quem marcasse primeiro levaria e qualquer erro poderia ser fatal.

  61799210 Assim, Ramires - que tinha a dura missão de substituir Lampard - acabou sendo decisivo. O brasileiro que já havia errado bastante durante todo o jogo, principalmente nos passes, foi facilmente desarmado por Yayá Touré, o marfinense lançou Tevez e o argentino carregou até a entrada da área, onde levou para o pé direito e finalizou com precisão no canto direito, sem chances para Cech, para fazer o gol da vitória para o time da casa.

Carlitos, por sinal, é o principal responsável pelCarlitosa boa colocação dos Citizens, afinal o camisa 32 participou de seis dos sete gols anotados pelo time de Manchester até aqui, sendo quatro bolas na rede e outras duas assistências.

Com o triunfo sobre o líder, os Sky Blues se firmaram na quarta colocação do Campeonato Inglês, agora empatado em pontos com o terceiro Manchester United e o vice Arsenal – que foi derrotado em casa pelo West Bromwich – todos com onze pontos.

Já o Chelsea segue na liderança com quinze pontos, quatro de frente para os demais (Manchester United ainda não jogou na rodada), no entanto, precisa mostrar contra os grandes a mesma força que tem contra os pequenos. O clássico londrino contra o Arsenal em Stamford Bridge já na próxima rodada é a oportunidade que o time precisa.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Os Donos da Bola

Em todas as peladas é sempre a mesma história: Tem o dono da bola que se não é escolhido, pega a pelota, enfia debaixo do braço, vai embora e não tem jogo.

No profissional não tem sido diferente, afinal, é cada vez mais comum que times que mantém por maior tempo a posse de bola, acabam se tornando vencedores. A história recente comprova ainda mais essa teoria.

Um dos exemplos é o fantástico Barcelona campeão da UEFA Champions League na temporada 2008/2009, que trabalhava muito bem tal virtude. O time que tinha na dupla Xavi e Iniesta a sua base forte, tinha como principal caracteristica a manutenção da bola, especialmente da meia cancha para frente, sempre passando pelos pés da dupla, até chegar no seu poderoso trio de avantes, composto por Messi, Henry e Eto’o.

Barça 08-09

Base do Barça campeão da UCL 2008/2009, com Xavi e Iniesta, os donos da bola que faziam o time andar.

Outro time que ficou marcado por essa caracteristica foi a Espanha, campeã da Euro 2008 e especialmente da Copa do Mundo 2010. O time de Aragonés que conquistou a Europa, já encantava quando o quesito era posse de bola, mas foi no Mundial com Del Bosque que o estilo foi aperfeiçoado e usado com perfeição. A seleção espanhola teve o pior ataque de uma seleção campeã do mundo entre todas as Copas, no entanto, essa posse de bola não deixava com que a pelota chegasse em Casillas, ou seja, a Fúria jogava e o adversário assistia.

Espanha 2010

Espanha campeã do Mundo. Time armado em um 4-2-3-1 com Xavi distribuindo o jogo para os flancos com Pedro e Iniesta.

Por aqui, o líder Corinthians de Adilson Baptista também tem na posse de bola e na força de seu meio campo – especialmente por ter volantes que sabem jogar – os seus grandes trunfos. Das 23 partidas jogadas pela equipe do Parque São Jorge até aqui na competição, em apenas seis ocasiões o time não deteve uma porcentagem maior da bola que o seu oponente – ironicamente o Timão venceu essas seis partidas.

Timão

A qualidade e a movimentação do setor de meio campo é crucial para manter essa posse de bola. Dois atacantes de muita mobilidade e dois laterais que atacam bastante também são fatores importantes no Corinthians líder do Brasileirão.

Reparem que são três times armados em esquemas táticos diferentes (Barça 4-3-3, Espanha 4-2-3-1 e Corinthians 4-3-1-2), mas com aptidão para o jogo, para jogar, e para isso, precisam ser os donos da bola.

Quero aqui deixar bem claro que não estou fazendo NENHUM tipo de comparações entre os times, esse é apenas um dado relevante do ponteiro do Campeonato Brasileiro que coincide com dados de dois times espetaculares que acabaram como campeões.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vitória magra, mas sem sustos.

Depois de proporcionar emoções distintas ao seu torcedor, primeiro com um susto perante o modesto Hercules, seguido de um show contra o Panathinaykos, ficou certa expectativa para qual Barcelona veríamos em campo no jogo de ontem contra o Atlético Madrid, aquele time estranho, que teve como recurso quase que único as bolas alçadas na área e que acabou derrotado, ou aquele time que deu espetáculo e massacrou os gregos na estréia da UEFA Champions League.

