sexta-feira, 11 de abril de 2014

UEFA CHAMPIONS LEAGUE - QUARTAS DE FINAL 02

ATLÉTICO MADRID 1 x 0 BARCELONA

Mesmo jogando pelo empate sem gols, foi o Atlético quem começou o jogo em alta intensidade, empurrando e acuando o Barcelona em seu campo de defesa, como um boxeador que está nas cordas, sendo golpeado sem parar. E uma vez nas cordas, não demorou para que o time catalão fosse derrubado, logo aos cinco minutos de bola rolando, quando Villa levantou na área, Adrián subiu mais que Alba e escorou para Koke chegar batendo sem chance para o goleiro Pinto.

O gol não diminuiu o ímpeto dos Colchoneros, que continuaram no abafa tentando matar de vez o jogo, e por muito pouco o ex-Barcelona David Villa não ampliou o marcador, carimbando por duas vezes a trave blaugrana. Apenas no fim da primeira etapa, quando as pernas já não respondiam da mesma forma, foi que a pressão rojiblanca baixou e o Barcelona conseguiu respirar, se achar em campo e dominas as ações do jogo. Mas, sem assustar o goleiro Courtois, pois com um show de trabalho coletivo e obediência tática o Atlético postou suas duas linhas a frente de sua área, negando os espaços e impedindo qualquer tentativa culé de penetrar com seu jogo de passes curtos. Restavam os cruzamentos, e foi em um deles que Messi teve sua única chance do jogo no fim da primeira etapa, quando cabeceou a esquerda da meta.

Na etapa final, a estratégia de Simeone continuou a mesma do fim do primeiro tempo, se defender e buscar os contragolpes, e seus comandados a executaram com perfeição. A única oportunidade que cederam aos visitantes foi quando Xavi achou Neymar livre na área, o brasileiro tentou driblar Courtois e acabou desarmado. Nos contragolpes, três chances claras de ampliar e definir, com Diego Ribas, Cristian Rodríguez e a melhor delas com Gabi, todas desperdiçadas, só para aumentar o drama e o sofrimento até o apito final. A vitória pela contagem mínima recoloca o Atlético nas semifinais depois de 40 anos, um time que independente do que fizer no resto de temporada, já faz história por sua entrega e dedicação em campo, um retrato do que era Diego Simeone em seu tempo de jogador.

BAYERN MUNIQUE 3 x 1 MANCHESTER UNITED

Sem poder contar com Bastian Schweinsteiger, Pep Guardiola mesmo tendo o placar zerado em seu favor, optou por escalar um meio campo extremamente ofensivo diante do United, com apenas Toni Kroos na cabeça de área, mais Gotze e Müller alinhados aos pontas Robben e Ribery, num 4-1-4-1 totalmente voltado ao ataque, enquanto David Moyes plantou suas duas linhas de quatro lá atrás, deixando apenas Rooney e Welbeck com um pouco mais de liberdade para tentar contragolpear.

A estratégia inglesa foi executada com perfeição em toda a primeira etapa, impedindo qualquer ação de perigo dos bávaros, tanto que o goleiro De Gea não precisou fazer uma defesa sequer nos primeiros quarenta e cinco minutos. Na etapa final, o time precisou se soltar mais, até pela necessidade de marcar, e já ameaçou logo no inicio com tiro de longe de Kagawa, que exigiu a primeira intervenção de Neuer no jogo. Pouco depois, aos doze da fase derradeira, o goleiro alemão nada pôde fazer quando Evra acertou um petardo da entrada da área no ângulo, sem qualquer chance para o arqueiro.

Mas a felicidade e a esperança dos Red Devils duraram apenas dois minutos, pois o placar desfavorável parece ter acordado o gigante bávaro adormecido. Primeiro com Mandzukic, testando o cruzamento de Ribery. Depois, com o show particular de Robben, que assistiu Thomas Müller para o gol da virada, e fechou o marcador anotando um tento com sua marca registrada, cortando em diagonal para o pé esquerdo até achar o momento certo de disparar e garantir a classificação com o terceiro gol. Sofrimento acima do esperado para o time da Baviera, que parece ter se acomodado na temporada depois do título alemão antecipado, mas que precisava de um choque como o aplicado pelo Manchester para despertar em busca do bi europeu consecutivo.

