Supremacia Nerazurri

Como era de se esperar, não foi um super jogo, recheado de oportunidades. Foi um típico jogo de final, muito estudado, equipes se respeitando muito, arriscando pouco para não se expor.

O Bayern mantinha uma posse de bola maior, trocava passes no meio, fazia a bola girar, mas não conseguia penetrar no ferrolho interista e com isso as chances não surgiam. Até que aos 34 minutos de jogo, em uma reposição de bola feita por Julio Cesar, Diego Milito escorou de peito para Sneijder e passou, o holandês viu e lançou com precisão para o argentino estufar as redes, a Inter abria o placar. Daí até o fim do primeiro tempo a Inter dominou completamente o jogo e por pouco não ampliou a vantagem ainda na primeira etapa, em ótima chance desperdiçada por Sneijder.

Na volta do intervalo, o time alemão adotou uma postura mais agressiva, partindo pra cima e trocando passes com mais velocidade, tentando envolver a defesa italiana, e teve a chance de empatar, mas Julio Cesar de maneira brilhante parou o chute de Thomas Muller. No entanto, o susto não foi o suficiente para abalar a espetacular defesa nerazurri e rapidamente a Inter recontrolou o cotejo, jogando de maneira tranquila, “deixando” a posse de bola para o Bayern e saindo rápido nos contra ataques. E foi em um desses que Eto’o serviu Diego Milito e o argentino partiu pra cima, deu um drible desconcertante em Van Buyten e com muita frieza tocou na saída de Butt. A Inter abria 2 a 0 e praticamente matava a peleja. O segundo gol deu fim no ímpeto bávaro e consolidou ainda mais a Inter. Apenas um susto em chute de Robben, mais uma vez defendido espetacularmente por Julio Cesar, um monstro em toda a campanha.

A Inter leva um título tão buscado, tão sonhado há 45 anos com todos os méritos. Cresceu no momento certo da competição, se defendeu muito bem e contou com individualidades que fizeram a diferença. Um goleiro espetacular que sempre correspondeu quando foi exigido, uma zaga perfeita que quase não errou, um monstro no meio campo chamado Cambiasso, um Sneijder cerebral e o faro de gol de Diego Milito.

O Bayern pagou pela falta de variedades no jogo, a busca incansável por um lampejo genial de Robben não teve resultados e o time alemão fracassou na sua tentativa de conquistar a triplice coroa.

PS: Zanetti, ninguém mais do que ele merecia esse título. Um gigante em toda a sua carreira, um líder no time italiano, que completou hoje 700 partidas com a camisa nerazurri e de quebra levantou a tão almejada taça.

FICHA TÉCNICA

BAYERN MÜNCHEN 0x2 INTERNAZIONALE

BAYERN: Butt, Lahm, Demichelis, Van Buyten e Badstuber; Van Bommel, Schweinsteiger, Robben e Altintop (Klose); Müller e Olic (Mario Gomez). Téc.: Louis Van Gaal.

INTER: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Samuel e Chivu (Stankovic); Cambiasso, Javier Zanetti e Sneijder; Pandev (Muntari) e Eto’o; Diego Milito (Materazzi). Téc.: José Mourinho.

GOLS: Diego Milito aos 34 do primeiro tempo e aos 25 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS: Demichelis e Van Bommel (Bayern München); Chivu (Inter).

ARBITRAGEM: Howard Webb (árbitro), Michael Mullarkey e Darren Cann (auxiliares).