Em duelo atrasado da vigésima primeira rodada, o Santos recebeu o Botafogo na Vila Belmiro na noite de ontem. Em jogo, para o Peixe, a busca por mais uma vitória que afastaria de vez qualquer possibilidade de rebaixamento e daria tranqüilidade para pensar apenas no Mundial de Clubes em dezembro. Para os cariocas, o cotejo valia nada mais nada menos que a liderança do Brasileirão.
Para sair da Vila famosa com os três pontos e a ponta, o técnico Caio Junior optou por uma formação semelhante a que encarou e bateu o Corinthians no Pacaembu há uma semana. Sacou o atacante Herrera e colocou Felipe Menezes na articulação central do seu 4-2-3-1, abrindo Maicosuel e Elkeson pelos lados, para bloquear os laterais, uma vez que o camisa 10 tinha a função de impedir a saída de bola dos volantes. A única para o time de uma semana atrás era a ausência de Renato, suspenso, substituído por Bruno Thiago.
Tudo parecia certinho, encaixado no time botafoguense, inclusive a troca de Lucas por Alessandro na lateral. Melhor marcador, o veterano poderia se sair melhor no cerco a Neymar. O que o treinador e a torcida botafoguense não esperavam era que o camisa 11 santista saísse da ponta esquerda e viesse jogar na armação do time, a frente do trio de volantes no 4-3-1-2 de Muricy Ramalho, que por conta de uma dor nas costas, não pôde ficar no banco de reservas. Tata, seu auxiliar, ocupou sua vaga.
Atuando na articulação, Neymar desmontou o sistema defensivo botafoguense e garantiu a vitória ao Santos.
Como um autentico camisa 10, a “Jóia” ditou o ritmo do jogo e tirou o sono de Bruno Thiago, que certamente não esperava ter que marcar Neymar. No primeiro embate entre os dois, falta e cartão para o botafoguense, ainda aos três minutos de bola rolando. No segundo encontro, o santista mostrou mais uma vez por que é o melhor jogador do país. Entortou o marcador para a direita, para a esquerda, ajeitou e de bico tocou no canto de Jefferson. Um GOLAÇO!
Golaço que abriu caminho para a vitória santista, sacramentada minutos depois com outro belo gol, dessa vez de Borges, que matou no peito, girou e de fora da área, soltou a bomba, sem chances para o arqueiro alvinegro. O gol não só selou a vitória do time da baixada, como marcou um recorde pessoal para Borges: O vigésimo segundo gol do camisa 9, que o coloca ao lado de Serginho Chulapa como o maior artilheiro do Santos em uma edição do Brasileirão. Marca que possivelmente será batida nas próximas rodadas.
O Botafogo bem que tentou na segunda etapa. Apertou, encurralou o Santos em seu campo de defesa, mas esbarrou na segurança da defesa santista, além da boa atuação de Rafael.
A derrota tira do Botafogo a chance de assumir a liderança da tabela e depender apenas de si para chegar ao caneco, porém, não afasta e nem deve desanimar o time de Caio Junior na corrida pelo título, afinal, o time até fez uma boa partida, tinha tudo bem planejado, mas, apareceu o imponderável, apareceu Neymar.
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