sábado, 31 de julho de 2010

Fabregás é bom, mas é realmente necessário ao Barcelona?

Não é novidade para ninguém a obsessão do Barcelona em repatriar Cesc Fabregas, e a diretoria do clube catalão não está medindo esforços para conseguir trazer de volta o seu pupilo.

Está claro que o desejo é recíproco, que Cesc também sonha com a volta para casa, sonha em jogar novamente com a camisa azul-grená e que possivelmente, se não acontecer nesse ano será no próximo.

Mas, tentando imaginar como seria o time, me peguei com a seguinte dúvida:

ONDE JOGARIA FABREGAS NESSE TIME? QUEM SAIRIA PARA O CAMISA 4 DO ARSENAL ENTRAR?

Creio que seja inviável tirar Busquets, pois sem ele o time perderia completamente o poder de marcação no setor de meio campo. Também não imagino Xavi ou Iniesta amargando um banco de reservas. Portanto, se conseguir a contratação de Cesc, para mim, o Barça ideal seria assim:

Barcelona2

Um excelente time, que ainda teria nomes como Pedro e Ibrahimovic no banco. No entanto, enquanto a direção catalã namora com a possibilidade de ter o seu canterano de volta, o elenco de Guardiola tem algumas falhas. A inexistência de reservas imediatos para Daniel Alves e para Busquets são as mais claras. Para a vaga do volante, vários nomes já foram cogitados como Javí Martinez e Marcos Senna, que por sinal, é a bola da vez. Já na lateral direita, parecem não notar que Daniel é o único especialista da posição, que se algo acontecer ao lateral brasileiro (suspensão ou lesão), não tem um suplente bom o suficiente para exercer tal função.

Como tudo ainda não passa de especulação, com o que tem atualmente, esse seria o time do Barcelona que eu escalaria para tentar defender a coroa em La Liga e buscar o tetra na UEFA Champions League.

FCB

Por fim, deixo aqui uma pergunta no ar: Não seria mais inteligente que a direção de futebol blaugrana, hoje comandada por Andoni Zubizarreta, se esforçasse um pouco mais para rechear um elenco já brilhante com peças de reposição a altura para todas as posições, dando a Guardiola um plantel maior e de mais qualidade em todos os setores?

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Fim de Uma Era

 Raul e Guti4 Semana de luto em Valdebebas, Guti e Raúl, dois ícones de uma era dourada para o Real Madrid, acertaram suas saídas do clube merengue e partirão em busca de novos ares.

Os dois atletas fizeram do Madrid suas casas, ali construíram uma carreira, recheada de títulos, conquistas individuais, polêmicas, e acima de tudo, identificação com uma torcida e um clube.

Participaram da “Era Galáctica”, jogaram ao lado de jogadores espetaculares, levantaram taças e foram do céu ao inferno com o grupo estrelar formado por Florentino Perez no inicio da década.

guti José María Gutiérrez Hernández, ou simplesmente GUTI, vestiu a camisa 14 merengue durante 15 anos – levando em conta apenas o período como profissional, e sempre representou bem o manto blanco. Nesse período, foram 541 jogos, 77 gols e diversos títulos, dentre eles, três taças de UEFA Champions League.

raul Já Raúl foi um monstro e é o maior ídolo da história recente branca – talvez de toda a história ao lado de Di Stefano. Raúl González Blanco nasceu para jogar no Madrid, até porque com esse sobrenome seria difícil imaginar que fosse parar em outro clube. Profissional merengue desde 1994, o ex-camisa 7 fez carreira brilhante defendendo o Real, conquistou inúmeros títulos e escreveu seu nome na grandiosa história blanca, se tornando o maior artilheiro da história do clube da capital espanhola.

Em 16 temporadas, Raúl disputou 740 jogos e anotou 323 gols, é também o maior artilheiro da história da UEFA Champions League, torneio que conquistou três vezes, além de 6 títulos espanhóis, 2 Copas Intercontinentais (extinto Mundial “Toyota”), uma Supercopa Européia e 4 Supercopas Espanholas.

Em épocas onde a busca por dinheiro impede certos jogadores de fazerem histórias e construírem carreiras longas e glorificadas por seus clubes, tais longevidades merecem destaque. Parabéns a Guti e Raúl pelas suas brilhantes trajetórias dentro de um clube tão poderoso, e parabéns também ao Real Madrid, que prestou as devidas homenagens a dois ídolos e manteve as portas abertas para uma futura volta, bem possível que não mais como jogadores, mas como funcionários do gigante merengue.

