quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tevez: Cada vez mais decisivo

No City of Manchester, o time da casa recebeu o Leicester City para fazer o jogo replay pela terceira fase da Copa da Inglaterra – no primeiro cotejo, empate por dois a dois no Walkers Stadium, em Leicester.

Ao contrário do que se esperava, Roberto Mancini escalou praticamente todo o time titular, entre eles, o seu principal jogador, Carlitos Tevez. O argentino, em mais uma noite inspirada, foi a principal peça da equipe para conseguir a classificação.

City - Leicester

Postado em um 4-1-4-1, o City usava pouco os lados do campo e dependia demais de seu capitão para fazer fluir as jogadas ofensivas. E foi dos pés de Tevez que saiu a primeira boa oportunidade do jogo, quando o ex-corinthiano deixou Johnson na cara do gol e o jovem inglês desperdiçou. Pouco depois, após cobrança de lateral, o próprio camisa 32 partiu pra cima, ganhou da zaga e encheu o pé para abrir o marcador com um golaço.

Se os donos da casa pouco usavam as beiradas do campo, o time visitante por sua vez buscava bastante os flancos em suas tentativas. Outra válvula de escape dos “Foxes” era explorar a velocidade e movimentação do bom avante Dyer, e foi ele que após boa jogada, foi derrubado por Vieira, pênalti – bastante duvidoso. Na cobrança, Gallagher soltou a bomba no meio do gol para igualar. O curioso foi como o camisa 7 de amarelo se “concentrou” para a cobrança, de costas para o gol até o apito do árbitro.

Bem armada em um tradicional 4-4-2 à inglesa, com duas linhas de quatro compactas, a equipe de Sven Göran Eriksson se comportava bem defensivamente, congestionando a entrada de sua área e não deixando espaços para as penetrações, de forma que a inversão de jogo e a bola longa se apresentavam como as melhores saídas para os azuis.

E foi assim que Tevez, mais uma vez, deu inicio à jogada do segundo gol, quando o argentino recuou e como um bom enganche, fez um lançamento espetacular para seu compatriota Zabaleta, que passou para Silva com o gol aberto, o espanhol bateu e Bamba ainda evitou, mas na sobra, Vieira empurrou para as redes. Mal deu tempo para o Leicester se recuperar do gol e Silva, que dormia no jogo até então, novamente apareceu e fez ótimo passe em profundidade para Johnson – em condição irregular –, que dessa vez não desperdiçou e anotou o terceiro tento, que deu tranqüilidade a um jogo que se mostrava muito mais difícil que o esperado.

Com o placar favorável, o time de Manchester voltou do intervalo sem alterações e disposta a matar o jogo, no entanto, pecou demais em boas oportunidades. Primeiro com Tevez, que “manchou” o bom primeiro tempo ao desperdiçar uma penalidade máxima aos 13 minutos. Em seguida, foi a vez de Johnson, mais uma vez, desperdiçar ótima chance.

O jogo ficou morno, Roberto Mancini, no alto de sua normalidade, trocou Silva por Barry e fortaleceu o setor defensivo, com o inglês fazendo dupla de volantes ao lado de Vieira e liberando Milner pela esquerda.

Cadenciando o jogo, o City já não agredia o Leicester e parecia apenas aguardar o apito final, no entanto, mais uma vez Dyer apareceu para agitar o fim da partida. Abe puxou contra-ataque em velocidade para o time de amarelo e “tabelou” com o árbitro antes de lançar para o veloz camisa 11 – também em impedimento –, que cara a cara com Hart, não desperdiçou, diminuiu o marcador e pôs fogo no jogo.

A partir de então os visitantes passaram a pressionar e jogar a bola na área, em busca do tento salvador que levaria o cotejo à prorrogação e quem sabe até às penalidades máximas, mas uma ducha de água fria veio aos 46 da etapa final, quando em contra golpe azul, Kolarov em belo arremate de fora da área, colocou no cantinho, sem chances para Weale e deu números finais à peleja.

Mesmo com o estilo conservador de seu treinador, o City vai se firmando como real candidato a conquistas na temporada, seja na Premier League, onde faz sombra ao rival United, seja na UEFA Europa League, ou na Copa da Inglaterra, onde agora encara o Notts County.

3 comentários:

  1. Bela análise.

    Mas vc n acha que o Silva renderia melhor mais aberto na esquerda? Nem que o Millner vá para o banco...

    Abraços

    ResponderExcluir
  2. Boa análise Rafael.

    Mas para mim o time ideal do City seria: 4-4-2; Hart; J. Boateng, Toure, Kompany, Kolarov; A. Jonhson, Yaya, Barry, Silva (ou Milner); Tevez, Dzeko

    ResponderExcluir
  3. Fala Lucas, cara, eu acho que ele pode jogar centralizado, como já jogava no Valencia. Eu torço pro Mancini "ousar" e escalar a linha de 3 armadores com Johnson e Milner pelos flancos e Silva de enganche, recuando o Yaya - que hoje faz essa função - à sua posição de origem, de volante, ao lado do De Jong ou do Barry (eu prefiro o holandes). Abraço!

    Artur, é uma boa formação, mas será que o Mancini é capaz de escalar dois atacantes? rsrs... Abraço!

    ResponderExcluir