Para não correr risco de um novo resultado negativo na Liga Espanhola e assim, se distanciar dos lideres, Guardiola foi a campo com o que tinha de melhor, mantendo praticamente todo o time que jogou na terça pela competição continental, promovendo apenas a entrada de Maxwell na vaga do lesionado Abidal. Já no Atlético, Quique Sánchez Flores também usou todos os seus titulares, mesmo correndo o risco de perder Agüero por algum tempo, já que o argentino vinha sentindo algumas dores.

Não demorou muito para o Barça mostrar sua cara e deixar claro que o ocorrido do último sábado foi mero acidente de percurso. Postado no tradicional sistema de 4-3-3, o time catalão logo controlou as ações do jogo como já lhe é de costume, mantendo a posse da bola e trocando passes com paciência no seu setor de meio-campo.

A intensa movimentação do ataque blaugrana e as inúmeras inversões de posição do mesmo setor confundiam a marcação colchonera. Messi começou como centroavante, Villa pela esquerda e Pedro pela direita. Logo se mexeram, Villa foi fazer as vezes de “camisa nove” e Messi recuou para ser um quarto homem de meio campo, o “enganche”, função que tanto fez no ano passado.

E foi nessa posição que o camisa 10 fez lançamento perfeito para Villa sair na cara de De Gea e finalizar na trave, na seqüência do lance, Pedro roubou a bola da zaga madridista e deixou para Léo, na frente do gol, o melhor do mundo não perdoou e com um leve toque abriu o marcador.
 
SOCCER-SPAIN/Outro fator preponderante no time de Guardiola foi a variação tática. Pra quem gosta do tema, o jogo foi um prato cheio. Como já citado, o time começou no 4-3-3 e com os esporádicos recuos de Messi, se tornava um 4-4-2. Com os constantes avanços dos seus laterais, o time por vezes se postava também em um 3-4-3, com Busquets voltando para ser o terceiro zagueiro.

No entanto, como nem tudo consegue ser perfeito, as bolas altas na área da equipe azul-grená se mostraram como um ponto fraco do time. Na metade da primeira etapa, em cobrança de escanteio, Valdés saiu muito mal do gol, Raul Garcia se antecipou ao arqueiro para empatar o jogo. Minutos depois, por muito pouco não saiu a virada do time da capital em novo cruzamento na área catalã.
 
Mas como diz o ditado, pau que bate em Chico bate em Francisco, e também em cobrança de escanteio, o Barcelona voltou a ficar na frente no placar. Messi levantou e Piqué com categoria e frieza dignas de um artilheiro, matou a pelota no peito e estufou as redes de De Gea ainda no primeiro tempo.
 
Na etapa final os culés administraram bem a partida, da forma que já lhe é peculiar, trabalhando a bola e levando perigo a meta rojiblanca em algumas oportunidades, até o fim do cotejo, sem sofrimento. No fim, o grande e único “lance perigoso” sofrido pela equipe na peleja quando Ujfalusi chegou com força desproporcional e pegou o tornozelo de Messi sem dó. O melhor do mundo saiu de campo de maca e chorando pelas dores no pé direito, mas pelo jeito tudo não passou de um susto e logo ele estará de volta.

ATL. MADRID 1X2 BARÇA

Busquets recua e joga como líbero, enquanto os alas sobem e formam uma linha de quatro homens na meia cancha. Na frente, a movimentação é o ponto forte, com as três peças variando de posicionamento intensamente, o que confundiu a marcação adversária.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quando os volantes decidem

A expectativa para o jogo era imensa, afinal, apenas três pontos separavam o líder Fluminense do vice Corinthians, apesar disso, o público presente no Engenhão foi abaixo do esperado diante da importância da peleja. Feito esse registro, vamos ao jogo.

O cotejo de futebol mais parecia de xadrez, tamanho era o estudo do adversário feito por ambas as partes. Muricy manteve o esquema de 3-6-1 já adotado por ele no último jogo diante do Atlético-GO promovendo apenas a entrada de Fernando Bob na vaga de Carlinhos, que atuou improvisado no setor de meio-campo contra os goianos. Adilson Baptista por sua vez, lançou a campo o time postado no sistema de sua preferência, o 4-3-1-2, porém, com muita movimentação e aproximação dos volantes Jucilei, Elias e Paulinho, que substituiu o lesionado Ralf.

Dessa forma, o Fluminense começou o jogo um tanto melhor, mantendo a posse de bola, mas sem assustar. Com apenas Washington, o ataque tricolor era estático, e sofria com a linha de impedimento alvinegra, que deixou o camisa 9 fora de jogo por três oportunidades quase que consecutivas.

