quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hora de Acordar

despConfesso que não vi o “jogo dos desesperados” entre Grêmio e Atlético-MG na noite de ontem. Optei em ver o duelo entre o líder Corinthians e o lanterna América-MG. Assim, não posso fazer uma profunda analise sobre o confronto do Olímpico. O que posso fazer é uma analise do momento complicado que vivem as duas equipes.

Ambos “namoram” com a zona de rebaixamento desde o inicio do campeonato, e só não fazem parte dos quatro piores ainda porque equipes como Avaí e Atlético-PR que figuram na temida zona desde a primeira rodada, demoraram a se encontrar e vencer – sem contar o Santos, que tem ainda três jogos por fazer e deve sair da posição incomoda.

Mas, o crescimento de catarinenses e paranaenses nas últimas rodadas (dos últimos quinze pontos disputados, nove e seis ganhos, respectivamente) assusta e deve servir de alerta para os dois gigantes que ficaram no empate em dois tentos pra cada lado.

GremioNo Tricolor Gaúcho, uma reformulação começou há pouco. Primeiro com a queda do vice- presidente de futebol Antônio Vicente Martins, que deu lugar a Paulo Pelaipe. O novo cartola já chegou disparando para todo lado, afirmando que o time precisava de reforços em todos os setores, na defesa, meio e ataque.

Correu e acertou o primeiro reforço, para o ataque. Seria Wellington Paulista, mas por problemas na documentação, a transação não se concretizou. Pelaipe foi rápido e pouco depois acertou com Brandão. Francamente, não é um nome que me agrada. Por mais que seja (pouco) melhor que o atual centroavante gremista, André Lima, ainda está longe de ser a solução para os problemas do Imortal, que detém o sexto pior ataque do Brasileirão, com apenas 14 gols.

Outro nome recém chegado é Dema, zagueiro que estava na Chapecoense e que fez parte do time do Paulista de Jundiaí campeão da Copa do Brasil de 2005, ao lado de Victor e Rever.

A troca no comando técnico foi outra solução tomada pelo cartola, logo após o empate com os mineiros. A “invenção” com Julinho Camargo não funcionou, ficou claro que não tinha cancha suficiente para comandar um time do tamanho do Grêmio. Celso Roth é quem assume o cargo. Aí sim, um nome que me agrada, pelos seus últimos trabalhos a frente de Inter, Atlético-MG e do próprio Grêmio. Roth tem bagagem, é rodado e saberá lidar com a pressão que o time vive. Além de ter se consagrado por boas campanhas com elencos apenas medianos, caso do Grêmio.

Atlético MGA situação no Galo não é diferente. Com apenas 15 pontos conquistados, o time é somente o 14º colocado na tabela. Nas últimas dez rodadas então, o desempenho é ainda pior. Foram só oito pontos em trinta disputados, pífios 26% de aproveitamento.

Desde que o presidente Alexandre Kalil assumiu o posto, em outubro de 2008, jogadores chegam e saem em demasia, e com isso, o time nunca tem uma “cara”, não cria identidade, não se impõe. Só neste ano, já foram 19 contratações. Quase dois times inteiros. O presidente é um dos responsáveis pela seqüência de fracassos, por não conseguir manter uma equipe.

Dorival Junior, a exemplo do presidente, já faz hora extra no Galo há um bom tempo. Ao contrário do ano passado, quando o treinador chegou e conseguiu impor um estilo de jogo ao time e com isso livrar os mineiros de um novo rebaixamento, nesse ano o comandante ainda não emplacou uma equipe forte o suficiente para fazer frente no tão equilibrado certame nacional. Renovar o comando técnico nem sempre é solução, mas no caso do Galo, vejo como uma saída fundamental para mexer no brio dos jogadores e quem sabe alavancar uma nova campanha de recuperação.

Recuperação. Essa é a palavra chave nos dois times. Dois times gigantes, de camisa pesada e torcida imensa, que já passaram pelo pesadelo da segunda divisão e precisam acordar enquanto é tempo. Daqui a pouco poderá ser tarde demais.

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