quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Esquadrões Inesquecíveis da Década que Termina

A década está no fim, e decidi lançar aqui oito esquadrões inesquecíveis (pelo menos para esse que vos escreve) nos últimos dez anos que se passaram. Cabe ressaltar que se trata apenas de times europeus, que venceram e encantaram a todos os amantes do futebol.

Vamos ao que interessa, eis as oito equipes:

REAL MADRID 2001/2002 – O BELO INÍCIO DA ERA GALÁCTICA

Real Madrid 01-02

Sob o comando de Vicente Del Bosque, se dava o pontapé inicial à primeira era galáctica de Florentino Perez no Real Madrid. E esse início não poderia ter sido melhor, título da Champions League, com direito a eliminar o arqui-rival Barcelona nas semifinais, gol do ídolo Raul e GOLAÇO do gênio recém chegado, Zinedine Zidane na final diante do Bayer Leverkusen.

Apesar de ter jogadores incompatíveis com o termo “galáctico”, como Salgado, Helguera e o limitado Solari, cinco foras de série, Hierro, Roberto Carlos, Figo, Zidane e Raul, ditavam o time, que ainda contava com os gols do artilheiro Morientes.

PORTO 2003/2004 – A Admirável surpresa e o nascimento de um mito

Porto 03-04

A Champions League da temporada 2003/2004 foi marcada pelas surpresas, e culminou na inesperada final entre FC Porto x Mônaco. A equipe lusitana, comandada pelo então desconhecido José Mourinho, atropelou os franceses, com um incontestável 3 a 0 na grande decisão, gols de Carlos Alberto, Deco e Alenichev. Deco era a base forte do time, pelos seus pés passavam todas as jogadas de efeito do time que também conquistou a Liga Portuguesa.

Além de Deco, vários outros jogadores apareceram ali, como Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, mas o grande destaque daquele time era realmente o seu treinador, José Mário dos Santos Félix Mourinho, ou simplesmente, o Special One.

ARSENAL 2003/2004 – IMBATÍVEL

Arsenal 03-04 premierleague

Liderado por dois grandes franceses, um do lado de fora do campo, Arsene Wenger, e outro dentro das quatro linhas, Thierry Henry, os Gunners fizeram campanha incrível na Premier League, que terminou com a conquista do título de maneira invicta. Jogando com duas linhas de quatro, o time tinha uma incrível força no setor de meia cancha, com Gilberto Silva seguro e preciso nos desarmes, Vieira também seguro e ótimo na saída pro jogo, Ljungberg e Pires pelos flancos, usando sempre a velocidade.

Mas o grande expoente daquela equipe era mesmo Henry, técnico, veloz e letal, o camisa 14 terminou a temporada como artilheiro do Campeonato Inglês, anotando 30 dos 76 gols do time, que venceu 26 e empatou 12 dos 38 jogos.

LIVERPOOL 2004/2005 – O VERDADEIRO TIME DE GUERREIROS

liverpool 04-05

Chegar à decisão da Champions League passando por um rival local fortíssimo, com um gol espírita de Luis Garcia, que mesmo hoje, cinco anos depois, ainda gera polêmica se a bola entrou ou não, já foi um grande feito para o desacreditado time do Liverpool.

Mas aquela equipe, liderada por Gerrard queria mais e nem mesmo os impiedosos 3 a 0 (que poderia até ter sido mais) feitos pelo Milan no primeiro tempo da final foram suficientes para deter o time de Rafa Benítez. Um início arrasador na segunda etapa e o empate veio em apenas 6 minutos, com gols de Gerrard, Smicer e Xabi Alonso. A conquista só veio nas penalidades, depois de ainda passar por mais um sufoco na prorrogação, quando Dudek fez defesa milagrosa em finalização de Shevchenko.

BARCELONA 2005/2006 – SOB A BATUTA DE UM GÊNIO

Barça 05-06

Ronaldinho Gaúcho já havia sido eleito o melhor jogador do mundo em 2005, mesmo conquistando apenas a Liga Espanhola pelo Barcelona, uma temporada depois de fazer o milagre de salvar o time catalão do rebaixamento. Mas faltava algo, faltava para o craque dentuço, a Champions League. E ela veio na temporada 05/06, quando o Barça bateu o forte time do Arsenal de Henry na decisão por 2 a 1, com gols de Eto’o e Belletti.

O time de Frank Rijkaard jogava de maneira bem ofensiva, em um 4-3-3 que concentrava a sua força no flanco esquerdo, por onde seu camisa 10 desfilava seu repertório de lindas jogadas, com dribles, arrancadas e gols espetaculares.