Raul e Guti3

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pontapé Inicial

Após uma bela despedida do Corinthians ontem, com vitória e liderança, hoje um bom começo de Mano Menezes na Seleção Brasileira.

Uma convocação repleta de surpresas, algumas até interessantes e que podem ser muito bem aproveitadas. Outro atrativo na lista de Mano é a “visão olímpica” do gaúcho, que incluiu sete jogadores com idade olímpica dentre os vinte e quatro chamados. E a renovação não para por aí, são dez estreantes na seleção do ex-treinador corinthiano e apenas quatro que estiveram no Mundial da África do Sul.

Vamos aos pitacos sobre os escolhidos do novo treinador, por posições:

GOLEIROS

Victor, Jefferson e Renan – Em minha opinião, o goleiro gremista estaria inclusive na Copa do Mundo, é excelente e permanecerá em listas futuras. Renan é um desses nomes olímpicos de Mano, que vai tarimbando o arqueiro do Avaí para Londres em 2012. Já Jefferson, sinceramente, não entendi a sua convocação e acredito que não se firme na seleção.

LATERAIS

Daniel Alves, Rafael, Marcelo e André Santos Dani é um dos quatro que estiveram na Copa e que continuará na Seleção. Rafael é outro que visa as Olimpíadas, precisa aprimorar a parte defensiva, já que ofensivamente é muito bom jogador. Na esquerda, Marcelo que é muito mais meio campo do que lateral, sofre o mesmo problema de Rafael, é ótimo no apoio, mas deficiente na defesa. André Santos jogou muito sob o comando de Mano no Corinthians em 2009 e já esteve na seleção com Dunga, tenta agora se firmar com quem já sabe seu potencial.

ZAGUEIROS

David Luiz, Thiago Silva, Rever e Henrique – David Luiz há tempos é badalado na Europa e pretendido pelos clubes gigantes do continente. Thiago Silva todos conhecemos e sabemos seu potencial, esteve na Copa e será um dos donos da zaga canarinha. Rever acaba de voltar para o Brasil após uma passagem apagada pelo Wolfsburg e ninguém sabe como está a sua forma, de qualquer maneira, se conseguir repetir o que fez no Grêmio, é um grande zagueiro. Henrique é uma grande interrogação. Vendido pelo Palmeiras para o Barcelona em 2008, não se firmou em time algum na Europa e pode ser novamente emprestado pelo clube catalão, creio que tínhamos opções melhores.

VOLANTES

Sandro, Lucas, Jucilei e Ramires – Sandro já deu mostras de que é ótimo jogador e que pode ser o cabeça de área perfeito para a Seleção, além disso, entra no clube olímpico de Mano. Lucas já esteve em uma Olimpíada e também é muito bom volante, com boa pegada e visão de jogo. Ramires esteve no Mundial e é ótimo jogador, tanto como segundo volante quanto na criação tem grande futuro com a amarelinha. Jucilei foi grande novidade, um volante de força física e boa saída de bola, é incluso dentre os olímpicos e esse pode ter sido um fator que pesou na sua chamada.

MEIAS

PH Ganso, Hernanes, Carlos Eduardo e Ederson – Ganso já era dado como certo. Uma jóia rara que tem que ser bem lapidada para não ser desperdiçada, tem grande talento e visão de jogo diferenciada. Hernanes também já era chamado por 8 entre 10 brasileiros, é o grande jogador do São Paulo há três anos e certamente será figurinha carimbada nos times de Mano. Carlos Eduardo já trabalhou com Mano no Grêmio, então o treinador já sabe o potencial do meia do Hoffenheim e daí a aposta no ex-gremista. Ederson, ao lado de Jucilei, foi a outra novidade da convocação. Não tem idade olímpica e não é titular no Lyon, assim como o goleiro Jefferson, não entendi a sua convocação.

