Você pode até ter, em
algum momento, questionado o futebol apresentado pelo Fluminense, campeão
brasileiro no último domingo ao bater o Palmeiras em Presidente Prudente por
três tentos a dois. O que não dá pra contestar é a campanha tricolor na
conquista. Soberba. Soberana.
Vinte e duas vitórias, dez
empates e apenas três derrotas. Nenhum campeão na era dos pontos corridos
perdeu tão pouco. 76 pontos obtidos em 105 até aqui disputados, o time detém um
incrível aproveitamento de 72,3%, que nesse quesito só perde para o Cruzeiro de
2003 com seus 72,4%. Com três jogos a serem disputados, o Flu ainda pode chegar
a 74,5%, e assim se consolidar como o melhor campeão dos pontos corridos.
Melhor ataque, melhor
defesa, melhor em tudo! Esse é o Fluminense campeão brasileiro de 2012. Título
mais do que justo, enriquecido por alguns personagens centrais dentro da
campanha – sem desmerecer os demais, claro. E são esses personagens que o blog
destaca nas linhas a seguir, aqueles que foram “os caras” do Fluzão ao longo do
campeonato.
Diego
Cavalieri – Todo grande time começa por um grande goleiro. Um
mais antigo chavões do futebol vale e muito para este Fluminense campeão.
Cavalieri foi monstruoso, pegou tudo! Ao todo, foram 127 intervenções difíceis –
uma média de 3,6 por jogo, garantindo que o time tivesse a melhor defesa da
competição e assegurando o resultado positivo em diversas ocasiões. Sem
dúvidas, o melhor goleiro do campeonato, e para alguns (inclusive esse que vos
escreve), o craque do certame.
Gum –
Desde que chegou ao clube, sempre foi questionado. Sempre ouviu que “o
Fluminense precisa de reforços na zaga”. E sempre esteve lá, fazendo parte da
campanha que salvou o time do rebaixamento em 2009 de forma milagrosa, do
título de 2010, e mais uma vez, firme na zaga central do tricolor que faturou o
tetra campeonato nacional.
Jean –
Se firmou ao longo da competição para terminar como um dos melhores volantes do
campeonato. Se é que podemos chamar Jean de volante. Sempre que o jogo se
complicava e os espaços se reduziam para os homens de frente, aparecia o camisa
25 tricolor saia para armar o jogo com qualidade de meia cerebral, distribuindo
com maestria, além de desarmar e contribuir demais quando o time não detinha a
posse da bola.
Wellington
Nem
– Cria de Xerém que emprestado ao Figueirense em 2011, fez grande campeonato
pelo time catarinense. De volta ao tricolor, conquistou seu espaço no time
titular em meio a tantas estrelas jogando um futebol de gente grande. Tanto que
chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira e esteve na pré-lista para os
Jogos Olímpicos de Londres. Apesar da baixa estatura, um jogador forte, que
dificilmente cai mesmo com tantas pancadas sofridas, rápido e habilidoso, o
jovem foi um dos líderes de assistências do campeão, com 10 passes para gols.
Além disso, contribuía demais no trabalho sem a bola.
Fred –
Letal! Não vejo palavra melhor para definir o definidor Fred. Talvez o camisa 9
tenha sido o jogador tricolor (dentre os titulares) que menos tocou na bola em
todo o campeonato, mas, quem disse que Fred precisa de muitos toques? Para o
artilheiro do campeonato, um tapa na criança é mais que suficiente para colocá-la
no fundo da rede, como já fez em 19 oportunidades na competição – além de,
assim como Nem, ter dado 10 assistências. No jogo que garantiu o título, contra
o Palmeiras, um show a parte do capitão, com dois gols e participação direta no
outro.
Abel
Braga – Chegou no meio do ano passado e reconstruiu o time
largado às traças por Muricy Ramalho, levando à equipe ao terceiro lugar. Nesse
ano, começando um trabalho desde o inicio, teve participação razoável na
Libertadores, onde caiu pro vice-campeão Boca Juniors com um gol espírita no
finalzinho, conquistou o estadual e faturou o Brasileirão com sobras. Soube
mexer na hora certa, mudar a equipe taticamente para crescer e solidificar
ainda mais aquela que pode ser lembrada como a melhor campanha da era dos
pontos corridos – em termos de aproveitamento.
A prova concreta, assim como tivemos em 2009 e 2010, que quem ganha título é jogador, time, elenco. CT, estrutura, organização, etc...isso tudo ajuda, mas ainda é o material humano que decide. Que seja sempre assim e parabéns ao Tricolor carioca!
ResponderExcluirSaudações!!!