MANCHESTER UNITED 2007/2008 – A CONSAGRAÇÃO DE UMA TEMPORADA PERFEITA PARA CRISTIANO RONALDO

ManUtd 07-08

O sistema de Ferguson era simples: Muita marcação e a exploração do talento de Cristiano Ronaldo. Assim, os Red Devils conquistaram a Premier League e a Champions League, com o gajo sendo artilheiro e comendo a bola nas duas competições.

A intensa movimentação do trio ofensivo formado por Tevez, Rooney e Ronaldo era o ponto forte do time que conquistou a Europa graças ao escorregão de John Terry na cobrança do pênalti decisivo. Era o destino a favor de Cristiano Ronaldo, o luso não podia ser marcado como vilão após uma temporada perfeita.

BARCELONA 2008/2009 – A NOBRE ARTE DO TOQUE DE BOLA

Barça 08-09 

Manutenção da posse de bola e qualidade no passe foram as grandes virtudes desse Barcelona que encantou todo o planeta. Xavi e Iniesta ditando o ritmo do meio campo, distribuindo o jogo de forma ímpar, as boas investidas de Dani Alves pela direita, a boa fase de Henry, os gols de Eto’o e o talento único de um gênio, Lionel Messi.

Para mim, o time que conquistou simplesmente tudo que jogou, colecionando nada mais nada menos que seis taças em uma temporada foi o que tivemos de melhor nessa década. A perfeição do futebol coletivo somada à qualidade individual de cada um foi de encher os olhos.

INTERNAZIONALE 2009/2010 – EFICIÊNCIA RIMA COM OBEDIÊNCIA

Internazionale 09-10

A obediência tática foi ponto crucial no time de José Mourinho, que levou a tríplice coroa. Um time que soube se defender como poucos, mas sem perder a vocação ofensiva, que contava com um trio sensacional. Eto’o, que sempre jogou como um autêntico 9 no Barcelona, passou a jogar como 7, pelo flanco direito, marcando, voltando até a retaguarda para dar combate. Sneijder, o legitimo camisa 10, que ditava o ritmo da equipe e a conduzia, foi para muitos o melhor jogador do ano de 2010. Diego Milito, letal, foi o atacante dos sonhos de “Mou”, fazendo o papel de pivô e sendo decisivo quando acionado.

O jogo chave da equipe foi contra o poderoso Barcelona no Camp Nou, onde com uma vantagem de dois gols, ficou com um jogador a menos por cerca de 70 minutos e ainda assim, suportou a pressão para passar pela equipe catalã e encaminhar a tão sonhada taça da UEFA Champions League, que já não vinha há 45 anos.

P.S.: Com esse post encerro o ano de 2010, e faço uma pausa de uma semana de merecido descanso. Desejo a todos um feliz natal e um excelente 2011, com muita saúde, paz, e claro, muito bom futebol. Agradeço a todos que por aqui estiveram e peço, que continuem frequentando esse espaço no novo ano que está por vir.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Real Madrid 1x0 Sevilla – Mais sofrido que o esperado

Madrid x Sevilla

Formações iniciais, Madrid no habitual 4-2-3-1 com Lass e Arbeloa nas vagas de Xabi Alonso e Marcelo. Sevilla em um 4-4-2 em linha; Detalhe para o quarteto que cercou Cristiano Ronaldo.

Nem o mais pessimista torcedor merengue poderia imaginar que o Real Madrid encontraria tamanha dificuldade contra o Sevilla, que faz campanha apenas mediana na Liga Espanhola.

Pressionado pela vitória do Barcelona sobre o Espanyol no sábado, quando o time catalão abriu cinco pontos de vantagem sobre os madridistas, o time de José Mourinho foi a campo desfalcado de dois jogadores de suma importância para o sistema de jogo do técnico português, Marcelo e Xabi Alonso.

O brasileiro pela sua criatividade e volúpia ofensiva, algo que falta no seu substituto, Arbeloa. Sem Marcelo, Cristiano Ronaldo ficou “abandonado” do lado esquerdo, sem alguém talentoso por perto para tabelar e poder tentar alguma jogada de efeito, por isso, em diversos momentos, especialmente na primeira etapa, o camisa sete se deslocou do flanco para o meio, se aproximando de Özil e Di Maria.