ATACANTES

Neymar, Robinho, Alexandre Pato, Diego Tardelli e André – Neymar é outra jóia que precisa de muitos cuidados. O garoto é talentoso, mas o sucesso está lhe subindo à cabeça e o futebol do santista tem caído muito. Robinho era de quem se esperava muito na África e não rendeu o esperado. Mano tenta recuperar o atacante do Manchester City lhe dando uma nova oportunidade. Pato é um atacante de potencial enorme e o possível futuro nove da Seleção. Tem talento e faro de gol pra isso. Diego Tardelli figurou entre os sete “suplentes” de Dunga, vem de uma ótima temporada em 2009 e está repetindo em 2010, o que avaliza sua chamada. André foi outra boa novidade, o atacante santista é ao lado de Neymar o artilheiro do ano no Brasil e tem uma carreira de futuro. Além disso, está dentre os nomes olímpicos, ao lado de Neymar e Pato.

Dadas as opiniões, deixo aqui aquela que seria a minha seleção perfeita dentre os nomes chamados por Mano Menezes. E você, já montou a sua? Deixe sua opinião.

Brasil Mano

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Desrespeito e Falta de Bom Senso

Serie B

Particularmente, já não gosto do sistema de pontos corridos nem mesmo para a Série A do Campeonato Brasileiro, por achar que a população até hoje não se adaptou a cultura da extensa competição e pelos deficitários caixas dos clubes.

Agora, tal fórmula ser utilizada também na segunda divisão nacional já é demais. Se até mesmo os clubes da elite têm dificuldades em conseguir patrocínios e arcar com folhas salariais e inúmeras viagens, imagina os da divisão de acesso, que não tem tanta visibilidade.

Chega a ser um desrespeito com os espectadores, torcedores ou não dos times participantes. Os clubes não têm verba suficiente para custear tantas viagens e salários em tão longo campeonato e o que vemos no decorrer da competição são partidas sofríveis, de nível técnico muito baixo. Além disso, os times acabam “forçados” a utilizarem entre os profissionais vários jogadores das categorias de base, e muitas vezes esses garotos são promovidos antes do tempo, completamente imaturos, sendo “queimados” em suas carreiras.

Não seria viável que a Confederação Brasileira de Futebol revisse o formato de disputa da série B visando uma melhora no nível da competição? Afinal, em um campeonato menor, os clubes teriam um aumento (pequeno) nos seus investimentos e poderiam formar elencos melhores e mais competitivos.

Deixo aqui uma sugestão: Campeonato com 20 times em turno único, se classificam os oito melhores para um octogonal final, onde aí sim em turno e returno decidem as quatro vagas, e claro, o título.

Creio que assim teríamos uma considerável melhora no torneio, mas é obvio que isso não passa de uma opinião – e uma dica – minha. E você, o que acha? Gosta do sistema de pontos corridos? Ou assim como eu, queria mudança em busca de uma evolução? Opine.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Novo Professor

Após a queda da Seleção e o fim da Copa do Mundo, a pergunta que não quer calar no mundo do futebol é: “Quem será o novo técnico da Seleção Brasileira?”

E como não poderia deixar de ser, dezenas de nomes surgem como possíveis “professores” no comando do Scratch Canarinho.

O novo treinador terá uma missão extremamente difícil pela frente. Renovar o time, impor uma nova postura tática, ter resultados e o principal, resgatar as origens do futebol brasileiro, perdida ao longo desses quatro anos de “Era Dunga”.

O time brasileiro sempre gera grande expectativa, afinal, de nossa seleção sempre se espera um futebol bonito, vistoso, que sempre foi característico, no entanto, o ex-treinador abriu mão das raízes da Seleção Brasileira e atribuiu ao time o chamado “futebol de resultados”, e foi levando assim até a queda diante da Holanda, com um time cheio de jogador meia boca, um futebolzinho mixuruca e bastante pragmático.

Felipão O mais cotado e favorito para nove de cada dez brasileiros é Luiz Felipe Scolari. O treinador do penta em 2002 acaba de fechar contrato com o Palmeiras, mas ainda aguarda contato da CBF para definir seu futuro. Sua qualidade em armar um time é inquestionável, mas Felipão vem de um trabalho fracassado à frente do Chelsea e um outro que não serve como parâmetro comandando o modesto Bunyodkor do Uzbequistão. Além disso, não sei se Scolari seria o melhor nome para resgatar esse futebol arte do time brasileiro. É um treinador disciplinador e vencedor, porém seus times nunca primaram pelo espetáculo.