BORUSSIA DORTMUND 2 x 0 REAL MADRID

Com uma excelente vantagem de três tentos a zero construída no Santiago Bernabéu, o treinador Carlo Ancelotti optou por nem escalar o melhor do mundo Cristiano Ronaldo, com problemas físicos. Sem o português, o técnico italiano adiantou Di Maria para se juntar a Bale e Benzema no ataque e promoveu a entrada de Illarramendi na trinca de meio campo, o que em tese daria uma reforçada na meia cancha merengue.

Também cheio de desfalques e ainda com o placar desfavorável, o Dortmund parecia até meio desmotivado no inicio do jogo, deixando o controle com os visitantes. Isso até os 15 minutos de peleja, pois quando Weidenfeller defendeu a penalidade de Di Maria o time ganhou uma injeção de animo impressionante e voltou a ser o Borussia que encantou a Europa e o mundo, sufocando o poderoso Real Madrid em seu campo de defesa e forçando o erro dos espanhóis. Foi justamente de dois erros individuais, primeiro de Pepe e depois de Illarramendi que nasceram os dois gols de Reus que deram esperança e inflamaram a torcida aurinegra, que como sempre deu um show no Signal Iduna Park.

A etapa final foi uma continuação do que foi o fim do primeiro tempo. Uma pressão asfixiante do time da casa para cima do acuado Real Madrid, que teve em Casillas, com no mínimo três intervenções, seu melhor jogador e herói de uma classificação bem mais sofrida do que o esperado. Casillas, e a trave, que salvou os merengues quando Mkhitaryan driblou o arqueiro e com o gol vazio tocou no poste. Apesar de eliminado, o Borussia sai da competição de cabeça erguida, com uma atuação muito digna diante de um adversário tão forte como o Real Madrid, que precisa agora se acertar para seguir sonhando com “La Décima”.

CHELSEA 2 x 0 PSG

Apesar da boa vantagem construída na primeira perna do confronto no Parc des Princes, o PSG não tinha Ibrahimovic, melhor jogador e referência da equipe francesa. Sem o sueco, o time de Paris perdeu confiança e entrou no gramado de Stamford Bridge com o único intuito de segurar o resultado que lhe daria a vaga. E se não tinham seu melhor jogador, logo viram o Chelsea também perder o seu, quando Eden Hazard sentiu e deu lugar a Schurrle aos 18 minutos de jogo.

Ironicamente, foi justamente o alemão quem abriu o marcador, aproveitando desvio de David Luiz após cobrança de lateral na área para chapar no canto esquerdo de Sirigu. Com o gol, o time londrino se lançou de vez ao ataque na etapa final, em busca do gol que lhe daria a vaga, e chegou perto em duas oportunidades, primeiro com Schurrle e depois com Oscar, mas ambos pararam no travessão. Logo depois foi a vez do PSG assustar e por pouco não chegar ao empate com Cavani, que por duas vezes teve no seu pé esquerdo a chance de garantir a classificação parisiense, mas bateu por cima da meta de Cech.

Nos minutos finais, José Mourinho partiu pro tudo ou nada, trocou Lampard e Oscar por Demba Ba e Fernando Torres, povoou a grande área francesa e foi pro abafa, na base do bumba-meu-boi, jogando a bola na área para ver o que dava. Numa dessas, a zaga visitante bobeou, deixou Eto’o girar e bater, seu chute prensado sobrou para Azpilicueta também tentar o tiro da entrada da área, Alex cochilou e Demba Ba meio de canela, todo desengonçado tocou para o gol. Torcida enlouquecida em Stamford Bridge, José Mourinho enlouquecido, correndo para a linha de fundo, vibrando e instruindo seus jogadores a não deixar mais ter jogo a partir dali. Então foi cera e chutão até o apito final, Chelsea classificado bravamente e fortalecido para as semifinais.

RESULTADOS


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