De um lado, nomes como Buffon, Thuram
e Del Piero. Do outro, Dida, Maldini e Shevchenko. Esses são apenas alguns dos
craques que vestiam as camisas de Juventus e Milan em 28 de maio de 2003, na grande
final da UEFA Champions League, em Old Trafford.
Na ocasião, o zero permaneceu no
placar durante os 120 minutos de bola rolando. Nos pênaltis, Dida brilhou,
defendeu as cobranças de Trezeguet, Zalayeta e Montero e garantiu o título ao
Milan, o sexto da gloriosa história rossonera na competição continental – em
2006/2007 viria o sétimo.
Pouco mais de nove anos se
passaram desde a citada decisão e hoje a situação das duas equipes na mesma
competição é bem diferente. Terminado o primeiro turno da fase de grupos da
UEFA Champions League, a análise que se faz após os três jogos iniciais não é
nada animadora para os representantes italianos no certame.
Com três empates, a Juventus
ocupa a terceira colocação de seu grupo, um ponto atrás do segundo colocado
Chelsea e quatro do líder Shakhtar Donetsk. Imbatível em âmbito nacional, o
time de Antonio Conte (que por sinal estava no banco juventino na final de
2002/2003) ainda não se encontrou no certame continental e hoje estaria
eliminado da competição ainda na primeira fase.
A boa impressão deixada na
estréia, quando saiu de um placar reverso de dois tentos a zero para buscar o
empate contra o atual campeão Chelsea dentro de Stamford Bridge, não foi vista
nos dois jogos seguintes, onde a equipe tinha totais condições de somar seis
pontos.
Contra o bom time do Shakhtar
dentro da Juventus Arena e diante do modesto Nordsjaelland em território
dinamarquês, dois empates em um tento pra cada lado, sendo que em ambos os casos,
a Vecchia Signora saiu atrás no marcador.
Agora a obrigação do time
bianconero é vencer os dois jogos seguidos que tem em casa, contra
Nordsjaelland e Chelsea, para depois jogar a vida na Ucrânia contra o Shakhtar.
A boa noticia é que pelo elenco que tem, o time tem condições de fazer esses
resultados e avançar.
Diferente do Milan, que com o
plantel fraco que tem, corre sérios riscos de cair na primeira fase em um grupo
aparentemente fácil. Com uma vitória, um empate e uma derrota, a equipe soma
quatro pontos e ocupa a segunda colocação do grupo C, a cinco pontos do líder
Málaga e apenas um na frente do Zenit.
A vantagem do time rossonero foi
ter conseguido vencer seu principal concorrente pela vaga em plena casa
adversária. Além disso, dos três jogos que restam, os italianos tem dois por
fazer em San Siro, sendo que o último deles, para decidir a classificação, é
justamente contra os russos.
No entanto, como já foi dito, o
técnico Massimiliano Allegri não conta com um elenco qualificado e passa apuro
até mesmo no Campeonato Italiano, onde está em décimo quinto lugar com sete
pontos, empatado com o hoje rebaixado Pescara. E com o Zenit mostrando evolução,
acertando o time depois das chegadas de Witsel e Hulk, a disputa pela segunda
vaga está totalmente aberta – levando em conta que com nove pontos, o Málaga já
tem a sua bem encaminhada.
Apesar do cenário tenebroso, ainda
acredito que Juventus e Milan avançam. Porém, se desejam brigar em igualdade
com as potencias do continente e quem sabe, voltarem a brilhar como a nove anos
atrás, muita coisa terá de melhorar, tanto em Turim quanto em Milão.
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