sábado, 16 de abril de 2011

Man City 1-0 Man Utd – Decidido no Erro

Em uma espécie de final antecipada, Manchester United e Manchester City fizeram um clássico muito equilibrado em Wembley, decidido por um erro individual que custou caro aos Diabos Vermelhos.

Sem poder contar com seu melhor jogador, Carlos Tevez, Roberto Mancini mandou a campo o que tinha de melhor, com o italiano Balotelli na vaga do argentino e a equipe no habitual 4-2-3-1.

Também desfalcado de seu melhor jogador, já que Wayne Rooney foi punido de maneira absurda com dois jogos de suspensão por ter xingado após fazer um gol na virada diante do West Ham, Sir Alex Ferguson fugiu do costumeiro 4-4-2, lançando a equipe em um 4-2-3-1, com Park ocupando a faixa central do meio campo e Berbatov isolado no comando do ataque. Além de Rooney, Ferguson ainda decidiu por poupar Giggs e Chicharito Hernandez, devido a dura sequencia do time vermelho.

Man City vs Man Utd_POSICIONAMENTO 1 Formações iniciais: United saindo do habitual 4-4-2 para um 4-2-3-1, que não funcionou como queria Sir Alex Ferguson.

O jogo começou morno, com muito estudo e respeito de parte a parte e partida travada na meia cancha. A partir dos dez minutos os Red Devils começaram a se soltar um pouco mais, muito em função da boa saída de seus volantes, e em uma delas, Carrick deixou Berbatov na cara de Hart, que fez milagre no arremate do búlgaro. Na sequencia do lance, Nani foi a linha de fundo e tocou na área, onde Berbatov novamente desperdiçou, dessa vez, dentro da pequena área.

Os dois lances animaram o United, que passaram a manter a posse da bola e atuar mais no campo de ataque, encurralando o City, que não conseguia encaixar um contragolpe e viu os rivais assustarem novamente, dessa vez com Vidic, que cabeceou com perigo a direita do gol de Hart, após cobrança de escanteio, por volta dos 25 minutos.

A partir dos trinta minutos, baixou um pouco a pressão do United e o City se desafogou, saindo do seu campo de defesa e passando a ofender um pouco mais o seu adversário, levando perigo a meta de Van Der Sar. A primeira delas veio em jogada de Silva pelo lado direito, o espanhol tocou para Balotelli na área, o camisa 45 deixou passar e Barry chegou batendo na rede pelo lado de fora.

O City cresceu e Balotelli, até então inoperante, cresceu junto, e só não marcou um golaço devido a ótima intervenção de Van Der Sar em tiro do italiano de longa distância que o arqueiro desviou para escanteio. Na cobrança, Lescott emendou uma bomba de primeira, por cima do gol.

As duas equipes voltaram iguais para a segunda etapa, e logo no começo, um erro coletivo da defesa vermelha que terminou da pior parte para os Diabos. Primeiro foi Van Der Sar, que na tentativa de afastar, bateu de tornozelo e deixou com David Silva na beirada do campo, o espanhol foi desarmado por Carrick, que deu nos pés de Yayá Touré, que invadiu a área e tocou por baixo das pernas do goleiro holandês, abrindo o marcador para os azuis.

Se na primeira etapa, o United atuava mais no campo de ataque, na etapa final era exatamente o contrário, com o time vermelho acusando o golpe do tento de reves e ficando preso em seu campo de defesa. Vendo o time acuado, Ferguson decidiu mudar e lançou o Chicharito Hernandez no lugar de Valencia – que pouco fez, passando Nani para o flanco direito e Park para a esquerda, voltando ao 4-4-2. Na primeira tentativa do sul coreano pela beirada do campo, o camisa 13 veio fintando para o meio até ser derrubado na entrada da área. Cobrança de falta perigosa de Nani, que Joe Hart salvou com um tapa antes da bola explodir no travessão.

Os bons volantes do United, que levavam o time a frente na etapa inicial, decidiram comprometer todo o jogo no segundo tempo. Carrick entregando o gol, e Scholes, por volta dos 26 minutos, deu entrada desleal, digna de boletim de ocorrência em Zabaleta e foi corretamente expulso. Com um a menos, Ferguson teve que mexer novamente, trocando Berbatov por Anderson, para recompor a sua linha de meio campo.

No fim do jogo, o United bem que tentou sufocar o City, na tentativa de achar um gol na base do abafa, sem sucesso. O time azul se fechou com perfeição e segurou a vantagem minima até o apito final do árbitro, se garantindo assim em uma final de F.A Cup, 30 anos depois de sua última participação na decisão do certame.

2 comentários:

  1. Ótima análise Rafael, muito bom mesmo, para quem não viu o jogo como eu deu para compreender direitinho como funcionou os esquemas, me surpreendeu pelo fato de Sir Alex usar o 4-2-3-1, acabou que nem funcionou... Parabéns pelo trabalho que você desenvolve aqui.

    Abração!

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  2. Boa tarde Rafael,

    Vou começar a ler seu post agora...estava louco para assitir este jogo, mas tinha um curso ontem a tarde e não deu.

    Dá um saque no post que eu fiz de Real Madrid 1x1 Barcelona.

    http://futebolnodetalhe.blogspot.com/

    Abraço.

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