O espanhol pela sua visão de jogo e qualidade no passe, em especial o passe longo, em profundidade, buscando a velocidade de Di Maria e Cristiano Ronaldo, para quem sabe assim, “quebrar” a zaga alta do Sevilla, que deixou Benzema inúmeras vezes em posição de impedimento – alguns marcados erroneamente pelo auxiliar.

Assim se desenrolou a etapa inicial da peleja, com o Madrid mantendo 70% da posse de bola, mas sem conseguir assustar o goleiro Palop, a não ser em duas cobranças de falta de Cristiano Ronaldo. Também em bolas paradas saíram as melhores oportunidades dos rojiblancos, primeiro em cobrança de escanteio, cabeceada por Escudé e que saiu a esquerda do gol de Casillas, depois, já no fim dos quarenta e cinco iniciais, em cobrança de falta venenosa de Romaric.

As duas equipes voltaram dos vestiários sem alterações, pelo menos nas escalações, pois as posturas foram outras. Ambos os times batendo mais, principalmente a equipe da casa, que já mostrava certo nervosismo diante do até então resultado negativo.

Foi aí que José Mourinho tentou acertar o time e fez duas interessantes mudanças, lançando Pedro Leon e Granero nas vagas de Khedira e Benzema, respectivamente. Com as mudanças, Cristiano Ronaldo passou a fazer a função de centroavante no lugar do apagado Benzema (alias, algum dia o francês brilhou pelo Madrid?), mas antes mesmo que as mexidas pudessem surtir algum efeito, um balde de água fria caía sobre os quase 80 mil torcedores presentes no Santiago Bernabéu. Em disputa de bola no alto, Ricardo Carvalho e Negredo se enroscaram e o português recebeu o segundo amarelo, expulso, de maneira injusta, a meu ver.

Mas foi justamente no pior momento do jogo para o time blanco que as coisas se acertaram. Para compor a zaga ao lado de Pepe, Mourinho deslocou Arbeloa para o setor e Di Maria saiu da ponta direita para fazer a lateral esquerda, onde se aproximou de Cristiano Ronaldo e “dividiu” a marcação que o português recebia pelo quarteto Dabo, Cáceres, Zokora e Konko.

  A esta altura, já sem esquema tático ou posicionamento, o Madrid pressionava e buscava o gol desesperadamente. Di Maria 2Por cima, por baixo, de longe, tentando cavar um pênalti, tudo era válido na busca pelo tento que daria os três pontos aos merengues e os recolocariam a apenas dois do Barcelona. Foi aí que apareceu o craque, Mesut Özil. O alemão, que foi bem discreto durante todo o jogo, pegou a bola pelo lado direito e resolveu partir pra cima da defesa, assim, deixou dois no chão antes de rolar para Granero encher o pé da entrada da área, a bola desviou na zaga e foi parar nos pés do “lateral” Di Maria, o argentino parou a pelota e sem ângulo tocou para as redes.

Ainda sobrou tempo para a equipe do Sevilla “manchar” a sua boa (porem, covarde quando teve um jogador a mais) atuação com um festival de pontapés nos minutos finais da partida, que acabou na expulsão do lateral Dabo.

Madrid x Sevilla 2 Após a expulsão de Ricardo Carvalho, Di Maria passou para a lateral, enquanto Arbeloa foi compor a zaga ao lado de Pepe.

A sofrida e merecida vitória para o time que mais a buscou mantém o equilíbrio no campeonato particular entre Barça e Madrid, que só voltam a campo pela Liga no dia 2 de janeiro, contra Levante e Getafe, respectivamente.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Wembley é logo ali


Foram definidos nesta sexta-feira os confrontos da fase Oitavas-de-Final da UEFA Champions League, veja como ficaram os duelos, com uma pequena analise de cada jogo e o palpite do blogueiro:

ROMA x SHAKTAR DONETSK
Duelo equilibrado. O time da capital italiana, que apresenta sinais de melhora na temporada, pegou um adversário parelho e pode sonhar com uma classificação às quartas-de-final. Por outro lado, o líder da Liga Ucraniana, também pode almejar uma inédita (e merecida) classificação à fase seguinte. O time que desbancou o poderoso Arsenal na fase de grupos, conta com um perigoso trio brasileiro, composto por Willian, Douglas Costa e Jadson para tentar avançar.
Palpite: Shaktar Donetsk.