Leonardo Outro nome mencionado e que é muito forte dentre os bastidores da CBF é o de Leonardo. O ex-treinador do Milan é educadinho, tem boa postura, fala diversas línguas, fez um trabalho razoável com o fraco elenco rossoneri, mas ainda não tem experiência suficiente para assumir um cargo de tamanha notoriedade. Caso “Léo” assuma, a CBF estaria cometendo o mesmo erro que cometeu ao dar o cargo para o inexperiente Dunga. Apesar do trabalho no Milan, não creio que seja uma boa escolha.

Muricy Muricy Ramalho, técnico tri campeão brasileiro com o São Paulo também é cogitado. No meu ponto de vista, é a pior opção dentre os nomes já falados. É experiente e vencedor, no entanto, nunca conseguiu armar um time ofensivo, que jogue o futebol que todos esperam da Seleção Brasileira. Seus times sempre prezam pelo setor defensivo e jogam “à grega” (com base na seleção da Grécia campeã da Euro 2004), esperando por uma bola para tentar a vitória.

Mano Menezes Dos nomes cogitados, Mano Menezes é um dos que me agradam. Fez bom trabalho no Grêmio e faz no Corinthians, é ótimo estrategista e foi um dos últimos técnicos brasileiros capazes de montar um time que jogasse um futebol de qualidade, de maneira ofensiva, com bom toque de bola e equilibrado defensivamente, como fez com o Corinthians campeão paulista e da Copa do Brasil em 2009. Além do mais tem se mostrado um especialista em competições de mata mata.

Luxemburgo Pode parecer loucura de minha parte, mas outro que me agrada é Vanderlei Luxemburgo – por sinal, é o meu favorito. Loucura pelo seu retrospecto recente e não pela sua carreira como um todo. Luxa não vem de bons trabalhos, pelo contrário, e isso pode pesar contra o técnico do Galo, mas sua qualidade como treinador é indiscutível, é extremamente vencedor e sabe fazer isso com times jogando bonito, como o Palmeiras de 96 e Cruzeiro de 2003. Além disso, creio que Luxemburgo tem essa “dívida” na carreira, que é conseguir êxito pela Seleção, algo que não conseguiu em sua primeira passagem.

Dorival Junior E já que queremos belo futebol, belas jogadas, muitos gols, ninguém fez isso melhor durante o ano de 2010 do que Dorival Junior. O nome do treinador santista não foi sequer cogitado, mas que ele conseguiu montar um time extremamente ofensivo e que agradou a todos pela sua maneira de jogar, ah isso ele conseguiu. Só tenho uma pequena ressalva quanto ao trabalho feito por Dorival com o Santos: não conseguiu um equilíbrio necessário entre defesa e ataque, pois o seu time faz muitos gols, mas também sofre vários.

Outros nomes como Adilson Baptista, Ricardo Gomes e Paulo Autuori também chegaram a ser ventilados, mas em menor força e não devem terem maiores proporções. Como já disse, meu favorito se chama Vanderlei Luxemburgo. E para você, quem deveria assumir a Seleção Brasileira?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Balanço Final – Copa do Mundo 2010

Após trinta dias de muita bola rolando em 64 jogos, a Copa do Mundo chegou ao fim. E premiou o bom futebol com o título da Espanha. Ninguém nesses últimos quatro anos jogou um futebol tão bonito e eficiente quanto o dos espanhóis, campeões europeus em 2008, e por fim, mundiais em 2010. Segue aqui um balanço final da Copa do Mundo, com as opiniões da FIFA e as do blogueiro.

64 Jogos

143 Gols

2,23 Gols por jogo

Melhor Ataque: Alemanha (16 Gols)

Pior Ataque: Argélia e Honduras (0 Gols)

Melhor Defesa: Portugal e Suiça (1 Gol sofrido)

Pior Defesa: Coréia do Norte (12 Gols sofridos)

Campeão: ESPANHA

Vice-Campeão: HOLANDA

Terceiro: ALEMANHA

Prêmio Fair Play: Espanha

Luva de Ouro: Iker Casillas.

Líder em Assistências: Dirk Kuyt, Kaká, Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil e Thomas Müller, com 3 cada.

Chuteira de Ouro: Thomas Müller, 5 gols (ganhou o prêmio pelo critério de desempate, de ter mais assistências, pois empatou com David Villa, Diego Forlán e Wesley Sneijder).

