sexta-feira, 26 de outubro de 2012

UCL - Italianos em baixa




De um lado, nomes como Buffon, Thuram e Del Piero. Do outro, Dida, Maldini e Shevchenko. Esses são apenas alguns dos craques que vestiam as camisas de Juventus e Milan em 28 de maio de 2003, na grande final da UEFA Champions League, em Old Trafford.

Na ocasião, o zero permaneceu no placar durante os 120 minutos de bola rolando. Nos pênaltis, Dida brilhou, defendeu as cobranças de Trezeguet, Zalayeta e Montero e garantiu o título ao Milan, o sexto da gloriosa história rossonera na competição continental – em 2006/2007 viria o sétimo.

Pouco mais de nove anos se passaram desde a citada decisão e hoje a situação das duas equipes na mesma competição é bem diferente. Terminado o primeiro turno da fase de grupos da UEFA Champions League, a análise que se faz após os três jogos iniciais não é nada animadora para os representantes italianos no certame.

Com três empates, a Juventus ocupa a terceira colocação de seu grupo, um ponto atrás do segundo colocado Chelsea e quatro do líder Shakhtar Donetsk. Imbatível em âmbito nacional, o time de Antonio Conte (que por sinal estava no banco juventino na final de 2002/2003) ainda não se encontrou no certame continental e hoje estaria eliminado da competição ainda na primeira fase.

A boa impressão deixada na estréia, quando saiu de um placar reverso de dois tentos a zero para buscar o empate contra o atual campeão Chelsea dentro de Stamford Bridge, não foi vista nos dois jogos seguintes, onde a equipe tinha totais condições de somar seis pontos.

Contra o bom time do Shakhtar dentro da Juventus Arena e diante do modesto Nordsjaelland em território dinamarquês, dois empates em um tento pra cada lado, sendo que em ambos os casos, a Vecchia Signora saiu atrás no marcador.

Agora a obrigação do time bianconero é vencer os dois jogos seguidos que tem em casa, contra Nordsjaelland e Chelsea, para depois jogar a vida na Ucrânia contra o Shakhtar. A boa noticia é que pelo elenco que tem, o time tem condições de fazer esses resultados e avançar.

Diferente do Milan, que com o plantel fraco que tem, corre sérios riscos de cair na primeira fase em um grupo aparentemente fácil. Com uma vitória, um empate e uma derrota, a equipe soma quatro pontos e ocupa a segunda colocação do grupo C, a cinco pontos do líder Málaga e apenas um na frente do Zenit.

A vantagem do time rossonero foi ter conseguido vencer seu principal concorrente pela vaga em plena casa adversária. Além disso, dos três jogos que restam, os italianos tem dois por fazer em San Siro, sendo que o último deles, para decidir a classificação, é justamente contra os russos.

No entanto, como já foi dito, o técnico Massimiliano Allegri não conta com um elenco qualificado e passa apuro até mesmo no Campeonato Italiano, onde está em décimo quinto lugar com sete pontos, empatado com o hoje rebaixado Pescara. E com o Zenit mostrando evolução, acertando o time depois das chegadas de Witsel e Hulk, a disputa pela segunda vaga está totalmente aberta – levando em conta que com nove pontos, o Málaga já tem a sua bem encaminhada.

Apesar do cenário tenebroso, ainda acredito que Juventus e Milan avançam. Porém, se desejam brigar em igualdade com as potencias do continente e quem sabe, voltarem a brilhar como a nove anos atrás, muita coisa terá de melhorar, tanto em Turim quanto em Milão.

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