MILAN x TOTTENHAM HOTSPURS

Um dos grandes jogos dessa fase. Os rossoneri, que caiu em uma chave muito difícil, têm uma nova pedreira pela frente, mas conta com os gols de Ibrahimovic e a volta de Pato para buscar a classificação. A equipe de Londres, que já desbancou a atual campeã Inter de Milão na primeira fase, quer agora passar pelo outro time de Milão e se classificar as quartas-de-final pela primeira vez em sua história.
Palpite: Tottenham Hotspurs

VALENCIA x SCHALKE 04
Interessante o reencontro do Valencia com Raul, seu algoz na final de 99/00. A equipe espanhola conta com o talento de Juan Mata e os gols de Aritz Aduriz para tentar voltar a figurar entre os oito grandes da Europa. Os alemães, que vão de mal a pior na Bundesliga, tem na boa campanha na fase de grupos da UCL um alento para seu torcedor – e o sustento de Felix Magath. A dupla formada pelos ex-merengues, Raul e Huntelaar, é a esperança dos azuis reais.
Palpite: Schalke 04.

INTERNAZIONALE x BAYERN MUNCHEN
Replay da última final. A Inter já não é mais a mesma que foi campeã em maio desse ano, muito em função da saída de José Mourinho, mas ainda assim é uma equipe perigosa e que se não sofrer tanto com lesões como vem sofrendo, pode chegar longe. O Bayern é outro que capenga na Bundesliga, apenas na sexta colocação, mas sobra na Champions. Tem na volta de Robben, sua grande esperança de dias melhores.
Palpite: Internazionale.

LYON x REAL MADRID
Novamente nas oitavas. Apesar da chegada do ótimo Yoann Gourcuff, o Lyon já não é mais o mesmo da última temporada, quando foi até as semifinais, passando pelo mesmo Real Madrid e contando com uma fase esplendorosa de Pjanic, autor do gol que eliminou os merengues. O Madrid também já não é mais a mesma equipe da última temporada, a chegada de José Mourinho deu mais “cancha” e confiança ao time branco, que sonha passar das oitavas-de-final, o que não acontece há seis temporadas.
Palpite: Real Madrid.

ARSENAL x BARCELONA
Outro reencontro da última UCL. Para tentar fazer frente a poderosa equipe catalã, os Gunners precisam voltar a contar com o russo Arshavin, que vive sua pior fase no clube, e Cesc Fabregas, que vem sofrendo muito com lesões. O Barça, melhor do que nunca, está voando e parece não ter adversários. Não que seja uma zebra, pela tradição do Arsenal, mas qualquer resultado que não seja a classificação blaugrana, será surpresa.
Palpite: Barcelona.

OLYMPIQUE MARSEILLE x MANCHESTER UNITED

Todo favoritismo inglês. Os franceses, apenas em quinto na Ligue 1, contam com o talentoso argentino Lucho Gonzalez e o ganês destaque na Copa do Mundo, André Ayew para tentar o inesperado e passar pelos ingleses. Os Red Devils, que sofreram apenas um gol na fase de grupos, tem na consistência defensiva sua grande força. O time de Sir Alex Ferguson conta ainda com a habilidade de Nani e o faro de gol da dupla Rooney e Berbatov.
Palpite: Manchester United.

COPPENHAGUE X CHELSEA
Outro jogo de total favoritismo inglês. Os dinamarqueses, que dentro de casa até conseguiram fazer um jogo de igual pra igual contra o Barcelona, torcem para que a atual má fase do Chelsea dure até o confronto entre as duas equipes. O Chelsea tenta dar um pontapé na má fase e para isso, não podia ter adversário melhor na Champions. Com a volta dos lesionados e a manutenção do super campeão Carlo Ancelotti, os azuis podem enfim, chegar ao tão desejado título.
Palpite: Chelsea.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sorte de Campeão?

United - Arsenal

Formações Iniciais: Ferguson optou por preencher o meio campo e por isso tirou Berbatov para entrar em um 4-2-3-1, com Anderson se movimentando bem pela faixa central; Rosicky não foi tão bem no mesmo setor pela equipe visitante.

Foi um jogo duro, pegado, de muita força física e muitos erros de passe de parte a parte, onde a sorte foi muito mais decisiva do que qualquer aspecto técnico ou tático.

Mesmo jogando em casa, Sir Alex Ferguson preferiu a cautela e deixou Berbatov no banco para lançar mais um homem no meio campo, abrindo mão do sistema de 4-4-2 em linha que vinha utilizando para entrar em um 4-2-3-1, que contava com a movimentação de Anderson na faixa central e Park e Nani pelos flancos.