Passados os tradicionais quinze minutos de abafa do mandante, o Corinthians adiantou a sua marcação, e com paciência trabalhava a bola, a mantendo no campo de ataque e fazendo girar de um lado para o outro, passando quase que obrigatoriamente pelos pés dos já citados volantes, que vez ou outra tentavam uma escapada. Em uma delas Paulinho assustou Fernando Henrique com chute forte que passou a direita da meta. Em outra dessas, Jucilei sofreu falta na intermediária, na cobrança, Roberto Carlos rolou para Bruno César que deixou com Elias, o camisa 7 lançou na área, onde Jucilei completamente livre, matou no peito e com tranqüilidade e tocou no canto direito do gol tricolor para abrir o placar no fim da primeira etapa.

FLU X CORFormações iniciais com o Flu no 3-6-1 e o Corinthians no 4-3-1-2. Washington isolado no comando do ataque, figura na mesma linha dos zagueiros corinthianos, algo que não se repetiu durante o jogo. Os avanços dos volantes alvinegros foram fundamentais para o ótimo primeiro tempo da equipe.

Na volta do intervalo, Muricy abriu mão do sistema com três zagueiros e lançou Rodriguinho na vaga de André Luis, buscando dar mais velocidade e profundidade ao ataque, virtudes ausentes com a ausência de Emerson, enquanto o Corinthians com a vantagem no marcador, recuou suas linhas de marcação, bloqueando qualquer tentativa tricolor e buscando encaixar um contra ataque para quem sabe liquidar a partida, porém, pecando quase sempre no último passe.

flu x cor2 Na volta do intervalo, Muricy partiu para um 4-2-2-2 colocando Rodriguinho na vaga de André Luis. O camisa 18 tinha total liberdade para flutuar pelo ataque tricolor, dando mais mobilidade e velocidade ao setor. O time de Adilson recuou bloqueando a entrada de sua área e esperando um contra ataque.

Quando esse último passe entrou, em linda tabela de Alessandro e Elias, o lateral recebeu nas costas de Leandro Euzébio pelo lado esquerdo da defesa do Flu e na saída de Fernando Henrique, só rolou para Iarley de carrinho empurrar para as redes.

Após o segundo gol, o Corinthians se fechou ainda mais e não conseguia manter a bola, por outro lado, o Fluminense não sentiu o golpe, foi pro abafa, e apenas cinco minutos depois, em jogada começada por Conca, Deco passou de cabeça para Rodriguinho invadir e bater cruzado para Washington completar para diminuir o placar.

Com o gol tricolor e o placar em risco, Adilson fez alterações para fechar ainda mais a equipe e colocou Boquita no lugar do apagado Bruno César (já havia trocado Iarley por Danilo logo após o segundo gol), e a partir daí o Corinthians só bloqueou o ímpeto do time das Laranjeiras para garantir o resultado, crucial para as pretensões alvinegras.

flu 1x2 cor4Com as entradas de Danilo e Boquita, o time se fechou em um 4-3-2-1 com o camisa 18 integrando a linha de três volantes, e o camisa 11 no combate a Mariano, uma das principais válvulas de escape desse Fluminense.

Esquema tático e sistema de jogo bem definido, aliados a força de volantes “pegadores” e que sabem sair pro jogo, esses foram os principais fatores que levaram o Corinthians a conseguir a sua segunda vitória longe de casa, dessa vez, extremamente importante.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estrelas Ascendentes


No sábado, o líder Fluminense tropeçou e caiu diante do Atlético-GO com um jogador a mais. O Corinthians por sua vez, não aproveitou o vacilo tricolor e também sucumbiu jogando com um jogador a mais por boa parte do jogo diante do Grêmio.

Quem aproveitou e muito bem as derrapadas dos ponteiros foram Botafogo e Cruzeiro, terceiro e quarto colocados, respectivamente, que já eram fortes candidatos a vaga na Libertadores e agora entraram de vez na briga também pelo campeonato.

Em Florianópolis, a Raposa deu mais uma mostra de sua solidez e conquistou a quarta vitória consecutiva, sendo duas longe de casa. O elenco forte é a base dessa arrancada celeste, que com peças de reposição a altura vai superando desfalques para bater seus adversários e somar pontos importantes. O bom trabalho de Cuca ao montar uma defesa sólida – a melhor do campeonato, que tem em Fábio o seu porto seguro também é algo a se destacar no time mineiro.

