quarta-feira, 23 de abril de 2014

UCL Semifinais 001 - Atlético de Madrid 0x0 Chelsea


Jogo decisivo, valendo simplesmente vaga na decisão do maior torneio interclubes do planeta, entre equipes pragmáticas, de estilos que se assemelham, preferindo jogar sem a posse da bola e a obrigação de propor o jogo, muito mais voltadas a se defender e explorar saídas rápidas em contragolpes quase sempre letais. Assim estava desenhado o confronto semifinal entre Atlético de Madrid e Chelsea.

Diante de tal cenário, era evidente que teríamos um duelo amarrado, com poucos espaços cedidos para qualquer um dos lados e chances de gol praticamente escassas. Pois foi exatamente o que se viu no Vicente Calderón na primeira perna do cotejo.


Formações iniciais: O 4-1-4-1 compacto do Chelsea que negou espaços ao 4-4-1-1 colchonero, e se defendeu como nunca, deixando Torres completamente sozinho no comando do ataque.

José Mourinho colocou em campo um Chelsea unicamente voltado à defesa, com um meio campo composto por quatro volantes mais um meia aberto distribuídos em um 4-1-4-1. Obi Mikel fazia a cabeça da área, com David Luiz e Lampard a sua frente, enquanto Ramires e Willian faziam as beiradas da segunda linha de quatro, com a missão de cercar os laterais colchoneros, deixando apenas Fernando Torres isolado no comando de ataque.

A intenção era clara, deixar com que o Atlético ficasse com a bola e propusesse o jogo, se defender com o “ônibus estacionado” em frente a sua área e jogar por uma bola “vadia”. Seja num contra-ataque ou lance parado.

O time de Simeone, que se sente bem mais a vontade sem a bola, teve que trabalhar com a posse da pelota para tentar furar a retranca dos visitantes. E com o domínio do jogo, o time deixou clara a falta de idéias quando nesse tipo de situação, abusando das bolas alçadas na área. Foram 44 cruzamentos no total, e em nenhuma delas uma grande ameaça a meta azul, defendida por Cech até os 18 minutos da etapa inicial, quando justamente num cruzamento, o goleiro tcheco trombou com Raul Garcia e levou a pior, dando lugar a Schwarzer.

Na etapa final, com Arda Turan no lugar de Diego Ribas, a produtividade da equipe da casa até cresceu, embora ainda insuficiente para assustar o gol de Schwarzer, que só teve que trabalhar de fato em uma cobrança de falta de Gabi que passou pelo meio da barreira e o arqueiro australiano teve que voar para dar um tapa e evitar que a bola entrasse no cantinho esquerdo.

Se o empate sem gols em campo colchonero dá ao Chelsea a condição de jogar por uma vitória simples em Stamford Bridge, por outro lado, expõe o time azul ao risco do gol qualificado. Para o Atleti, foi o melhor resultado entre os resultados ruins, uma vez que o time espanhol joga por qualquer empate com gols na Inglaterra.


E que jogará à sua maneira, sem a posse da bola e a obrigação de propor o jogo, que dessa vez estará do outro lado, consequentemente gerando mais espaços para os contragolpes. A expectativa é de um jogo tão equilibrado em Londres quanto foi o de Madrid, com raras oportunidades de lado a lado, mas pelo menos com requintes de emoção ao extremo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário