Há cinco jogos sem vencer e eliminado da Copa Sul Americana, o Palmeiras tinha no clássico contra o rival Corinthians a chance de reanimar seu torcedor e entrar no returno do Brasileirão mais vivo do que nunca na briga pelo título. Por outro lado, o Corinthians também precisava do triunfo para apagar a má impressão deixada na reta final do turno, onde até então, havia conquistado apenas nove dos últimos 24 pontos disputados.
Sem poder contar com o lateral Cicinho, suspenso, Felipão deslocou Marcio Araújo para o setor. Postado no mesmo 4-2-3-1 utilizado ao longo do campeonato, essa foi a única mudança no time verde.
No lado corinthiano, Tite também não pôde contar com seus laterais titulares. Na direita, Alessandro e Weldinho, ambos machucados, foram substituídos pelo improvisado Wallace, enquanto na esquerda, Ramon entrou na vaga de Fabio Santos. Outro desfalque no time foi Alex. O meia, que vinha crescendo de produção, sentiu um incomodo e foi substituído por Emerson, voltando a jogar com dois homens de velocidade pelos lados do campo.
Assim, o time do Parque São Jorge começou melhor, mantendo a posse da bola e trabalhando no campo de ataque, porém sem ameaçar o gol palmeirense. O Corinthians tocava a bola, porém, sem a velocidade de outrora e com os laterais “travados” no campo de defesa, era incapaz de furar o forte bloqueio defensivo adversário.
Em um raro momento em que Ramon foi ao ataque, o lateral fez bela jogada, passou por dois marcadores e soltou a bomba para a defesa de Marcos. Na sobra, Paulinho também tentou a finalização, que ficou na marcação e sobrou para Emerson. Pelo lado direito, Sheik tentou o cruzamento e a bola entrou direto no gol de Marcos.
Logo após o gol, o Corinthians teve ainda chance de ampliar, desperdiçada por Liedson. Perdendo o jogo e dominado em campo, Felipão decidiu mexer ainda na primeira etapa, trocando o inoperante Patrik pelo recém contratado Fernandão. Com a mudança, Kleber passou a sair mais da área para buscar o jogo, e carregando consigo a marcação dos zagueiros, abria espaços para as infiltrações, especialmente de Luan pela esquerda.
Numa dessas, o camisa 21 foi ao fundo e acabou desarmado por Wallace, que jogou para escanteio. Na cobrança, o goleiro Julio César saiu mal, a zaga bobeou e a bola acabou nos pés do próprio Luan, que fuzilou para empatar.
Foi apenas a primeira falha da defesa corinthiana no cotejo, já que no começo do segundo tempo, um novo vacilo da dupla de zaga decidiu o resultado. Leandro Castan saiu para acompanhar Kleber, e Chicão, saiu na cobertura, porém, errou na linha de impedimento. Resultado, Marcos Assunção encontrou Fernandão completamente livre às costas do camisa 3, o estreante matou no peito e tirou de Julio César para definir o placar.
Na base do abafa, o time do Parque São Jorge cresceu e foi melhor durante o último quarto do jogo, mas, diante de um Palmeiras consistente e consciente, não teve capacidade de chegar ao empate.
Nova derrota alvinegra, que apesar da liderança, fecha o turno com uma “mini-crise”, causada pelo baixo aproveitamento de apenas 33,3% nas últimas nove rodadas. Em contrapartida, o triunfo palmeirense recupera a auto estima verde, em baixa após a queda na Copa Sul Americana e recoloca o time do Parque Antarctica na briga pelo campeonato nacional.
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