Já o Fogão, que mesmo após uma belíssima seqüência de cinco vitórias, continuou tendo que provar mais a cada jogo, parece que enfim se firmou e mostrou a todos que tem força suficiente para brigar pelo título. Mesmo com desfalques importantes diante de Santos e de São Paulo, o time de General Severiano, com muita aplicação e organização tática, bateu a dupla paulista. O plantel que não conta com craques de primeiro escalão (tudo bem, pode-se dizer que Maicosuel e Jobson são diferentes), preza pela homogeneidade, onde as peças que entram não diferem com relação as que saem, mantendo sempre um time competitivo. Joel Santana, que além de ter estrela é muito competente, faz mais um ótimo trabalho, levando outro time de baixo investimento a brigar na parte de cima da tabela, um time que tem ciência das suas limitações, mas é determinado e tem vontade de vencer.

Claro que ainda faltam 17 rodadas e muita coisa pode mudar na tabela, mas a ascensão desses dois gigantes é relevante e merece destaque. É bom Flu e Corinthians abrirem o olho, pois as estrelas continuam a subir.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Com elenco forte, Spurs podem chegar longe nessa temporada.

Após desbancar o gigante Liverpool e o milionário Manchester City e abocanhar a vaga na Champions League na última temporada, o Tottenham quer agora se firmar como um dos grandes da Inglaterra. E para isso, o time do norte de Londres trouxe belos reforços e com eles uma bela dor de cabeça ao técnico Harry Redknapp.

Gallas, Sandro e Van Der Vaart chegam com status pelas passagens em suas seleções, e em tese, já chegam para vestirem a camisa. Em tese, pois não será tão simples assim arrumar um lugar para os três no time titular.

No setor defensivo, Gallas chega para disputar a posição com o capitão Ledley King e com o selecionável Michael Dawson. A vasta experiência na Premier League, onde irá para a décima primeira temporada – seis pelo Chelsea e quatro pelo Arsenal, é um ponto positivo para o francês.

O volante também terá vida difícil, afinal, Sandro terá a concorrência de Tom Huddlestone, que assim como o brasileiro, é jovem, promissor, de boa marcação e passe, mas com um diferencial a seu favor, os chutes de média e longa distância. Assim, pode-se afirmar que sobra uma vaga, que hoje é ocupada pelo hondurenho Wilson Palacios, e é onde o brasileiro poderá se encaixar.

Quem poderá sofrer mais para achar o seu lugar no time é Van Der Vaart, pois não vejo o meia se encaixando no sistema de jogo preferido pelo treinador inglês, o 4-4-2 com duas linhas de quatro. Além do problema de adaptação ao esquema, o holandês terá que superar os hoje titulares Gareth Bale e Aaron Lennon. O galês é peça chave e cérebro do time, e o inglês, é quem dá velocidade e profundidade, além de ser “a menina dos olhos” de Redknapp. Dessa forma, não vejo o holandês como titular, a menos que haja uma mudança, ou no sistema de jogo ou no posicionamento do ex-merengue.

Tottenham442² Atual time titular, com Dawson e King fazendo a zaga e a linha de quatro no meio formada por Huddlestone e Palacios por dentro, Lennon pela direita e Bale pela esquerda. Além de criativo com a bola nos pés, Bale tem também função tática importante, quando se desloca para o meio carregando consigo a marcação e abrindo assim o lado esquerdo para as investidas de Ekotto. Defoe e Crouch formam a dupla de ataque.

Tottenham442n² Ainda no esquema preferido de Redknapp, com a entrada de Van Der Vaart na vaga de Palacios e Gallas compondo a defesa ao lado de King. É um sistema perigoso, pois Van Der Vaart não tem o poder de marcação do hondurenho, o que tornaria o time mais vulnerável.

Tottenham451² Mudança no sistema de jogo, do 4-4-2 para o 4-2-3-1, com as entradas de Gallas, Sandro e Van Der Vaart, dessa forma, quem perderia a vaga no time seria Defoe e o holandês poderia atuar no setor do campo onde já está habituado.

De qualquer forma, independente do “onze inicial” ser alterado ou não, o fato é que os Spurs montaram um plantel forte o suficiente para brigar novamente na parte de cima da tabela na Premier League, disputando com o rival Arsenal e o milionário City vagas na próxima Champions, onde também será capaz de aprontar já nessa temporada.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meio Caminho Andado

Quem já freqüenta esse blog deve ter percebido muito bem a preferência desse que vos escreve pelo futebol europeu, em especial pelas quatro grandes ligas – Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha, mas é obvio que não poderia deixar de dar meus pitacos sobre o Campeonato Brasileiro. Até já comecei, com as súmulas da rodada, que infelizmente não puderam ter continuidade devido ao pouco tempo.