Wenger lançou a equipe no habitual 4-2-3-1, com Nasri pela direita, Arshavin pela esquerda e Rosicky centralizado, posição diferente da qual o tcheco costuma jogar, que é pela beirada. Sem poder contar com Fabregas no time titular, Wilshere cumpriu a função do espanhol como segundo volante, ao lado de Song.

Mas a grande mudança na equipe visitante só foi vista no decorrer do jogo. Sua linha defensiva, que geralmente joga mais avançada, dessa vez estava profunda, dando campo aos homens de frente dos Diabos. Com isso, o time de Wenger sofreu muito na primeira etapa, onde não finalizou sequer uma vez contra o gol de Van Der Sar.

Por outro lado, o United deu muito trabalho ao estreante arqueiro Gunner, o polonês Szczesny. Primeiro com Rooney, em chute de longa distância que ficou nas mãos do goleiro, e segundo com NanPark Ji Sungi, com tiro que saiu pela direita do gol, após falha de Squilacci que cabeceou nos pés do português. Na terceira tentativa, a sorte dos donos da casa falou mais alto, quando Nani cruzou rasante na área, a bola desviou n a defesa e subiu na cabeça de Park, que meio sem querer deu um leve toque, suficiente para encobrir o goleiro Szczesny e fazer o tento que daria a vitória aos Red Devils.

As duas equipes voltaram iguais para a segunda etapa, com o Arsenal um pouco mais “alto”, marcando mais a frente, assim, as oportunidades começaram até a aparecer para o time londrino, no entanto, a equipe parava nos diversos erros de Chamack.

Aos vinte da etapa final, Wenger ousou e trocou Wilshere e Rosicky por Fabregas e Van Persie, tirando o time do 4-2-3-1 para um 4-4-2 em linha, com o holandês fazendo companhia a Chamack no ataque. Uma das válvulas de escape do time de Wenger era Arshavin, porém o russo ficou travado na ótima marcação do brasileiro Rafael, que defensivamente, fez sua melhor partida com a camisa do United.

Outro brasileiro em campo, Anderson também fez excelente partida. Além da evidente melhora física, o camisa oito voltou a atuar como atuava no Grêmio, como um camisa 10, e desfilou um belo arsenal de dribles e passes. Em um de seus melhores lances, podia ter definido o cotejo, quando puxou rápido contra ataque, tocou para Rooney e recebeu de volta na cara do gol, mas Szczesny fez ótima intervenção para impedir o segundo tento dos Diabos.

Quem também teve oportunidade de ampliar o marcador e matar o jogo foi Wayne Rooney. Aos vinte e sete minutos, quando Nani avançou em velocidade pela direita, tentou driblar Clichy, mas a bola acabou tocando no braço do lateral francês, pênalti. Na cobrança da penalidade (que a meu ver, não existiu), Rooney bateu bisonhamente, jogando na arquibancada.

Apesar das tentativas de buscar o empate que manteria o Arsenal na liderança, o United segurou o resultado até o fim, mantendo assim, a invencibilidade na temporada e assumindo a ponta da tabela na Premier League, com 34 pontos contra 32 do time londrino, que tem ainda um jogo a mais.

United - Arsenal 2Como terminou: Wenger bem que tentou lançar o time a frente, mas a solidez defensiva garantiu mais três pontos para os Red Devils.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Seleção do Brasileirão

Seleção Brasileirão

TÉCNICO - Renato Portaluppi

Ele não foi campeão, nem vice, no entanto, a arrancada gremista no campeonato se deve muito a ele. Claro que estou falando do técnico Renato Portaluppi.


O comandante assumiu o Tricolor dos Pampas na décima quarta rodada, e encontrou uma equipe em frangalhos, abatida pela eliminação na Copa do Brasil, perante o ótimo Santos do primeiro semestre. O time tinha apenas 15 pontos, ocupava a décima quinta colocação na tabela, brigando ponto a ponto para não entrar na zona de rebaixamento e jogava um futebol apático, sem a raça característica do futebol gaúcho.

Bastou o eterno ídolo gremista assumir o time para que jogadores como Douglas e Jonas passassem a jogar o fino e comandarem à belíssima arrancada do time do sul rumo à quarta colocação e a conquista de uma vaga na fase pré-Libertadores em 2011.

O ótimo trabalho de Portaluppi (que obteve um aproveitamento de 68% - bem superior ao do campeão Fluminense, com 62%), o qualificou a ser o técnico ideal para a nossa Seleção do Brasileirão. Foram 57% dos votos contra apenas 28% do campeão Muricy Ramalho.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Vitória da Fidalguia

Sou tricolor de coração.
Sou do clube tantas vezes campeão.
Fascina pela sua disciplina,
O Fluminense me domina.
Eu tenho amor ao tricolor!