Bola de Bronze FIFA: David Villa

Bola de Prata FIFA: Wesley Sneijder

Bola de Ouro FIFA: Diego Forlán

Todos os prêmios acima são dados de acordo com os critérios e votações da FIFA, agora, seguem as minhas escolhas:

Bola de Bronze: Bastian Schweinsteiger

Bola de Prata: David Villa

Bola de Ouro: Wesley Sneijder

Não que o prêmio dado a Diego Forlán não seja justo, afinal o uruguaio levou nas costas a sua seleção até um surpreendente quarto lugar. Mas Sneijder foi mais decisivo, participou diretamente da classificação laranja até a final. Nas oitavas, diante da Eslováquia, fez lançamento perfeito para gol de Robben e marcou o segundo tento do cotejo. Na fase seguinte, encarou a forte seleção brasileira, e após um primeiro tempo desastroso, fez os dois gols que garantiram a vitória e a classificação holandesa. Contra o valente Uruguay de Forlán, em um jogo apertado e até então empatado, Sneijder marcou o gol que deu tranqüilidade à laranja, que por fim venceu pelo placar de 3 a 2.

Melhor jogo: INGLATERRA 1x4 ALEMANHA

ger-eng2

Infelizmente, não tive a oportunidade de assistir tantos jogos como gostaria, como o emocionante Eslováquia 3x2 Itália, que acompanhei apenas pelo rádio. Então, esse duelo entre ingleses e alemães ficou para mim como o melhor desse Mundial. Pela emoção, pelo erro de arbitragem, pela coincidência histórica que fez com que os ingleses pagassem uma “divida” ativa com os germânicos desde 1966, enfim, por todos esses ingredientes que fizeram dessa, a maior peleja dessa Copa do Mundo.

E como não poderia deixar de ser, todos nós que acompanhamos a Copa, sempre deixamos nossos pitacos e escolhemos aqueles que para nós foram os melhores, formando cada um a sua seleção. A minha segue abaixo:

seleção Copa

E para você, qual o melhor jogador da Copa? O melhor jogo? E a Seleção do Mundial? Opine.

domingo, 11 de julho de 2010

FINAL – Holanda 0x1 Espanha

SOCCER-WORLD/

Logo WC10

Foi uma final espetacular, digna das duas grandes seleções que lá estavam e digna da magnifica Copa do Mundo que se passou no último mês na África do Sul. Foram 120 minutos de futebol, bem jogado de um lado e bem evitado do outro. Levou aquele que quis jogar, que buscou o jogo e o título.

A Espanha como já era de se esperar começou tomando a iniciativa do jogo, mantendo como de costume uma grande posse de bola. Em contra partida, a Holanda tentava evitar que a Fúria jogasse, parando as jogadas com faltas na maioria das vezes. E em cinco minutos a Espanha já teve uma grande chance, em cobrança de falta na área que Sérgio Ramos testou firme mas Stekelenburg fez brilhante defesa. A pressão continuou e aos doze, Xabi Alonso cruzou na área e Villa bateu de primeira, mas a bola foi na rede pelo lado de fora.

A Laranja equilibrou o jogo, controlou a “fumaça” espanhola e a partida ficou mais presa no meio campo. Um lance chamou muita atenção na primeira etapa, quando Heitinga em um ato de Fair Play foi devolver a bola à Espanha, chutou para o alto e na direção do gol e por pouco a bola não entra. A única chance holandesa na etapa inicial saiu apenas aos 43 minutos, quando Robben recebeu pela direita, e em sua jogada tradicional cortou pro pé esquerdo e soltou a bomba rasteira, mas Casillas evitou o gol.

A etapa final começou agitada, um pouco mais aberta, mas com a mesma violência que marcou a primeira. Aos 16 minutos, a grande chance da partida. Sneijder lançou Robben nas costas da zaga espanhola e o camisa 11 bateu na saída de Casillas que fez espetacular defesa. Pouco depois, Jesus Navas que havia entrado na vaga de Pedro, fez boa jogada pela direita e bateu cruzado na área, Heitinga fez o corte e a bola sobrou para Villa que bateu para nova intervenção de Heitinga. No fim do tempo regulamentar, Van Persie ganhou no meio campo e acionou Robben, que ganhou na corrida de Puyol e saiu novamente cara a cara com Casillas, mas o goleiro espanhol levou a melhor pela segunda vez.