Dessa forma, com o termino do primeiro turno, eis aqui um balanço sobre essas dezenove rodadas já disputadas no certame nacional.

Foram 188 jogos até aqui (duas pelejas, Santos x Inter e Vasco x Corinthians foram adiadas), com 463 gols, uma média de 2,46 por jogo. Desses, 275 foram anotados pelos mandantes, contra 188 marcados pelos visitantes.

O melhor ataque é o do Corinthians, com 34 tentos anotados em 18 jogos. Destaque para Bruno Cesar, meia artilheiro do campeonato, com nove gols – empatado com Elias, do Atlético-GO. Quem menos marcou foi o Flamengo, com meros 14 tentos em 19 cotejos, uma pífia média de 0,7 por jogo. Prova do fraco poder de fogo rubro negro é o seu artilheiro, Vagner Love, com três gols. Detalhe: O artilheiro do amor jogou apenas nas sete primeiras rodadas.

Se o ataque do Urubu deixa a desejar, o mesmo não se pode dizer da defesa, que é a melhor da competição, que ao lado do Ceará, sofreram apenas 15 gols. A defesa mais vazada foi a do Goiás, que sofreu até aqui 37 gols. Não à toa, o time esmeraldino é o lanterna do torneio.

Quem melhor aproveitou o fator casa foi o Corinthians, que obteve 30 pontos de 30 disputados dentro de seus domínios, incríveis 100% de aproveitamento. O Goiás foi quem mais desperdiçou pontos jogando dentro de seus domínios, onde conquistou apenas seis pontos de 27 disputados, um aproveitamento de 22,2%.

O visitante mais indesejado desse primeiro turno foi o Fluminense, que longe de sua torcida obteve 17 de 30 pontos pleiteados, aproveitamento de 56,6%. Com apenas cinco pontos longe de casa, os Atléticos (mineiro e goiano) foram quem menos pontuaram, obtendo um aproveitamento de apenas 18,5%.

Em termos de público, o campeonato vai relativamente bem. No geral, uma média de 14.289 (ainda abaixo dos pouco mais de 17 mil de 2009). Destaque para as torcidas de Fluminense, Corinthians, Ceará e Botafogo, todas com médias acima dos 20 mil. Destaque negativo para Atlético-GO, Goiás e Grêmio Prudente, que não chegam a atingir oito mil de média. O maior público do campeonato foi para Vasco 2x2 Fluminense, com 76.205 espectadores, enquanto o pior ocorreu no duelo dos lanternas entre Goiás 1x2 Prudente, que contou com míseros 1.493 pagantes.

Esses foram apenas alguns números que ilustram essa metade de competição, e para finalizar, deixo aqui a minha seleção desse primeiro turno do Brasileirão:

1º TURNO

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um Novo Milan

Até a última semana da janela de transferências, o Milan tinha um time frágil, incapaz de fazer frente à penta campeã Internazionale. Mas bastaram duas contratações (de ocasião, diga-se) para levantar a moral e fazer dos rossoneri um real candidato a conquista do scudetto.

Primeiro foi Ibrahimovic, que chega para ser o nove que o time tanto precisa e não encontra desde a saída de Shevchenko para o Chelsea, ainda em 2006. E ontem, no apagar das luzes, os milanistas acertaram a contratação de Robinho, que se junta a Ronaldinho e Pato, formando um belo trio brasileiro.

A chegada dos dois jogadores eleva o nível do time, causando inclusive uma bela dor de cabeça ao treinador Massimiliano Allegri, afinal, são quatro jogadores espetaculares que não podem ficar no banco, então como escalar os quatro juntos?

Abaixo, duas possibilidades de como Allegri pode montar seu time, uma no tradicional esquema de 4-2-2-2 e outra no esquema da moda, o 4-2-3-1.

milan 442² 4-2-2-2 com meio campo em quadrado, com Ronaldinho fazendo a meia esquerda, Robinho pela direita e Pirlo (ou Seedorf) fazendo a função de segundo volante. Na frente, Pato mais encostado com Ibrahimovic, que pode sair um pouco mais da área.

milan 4231 Desenho do time no esquema da moda, com Robinho por dentro e Ronaldinho pela esquerda, podendo até inverter de posição conforme o jogo. Pato fazendo o flanco direito e Ibra isolado no comando do ataque.

A única certeza que o técnico italiano tem é a de que é bem melhor ter dificuldade na escalação de Ibra, Robinho, Ronaldinho e Pato do que sofrer com Borriello, Huntelaar e companhia limitada. E a única certeza que eu tenho é que estou muito, mas muito ansioso para ver esse novo Milan.