quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Corinthians 1-0 São Paulo – Lado esquerdo foi o caminho para a vitória

Depois de começar bem o Paulista e derrapar nas duas últimas rodadas, o Corinthians recebeu o São Paulo no Pacaembu. Em jogo, além da co-liderança ao lado do Palmeiras, o clássico valia a motivação de um para a estréia na Libertadores ou a afirmação do outro, com o time ainda em construção.

O técnico Tite não se importou com o fato de ser um clássico e fez o que tinha que fazer. Valorizou a competição mais importante que se iniciará na quarta-feira e poupou suas três principais peças ofensivas: Alex, Emerson e Liedson. As entradas de Willian, Jorge Henrique e Elton não alteraram a estrutura do time, que se manteve no 4-2-3-1 de sempre e contou com Danilo na faixa central da meia cancha e não pelos lados, como atua quando Alex está em campo.

Sem poder contar com Luis Fabiano e Piris, além do capitão Rogério Ceni, Leão manteve o time que vem sendo utilizado, um 4-3-1-2 com um meio campo leve, criativo, porém de pouca pegada, pelo menos na teoria. Porque na prática, esse mesmo setor mostrou um nervosismo excessivo e começou o Majestoso distribuindo pontapés, e Cícero poderia ter sido expulso antes dos quinze minutos de jogo.

Corinthians 1-0 São Paulo Formações iniciais: Corinthians no seu costumeiro 4-2-3-1, com força total do lado esquerdo. São Paulo no 4-3-1-2 que não soube diminuir os espaços para o trio Jorge Henrique, Fabio Santos e Danilo.

Do outro lado, um Corinthians maduro demonstrava calma e tocava a bola com facilidade, envolvendo o adversário, e assim as tramas ofensivas foram saindo naturalmente, sempre pelo lado esquerdo com Jorge Henrique e Fabio Santos, mais a aproximação de Danilo. Na primeira tentativa por ali, Jorge lançou Fabio nas costas de João Filipe e o camisa 6 rolou para Danilo soltar a bomba e obrigar Denis a fazer uma difícil intervenção.

Dominando completamente as ações do jogo, o Corinthians não demorou a abrir o placar. Em escanteio cobrado por Jorge Henrique, Danilo se antecipou a João Filipe e testou sem chance para Denis. E poderia ter aumentado com Fabio Santos, em nova jogada de ultrapassagem do lateral que recebeu lançamento de Danilo e bateu cruzado para nova bela defesa de Denis, que ainda viu a sobra passar a centímetros dos pés de Elton.

Mesmo inferior, o São Paulo teve a chance do empate ainda no fim do primeiro tempo, em dois lances de bola parada. Primeiro, em falta cobrada por Jadson da direita, Julio César saiu mal e Rhodolfo cabeceou para o gol e Ralf salvou em cima da linha. No rebote, Cortes botou na frente e Alessandro o derrubou, pênalti infantil cometido pelo capitão corinthiano. Jadson bateu muito mal, jogando por cima do gol a chance de igualar o placar na etapa inicial.

No começo da segunda etapa, a tônica era a mesma. Posse de bola corinthiana e força total do lado esquerdo. Na tentativa de alterar a dinâmica do jogo, Emerson Leão promoveu de uma só vez as suas três alterações, trocando Jadson, Casemiro e Willian José por Maicon, Fernandinho e Osvaldo. Sem fazer nada para corrigir a avenida que o Corinthians tinha para jogar pela faixa canhota, o treinador são paulino ainda viu sua situação piorar quando João Filipe perdeu a cabeça e deu um pontapé em Jorge Henrique, recebendo o vermelho direto apenas quarenta segundos depois das alterações.

Com a expulsão, Wellington acabou deslocado para a lateral direita, prendendo mais Cícero e Maicon na contenção e liberando Cortes para o jogo. Curiosamente, com um a menos, o Tricolor até cresceu no jogo, passou a ter mais a bola e sufocar os donos da casa, mesmo que sem assustar o gol de Julio César, que só teve trabalho em uma finalização de Fernandinho do bico esquerdo da grande área. Com Lucas apagado e Cícero recuado, faltou criação e sobrou afobação ao time do Morumbi e o placar seguiu inalterado até o fim.

A derrota não pode apagar o até agora bom trabalho de Emerson Leão, com um time que tende a seguir evoluindo com o talento que tem, mas antes precisa amadurecer e aprender a corrigir os próprios erros em campo. Ao Corinthians, o sexto triunfo seguido sobre o rival no Pacaembu serve para esquecer os dois tropeços contra Bragantino e Mogi Mirim e renovar os ânimos para a estréia na Taça Libertadores.

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