Na prorrogação, logo aos seis minutos foi a vez de Stekelenburg aparecer. Cesc Fábregas recebeu lançamento de Xavi e bateu na saída do arqueiro holandês, que com o pé esquerdo salvou a laranja. Pouco depois, Navas recebeu pela direita e bateu forte, mas a bola desviou em Van Bronckhorst e saiu para escanteio.

Logo no inicio da segunda etapa do tempo extra, a Espanha ficou com um jogador a mais, quando Iniesta iria sair na cara do gol e foi derrubado por Heitinga, que recebeu o segundo amarelo. A Holanda conseguiu administrar por boa parte do tempo final, mas quando a partida parecia se encaminhar para as penalidades, um balde de água fria pôs fim ao sonho laranja. Torres recebeu pela esquerda e tentou o passe na área, a bola foi cortada e sobrou para Fábregas que serviu Iniesta na cara de Stekelenburg, o camisa 6 dominou e encheu o pé, sem chances para o goleiro. Os últimos quatro minutos foram de desespero para os holandeses e de ansiedade para espanhóis, que no apito final puderam enfim comemorar o seu primeiro título de campeão mundial.

SOCCER-WORLD/

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A Espanha, o melhor time dos últimos quatro anos, que chegou como grande favorita, foi taxada de amarelona após a derrota para a Suiça na estréia, deu a volta por cima e sai da África com a taça. Parabéns Espanha, pelo primeiro título de sua história. Seja bem vinda ao seleto grupo de campeãs mundiais. O futebol agradece.

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FICHA TÉCNICA

HOLANDA 0x1 ESPANHA

ESTÁDIO: Soccer City, Johanesburgo, África do Sul
DATA E HORA: Domingo, 11 de julho de 2010, às 15h30 (de Brasília)
ÁRBITRO: Howard Webb (ING)
PÚBLICO: 84.490 pagantes
CARTÕES AMARELOS: De Jong, Van Persie, Van Bommel, Van Bronckhorst, Heitinga, Robben, Van der Wiel, Mathijsen (HOL); Puyol, Sergio Ramos, Capdevilla, Xavi (ESP)
CARTÃO VERMELHO: Heitinga, 4'/2ºTP
GOLS: Iniesta, 12'/2ºTP

HOLANDA: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen, Van Bronckhorst (Braafheid, 15'/1ºTP); Van Bommel, De Jong (Van der Vaart, 9'/1ºTP) , Sneijder; Kuyt, Van Persie e Robben (Elia, 25'/2ºT)
T: Bert Van Marwijk

ESPANHA: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puuyol, Capdevilla; Xabi Alonso (42'/2ºT), Busquets, Xavi, Iniesta; Pedro (Jesús Navas, 15'/2ºT) e Villa (Torres, intervalo da prorrogação)
T: Vicente del Bosque

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Pra Fazer História

FIFA WORLD CUP FINAL

Domingo, em Johanesburgo, mais uma seleção entrará para o seleto grupo dos campeões mundiais. Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra e França são os detentores dos primeiros 19 títulos e o vigésimo estará em jogo no Soccer City.

Espanha e Holanda farão uma final inédita e até bastante previsível no começo do Mundial, já que as duas, mais o Brasil, chegaram à África como os maiores favoritos a ficarem com a taça.

A seleção espanhola tem o melhor plantel dentre todas as 32 seleções participantes do Mundial. Um time titular invejável e um banco capaz de mudar completamente o rumo de uma partida. Assim, com esse excelente elenco e uma campanha muito regular, a Espanha chega à sua primeira decisão.

Já a Holanda, é um time extremamente eficiente. Já não é a Holanda de outros tempos, que dava espetáculo, que jogava um futebol vistoso, mas é um time vencedor. Invicta a 25 jogos, a Laranja pode igualar o feito do Brasil em 1970 e vencer todos os jogos em sua participação na Copa do Mundo, desde as eliminatórias.

AS CAMPANHAS

Ainda invicta na Copa – ao lado da Nova Zelândia, são as únicas – a Holanda chega com um retrospecto de 100% de aproveitamento, batendo Dinamarca, Japão e Camarões na primeira fase por 2x0, 1x0 e 2x1 respectivamente. Nas oitavas passou pela surpreendente Eslováquia pelo placar de 2x1, mesmo placar pelo qual bateu o Brasil nas quartas de final. Contra o Uruguai na semi, uma vitória apertada e sofrida por 3x2 garantiu a Laranja na grande final. Assim, foram seis jogos, com seis vitórias, doze gols marcados e cinco sofridos.