“Disciplina fundamental pro time que liderou o campeonato por 23 rodadas até a conquista do título.”

Salve o querido pavilhão,
Das três cores que traduzem tradição:
A paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte pelo esporte,
Eu sou é tricolor!

“União de um grupo que conseguiu o improvável ao escapar do rebaixamento em 2009, para, com alguns reforços, faturar a taça em 2010.”

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança,
Pois quem espera sempre alcança.
Clube que orgulha o brasil,
Retumbante de glórias e vitórias mil!

“Esperança de uma torcida que nunca deixou de acreditar ao longo desses 26 anos de espera pelo segundo título brasileiro do Tricolor.”

Vence o Fluminense
Com sangue do encarnado,
Com amor e com vigor.
Faz a torcida querida
Vibrar com a emoção do tricampeão!

“Vigor foi o que não faltou ao craque e capitão do time, Dario Conca, único jogador de linha a disputar todas as 38 rodadas do Brasileirão.”

Vence o Fluminense,
Usando a fidalguia.
Branco é paz e harmonia.
Brilha com o sol da manhã,
Qual luz de um refletor.Salve o tricolor!!!

"Fluminense, o mais nobre dos times brasileiros de 2010.”

Parabéns Fluminense, CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2010!!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ATACANTES - Jonas e Neymar

Nada mais natural que os artilheiros do campeonato saíssem na frente em qualquer enquete, mas Neymar e Jonas sobraram não apenas pelos seus gols marcados, e sim, porque ambos jogaram muita bola nesse Brasileirão.

O gremista foi peça fundamental na arrancada do Imortal. A partir da chegada de Renato Portaluppi, o tricolor gaúcho não parou mais de vencer, e Jonas de marcar. Foram 22 gols, a maioria deles no segundo turno, que colocam o camisa 7 gremista como o artilheiro maior do certame, e ainda oito assistências, o equivalente a 46% dos gols do time do Olímpico.

Já Neymar, apesar das turbulências dentro do campeonato, especialmente no fim do primeiro turno, com a briga com o então técnico do Peixe, Dorival Junior, ainda assim se destacou. A “jóia” da Vila Belmiro anotou 17 tentos (que poderiam ser 21, se não tivesse desperdiçado 4 penalidades) e deu seis assistências em 29 partidas disputadas.

Com o ótimo desempenho, os dois não deram a mínima chance para os concorrentes pela “Seleção do Visão”. A votação foi um massacre, Jonas obteve 61% dos votos e Neymar 48%, enquanto o terceiro colocado Thiago Ribeiro ficou com 16%.

Pronto, com os dois avantes nossa seleção está formada com: Fábio, Mariano, Dedé, Rhodolfo e Roberto Carlos; Jucilei, Elias, Conca e Montillo; Jonas e Neymar. Agora, só falta um comandante para o esquadrão. Então, vote já e ajude a eleger o treinador ideal.

MEIAS - Conca e Montillo

O Campeonato Brasileiro mais argentino de todos os tempos. Assim pode ser definido o Brasileirão 2010, que teve como principais destaques dois hermanos, Conca e Montillo.


Montillo chegou no meio da competição, disputou apenas 22 jogos, mas foi fundamental para a excelente campanha cruzeirense, já garantido na Libertadores e ainda com possibilidade de ser campeão. O camisa 10 celeste caiu como uma luva em um meio campo que já era muito bom, mas faltava esse toque de qualidade, dado por “La Ardilla”, que anotou sete tentos e deu oito assistências.

Conca, por sua vez, deitou e rolou em todo o Brasileirão. Todo, literalmente falando, já que o camisa 11 tricolor disputou todos os 37 jogos até aqui e está confirmado para o 38º e último diante do Guarani. Conca é o único jogador de linha a conseguir tal feito no certame nacional – os outros que conseguiram foram Rogério Ceni e Fernando Prass, goleiros de São Paulo e Vasco, respectivamente. O argentino participou de 28 dos 61 gols da equipe das Laranjeiras no Brasileirão, o equivalente a 46%, sendo 9 de forma direta (artilheiro do Tricolor) e 19 de forma indireta, dando o passe a algum companheiro.

Assim, os dois também já integram a nossa Seleção. Conca sobrou com 64% da votação, enquanto Montillo superou Bruno César por muito pouco, 35% contra 32%.