sexta-feira, 3 de junho de 2011

Vélez Sarsfield 2x1 Peñarol - QUE JOGO!

Quando se pensa em um grande jogo a primeira coisa que vem a mente são duas boas equipes com capacidade de proporcionar um grande espetáculo ao espectador. Pois na noite desta quinta-feira no Estádio José Amalfitani, tivemos além de duas boas e tradicionais equipes, todos os ingredientes que cercam uma excelente partida de futebol, gols, oportunidades perdidas, pênalti desperdiçado, expulsão e claro, muita luta e emoção.

Precisando reverter o placar adverso do primeiro jogo e contando com a volta de Moralez, o técnico Ricardo Gareca lançou a equipe em um 4-3-2-1 alternando para um 4-3-1-2 na medida em que Martinez se aproximava de Silva.

O Peñarol entrou no 4-4-1-1 que vem funcionando. Com a vantagem no placar, o time se fechou com duas linhas bem compactas atrás da linha da bola e apostava nas saídas em ligações diretas buscando o ótimo enganche Martinuccio.

Velez x PenarolO 4-3-2-1 que virava 4-3-1-2 do Velez, de acordo com a movimentação de Martínez; Peñarol com linhas compactas e apostando no veloz e habilidoso Martinuccio. 

Na primeira dessas bolas longas, por muito pouco o time uruguaio não abriu o placar logo aos dois minutos de bola rolando, quando Barovero fez ótima intervenção após finalização do camisa 10. O Peñarol se aproveitava do desespero dos argentinos e era melhor no jogo, mantendo mais a posse da bola e sofrendo pouco. Por volta dos trinta minutos apareceu a segunda oportunidade para Martinuccio, que dessa vez preferiu limpar toda a defesa antes de servir para Mier, que apareceu livre na esquerda para tocar por baixo do goleiro e abrir o placar.

O gol parece ter despertado o Vélez para o jogo, o time cresceu de produção e passou a atuar no campo de defesa dos carboneros. Martinez se movimentava bem e era o principal responsável pelos lances de perigo de “El Fortín”, e foi justamente o camisa 7 que chegou a empatar o jogo após linda trama pela esquerda, mas a arbitragem errou e anulou o tento. Tento que saiu no último minuto do primeiro tempo, quando Tobio (que entrara no lugar do capitão Cubero) aproveitou rebote do goleiro Sosa e empurrou pro gol.

Encaixotado na forte marcação imposta pelo trio Valdez, Gonzalez e Corujo (que fazia a direita da segunda linha, mas voltava para ajudar no combate pela direita), o jovem Moralez deu lugar a Ricky Alvarez e o Vélez passou a atuar de vez em um 4-3-1-2, com o camisa 11 atuando na articulação central e se aproximando de Martinez pela direita.

Velez x Peñarol 2Com a entrada de Alvarez, Velez de vez em 4-3-1-2, mas ainda muito dependente de Martínez no setor ofensivo.

A mexida melhorou o time argentino ofensivamente, porém defensivamente o time continuava a sofrer com as investidas de Martinuccio, que deu a Olivera a oportunidade de matar o jogo em um contra golpe aos vinte da etapa final, mas o grandalhão concluiu muito mal e jogou por cima do gol.

Em contrapartida, outro grandalhão, Santiago Silva, teve bem melhor sorte logo no minuto seguinte, quando Martinez escorou cruzamento para “El Tanque” soltar a bomba de canhota e virar o jogo para os argentinos. O clima de êxtase e a empolgação que tomou conta do estádio com o gol não diminuiu nem mesmo com a expulsão de Ortiz, apenas dois minutos depois do tento de Silva.

Martinez, incansável, continuava a dar trabalho para a defesa aurinegra, e por volta dos trinta minutos criou a chance de ouro para o tento que garantiria a classificação. Após ganhar disputa de bola com Dario Rodriguez, o camisa 7 invadiu a área e foi derrubado, pênalti. Na cobrança, Santiago Silva, que foi de herói a vilão quando escorregou e jogou por cima a chance de garantir a “V azulada” na decisão do torneio continental.

Os minutos finais foram de apreensão das duas torcidas, que viram um Peñarol com uma marcação forte e bem encaixada segurar a pressão do Vélez e carimbar o passaporte de volta à final, depois de longos 24 anos.


Peñarol e Santos reeditam a final de 1962. Nesse ano, tal como naquele, o Santos tem O CARA que decide que é Neymar e foi Pelé (que fique bem claro, isso não é nenhuma comparação entre os dois). O Peñarol tem um time azeitado, com marcação forte em duas linhas compactas atrás da linha que divide o gramado e saída rápida da defesa para o ataque, além de uma fera chamada Martinuccio. Com tradição e bons jogadores de ambos os lados, fica a certeza de uma grande decisão.

2 comentários:

  1. O Peñarol tem muita tradição na Libertadores e o Santos vai precisa ficar com os olhos bem abertos. Um jogo pra ser decidido nos detalhes.

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  2. A saída de Du Drascena fagilizará,ainda mais, a zaga santista nas bolas aéreas. A provável volta do habilidoso UrretaViscaya é o grande trunfo dos carboneros. Pelo lado do Santos, o retorno de P.Henrique Ganso para a final no Pacaembu é quase certo. Não faltarão emoções nesta batalha de gigantes. A torcida do peñarol é um show à parte.

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