Já a Espanha, chegou à África muito badalada e decepcionou na estréia. No entanto, a derrota por 0x1 para a Suiça não abalou o ego espanhol, o time se recuperou e venceu as duas partidas seguintes por 2x0 e 2x1, sobre Honduras e Chile respectivamente. Na fase seguinte encarou a forte seleção portuguesa e bateu pelo placar mínimo. Placar que se repetiu nas quartas e na semi, contra Paraguai e Alemanha. Logo, em seis jogos, cinco vitórias, uma derrota, sete gols pró e dois contra.

OS CRAQUES

sneijder vs villa

Wesley Sneijder chegou ao Mundial credenciado por uma temporada perfeita na Internazionale, onde conquistou os três títulos que disputou – Copa da Itália, Campeonato Italiano e UEFA Champions League. O meia da laranja é o típico camisa 10, que chama a responsabilidade e dita o ritmo da partida. Com grande visão de jogo, excelentes passes e lançamentos e perfeito nas bolas paradas, Sneijder foi decisivo para que a Holanda chegasse até a decisão, anotando cinco gols.

Às vésperas do Mundial, o matador David Villa acertou sua ida para o Barcelona, e mostrou durante a competição que o clube catalão investiu bem seus 40 milhões de euros. Rápido, habilidoso e letal, o camisa 7 fez nada mais nada menos do que cinco dos sete gols espanhóis até aqui e é o grande responsável por esse momento histórico para a Fúria.

ANÁLISE TÁTICA

Atuando em um 4-2-3-1 com variações para o 4-3-3, a Holanda não conta com uma zaga de confiança, no entanto, tem em sua marcação o grande ponto forte. Marcação essa que começa pelos atacantes. No jogo de logo mais, Kuyt terá a missão de marcar as subidas do sempre ofensivo Sergio Ramos, enquanto Robben investirá nas costas de Capdevilla. Sneijder, o cérebro do time, é o responsável por fazer a bola chegar aos atacantes com qualidade para que eles possam marcar.

Também atuando em um 4-2-3-1, O time de Vicente Del Bosque é marcado pela grande posse de bola, pela qualidade e quantidade de toques, um time que gira a bola de um lado para o outro com muita facilidade para buscar os espaços. Quando não tem a bola, faz uma marcação por zona, em bloco, diminuindo o campo de jogo do adversário.

FINAL Copa - Holanda x Espanha

Holanda x Espanha, um jogo completamente aberto, sem favoritos, onde duas escolas bem diferentes se enfrentarão em busca da tão sonhada taça de campeão da Copa do Mundo.

sábado, 10 de julho de 2010

Jogo 63 – Uruguay 2x3 Alemanha

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Logo WC10

Como já é de costume, o jogo que vale a terceira colocação no Mundial foi aberto, com os dois times se expondo, sem muitas responsabilidades em campo.

Os alemães foram pro jogo com um time misto, com as ausências de Neuer, Lahm, Podolski e Klose e encararam um valente Uruguai, que tinha motivação de sobra para buscar o terceiro lugar, no entanto, quem parecia disposto a ficar com o bronze, era mesmo os germânicos, e logo aos dez minutos poderia ter aberto o placar com Friedrich, que carimbou o travessão uruguaio. Nove minutos mais tarde, Schweinsteiger arriscou chute de longe, Muslera rebateu para frente e Müller chegou tocando para as redes. Pouco depois, o mesmo Schweinsteiger que iniciou o gol alemão, perdeu bola na sua retaguarda e cedeu contra ataque para os uruguaios, Suárez lançou Cavani que na cara do gol não desperdiçou e empatou a peleja. No fim da primeira etapa o Uruguay poderia até ter virado com Suárez, que frente a frente com o goleiro acabou batendo pra fora.

Na volta do intervalo, o Uruguay continuou buscando o gol da virada, que poderia ter vindo logo aos dois minutos com Cavani e com Suárez, mas acabou saindo apenas aos seis, e que gol. Arévalo fez jogada pela direita. cruzou na área e Forlán acertou um lindo voleio, sem chances para o goleiro substituto Butt. Porém, mal deu tempo de comemorar, pois cinco minutos depois, Boateng cruzou na área, Muslera falhou mais uma vez e Jansen de cabeça empatou para a Alemanha.

