terça-feira, 13 de novembro de 2012

Fluminense Tetra Campeão: Os Personagens da Conquista



Você pode até ter, em algum momento, questionado o futebol apresentado pelo Fluminense, campeão brasileiro no último domingo ao bater o Palmeiras em Presidente Prudente por três tentos a dois. O que não dá pra contestar é a campanha tricolor na conquista. Soberba. Soberana.

Vinte e duas vitórias, dez empates e apenas três derrotas. Nenhum campeão na era dos pontos corridos perdeu tão pouco. 76 pontos obtidos em 105 até aqui disputados, o time detém um incrível aproveitamento de 72,3%, que nesse quesito só perde para o Cruzeiro de 2003 com seus 72,4%. Com três jogos a serem disputados, o Flu ainda pode chegar a 74,5%, e assim se consolidar como o melhor campeão dos pontos corridos.

Melhor ataque, melhor defesa, melhor em tudo! Esse é o Fluminense campeão brasileiro de 2012. Título mais do que justo, enriquecido por alguns personagens centrais dentro da campanha – sem desmerecer os demais, claro. E são esses personagens que o blog destaca nas linhas a seguir, aqueles que foram “os caras” do Fluzão ao longo do campeonato.

Diego Cavalieri – Todo grande time começa por um grande goleiro. Um mais antigo chavões do futebol vale e muito para este Fluminense campeão. Cavalieri foi monstruoso, pegou tudo! Ao todo, foram 127 intervenções difíceis – uma média de 3,6 por jogo, garantindo que o time tivesse a melhor defesa da competição e assegurando o resultado positivo em diversas ocasiões. Sem dúvidas, o melhor goleiro do campeonato, e para alguns (inclusive esse que vos escreve), o craque do certame.

Gum – Desde que chegou ao clube, sempre foi questionado. Sempre ouviu que “o Fluminense precisa de reforços na zaga”. E sempre esteve lá, fazendo parte da campanha que salvou o time do rebaixamento em 2009 de forma milagrosa, do título de 2010, e mais uma vez, firme na zaga central do tricolor que faturou o tetra campeonato nacional.

Jean – Se firmou ao longo da competição para terminar como um dos melhores volantes do campeonato. Se é que podemos chamar Jean de volante. Sempre que o jogo se complicava e os espaços se reduziam para os homens de frente, aparecia o camisa 25 tricolor saia para armar o jogo com qualidade de meia cerebral, distribuindo com maestria, além de desarmar e contribuir demais quando o time não detinha a posse da bola.

Wellington Nem – Cria de Xerém que emprestado ao Figueirense em 2011, fez grande campeonato pelo time catarinense. De volta ao tricolor, conquistou seu espaço no time titular em meio a tantas estrelas jogando um futebol de gente grande. Tanto que chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira e esteve na pré-lista para os Jogos Olímpicos de Londres. Apesar da baixa estatura, um jogador forte, que dificilmente cai mesmo com tantas pancadas sofridas, rápido e habilidoso, o jovem foi um dos líderes de assistências do campeão, com 10 passes para gols. Além disso, contribuía demais no trabalho sem a bola.

Fred – Letal! Não vejo palavra melhor para definir o definidor Fred. Talvez o camisa 9 tenha sido o jogador tricolor (dentre os titulares) que menos tocou na bola em todo o campeonato, mas, quem disse que Fred precisa de muitos toques? Para o artilheiro do campeonato, um tapa na criança é mais que suficiente para colocá-la no fundo da rede, como já fez em 19 oportunidades na competição – além de, assim como Nem, ter dado 10 assistências. No jogo que garantiu o título, contra o Palmeiras, um show a parte do capitão, com dois gols e participação direta no outro.

Abel Braga – Chegou no meio do ano passado e reconstruiu o time largado às traças por Muricy Ramalho, levando à equipe ao terceiro lugar. Nesse ano, começando um trabalho desde o inicio, teve participação razoável na Libertadores, onde caiu pro vice-campeão Boca Juniors com um gol espírita no finalzinho, conquistou o estadual e faturou o Brasileirão com sobras. Soube mexer na hora certa, mudar a equipe taticamente para crescer e solidificar ainda mais aquela que pode ser lembrada como a melhor campanha da era dos pontos corridos – em termos de aproveitamento.

Para ler mais sobre o tetra campeão nacional, recomendo os textos dos amigos André Rocha (aqui) e do Vinicius Grissi (aqui).

Um comentário:

  1. A prova concreta, assim como tivemos em 2009 e 2010, que quem ganha título é jogador, time, elenco. CT, estrutura, organização, etc...isso tudo ajuda, mas ainda é o material humano que decide. Que seja sempre assim e parabéns ao Tricolor carioca!

    Saudações!!!

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