sábado, 1 de outubro de 2011

Inter 0-3 Napoli – Nocaute Napolitano

Buscando emplacar a terceira vitória consecutiva e embalar sob o comando de Claudio Ranieri depois de um inicio de temporada horrível com Gian Piero Gasperini, a Inter recebeu o time sensação da última temporada do Calcio, o Napoli, no Giuseppe Meazza.

Ranieri apostou no mesmo sistema que vem utilizando desde que chegou aos Nerazurri, um 4-4-1-1, com duas linhas de quatro bem próximas e Forlan voltando um pouco mais para buscar o jogo. Contando com o retorno de Maicon, o time ganhava uma importante arma pelo lado direito.

Do outro lado, Walter Mazzari não podia contar simplesmente com seu melhor jogador, o artilheiro Edinson Cavani. Na vaga do uruguaio, entrou o ex-jogador interista Goran Pandev. Com isso, Lavezzi foi adiantado para a função de centroavante, enquanto o jogador da Macedônia atuou ao lado de Hamsik na armação da equipe, no já habitual 3-4-2-1 napolitano.

Inter - Napoli Inter com duas linhas de quatro, ajustada em um 4-4-1-1; Napoli bem postado no costumeiro 3-4-2-1 que liquidou os nerazurri.

O time da casa começou melhor, ficando com a posse da bola e trabalhando especialmente pela direita com Maicon. Ricky Alvarez centralizava e abria o corredor para o lateral brasileiro, que aproveitava e chegava ao fundo com freqüência.

Outra boa válvula de escape para o time nerazurri era Diego Forlan. Atuando às costas dos volantes adversários, o uruguaio era o cérebro dos mandantes e levou perigo no começo do jogo, quando saiu da esquerda pra dentro e soltou a bomba de direita de fora da área que passou à esquerda do gol de De Sanctis.

Com suas linhas bem postadas no campo de defesa, o Napoli equilibrou o jogo e passou a sofrer poucos riscos, apostando nos contragolpes, puxados principalmente por Lavezzi, que em velocidade incomodava os zagueiros interistas.

No fim da primeira etapa, o lateral Chivu sentiu e o Napoli aproveitou. Pela direita de seu ataque, Lavezzi saiu da área e lançou Maggio, nas costas do lateral romeno. Obi veio na cobertura e por trás deslocou o camisa 11 napolitano, fora da área, mas o árbitro Gianluca Rocchi apontou penalidade. De quebra, Obi recebeu o segundo amarelo. Julio Cesar até pegou a cobrança de Hamsik, mas Campagnaro apareceu para pegar a sobra e abrir o placar.campagnaro-afp

Com um jogador a mais em campo, o Napoli mudou sua postura na segunda etapa e passou a reter mais a bola, trabalhando na sua meia cancha e esperando uma brecha na defesa para a infiltração.

Mesmo com a desvantagem numérica, a Inter não se intimidou e jogou de maneira franca, se abrindo completamente para buscar o empate. O problema é que essa foi uma atitude suicida para o time da casa, porque encarava um oponente de muita qualidade e muita velocidade para aproveitar os espaços na sua retaguarda.

Na primeira oportunidade, Inler fez lançamento primoroso nas costas da defesa, Maggio ganhou na corrida de Nagatomo e tocou por cobertura na saída de Julio Cesar para ampliar o marcador e praticamente liquidar a fatura.

Atordoado, o time nerazurri que já se apresentava muito nervoso, ficou completamente perdido após o segundo tento dos visitantes, passando a ser presa fácil. Como em uma luta de boxe, o time da casa foi parar nas cordas.

O terceiro gol já poderia ter saído após a linda tabela de Zúñiga e Hamsik, em que o camisa 17 deixou o colombiano na boa para matar o jogo, porém de maneira incrível, dentro da pequena área e com o gol aberto, o ala esquerdo conseguiu jogar por cima.

Mas o nocaute napolitano só veio aos 30 da etapa final, após longa troca de passes do time visitante que culminou com mais um lançamento de Lavezzi nas costas da defesa, dessa vez para Hamsik, que na cara de Julio Cesar não desperdiçou e pôs o time da casa para beijar a lona.

O pênalti mal marcado ainda na primeira etapa e a justa expulsão de Obi deixou o time da casa vendido, diante de um oponente forte e letal que soube aproveitar a “guarda baixa” interista para liquidar o adversário e fazer um resultado importante que garante a liderança momentânea da Serie A para o Napoli.

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