O time uruguaio era valente, brigador, contudo não conseguia superar seus próprios erros. E mais um, aos 37 minutos acabou ruindo o sonho celeste de ficar com a terceira colocação, quando Khedira aproveitou bate rebate na área e tocou de cabeça para virar novamente e dar números finais ao cotejo.

De qualquer forma, terminar em quarto já é acima do esperado pelos uruguaios, e recoloca a tão tradicional camisa Celeste de volta ao grupo das grandes forças do futebol mundial.

Já a Alemanha, que chegou desacreditada à África e acabou enchendo os olhos do mundo com boas atuações, fica novamente em terceiro, mesma colocação alcançada em 2006. Klose, que sonhava fazer dois gols para alcançar o recorde de Ronaldo, acabou não participando do jogo por dores nas costas, assim, o Fenomêno se mantém como o maior artilheiro da história das Copas.

FICHA TÉCNICA
URUGUAI 2 X 3 ALEMANHA

Local: Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth (AFS)
Data/hora: 10/07/2010, às 15h30 (em Brasília)
Árbitro: Benito Archundia (MEX)
Assistentes: Hector Vergara (CAN) e Marvin Torrentera (MEX)
Cartões amarelos: Pérez (URU) Aogo, Cacau, Friedrich (ALE)
Cartões vermelhos: Não houve.
GOLS: Müller, 17'/1ºT (0-1); Cavani, 28'/1ºT (1-1); Forlán, 6'/2ºT (2-1); Jansen, 11'/2ºT (2-2); Khedira, 37'/2ºT (2-3)

URUGUAI: Muslera, Fucile, Lugano, Godín, Cáceres; Maxi Pereira, Pérez (Gargano, 31'/2ºT), Arévalo; Cavani (Loco Abreu, 43'/2ºT), Forlán e Suárez. Técnico: Oscar Tabarez.

ALEMANHA: Butt, Boateng, Friedrich, Mertesacker, Aogo; Khedira, Özil (Tasci, 46'/2ºT), Schweinsteiger, Jansen (Kroos, 36'/2ºT), Müller; Cacau (Kiessling, 28'/2ºT). Técnico: Joachim Löw.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Jogo 62 – Espanha 1x0 Alemanha

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Logo WC10

Conforme o polvo Paul já havia previsto, a Espanha bateu a Alemanha e chega a uma inédita final de Copa do Mundo. Com grandes méritos, diga-se de passagem, a Roja anulou a sensação do Mundial e poderia até ter vencido por uma diferença maior.

O time espanhol começou a partida mantendo a já tradicional posse de bola e trocando passes no seu meio campo ofensivo, no entanto, quando não tinha a bola nos pés, marcava os germânicos no campo de ataque, diminuía os espaços e dificultava a vida do time de Joachim Löw. As raras possibilidades de contra ataques dos bávaros acabavam esbarrando na má partida que fazia Mesut Özil e na ausência de Thomas Muller, e a única chance de gol veio em um chute de longe de Trochowski, que Casillas jogou para escanteio.

Ponto positivo na primeira etapa foi a lealdade das duas equipes, que entraram dispostas a jogar futebol, e assim cometeram poucas faltas. Foram cinco no total durante os 45 minutos iniciais e a primeira delas só veio aos 27 minutos.

Na segunda etapa, a Fúria resolveu partir para cima e buscar o gol que pudesse definir o jogo. E logo no começo, criaram duas boas oportunidades, uma com Xabi Alonso e outra com David Villa, mas ambas passaram à esquerda do gol de Neuer.

O jogo pegou fogo e a pressão espanhola continuou, dessa vez com Pedro, que arriscou da entrada da área para boa defesa de Neuer, no rebote, Xabi Alonso iniciou a jogada com passe de calcanhar para Iniesta pela esquerda da área alemã, o camisa seis foi até a linha de fundo e bateu cruzado mas Villa não alcançou. Em seguida, um esporádico contra ataque, a Alemanha esteve muito perto de abrir o marcador. Podolski recebeu lançamento pela esquerda e cruzou para Kroos que pegou de primeira e Casillas fez espetacular intervenção. A Espanha voltou a atacar, e apenas três minutos depois do susto, conseguiu tirar o zero do placar. Em cobrança de escanteio de Xavi, Puyol veio de trás, subiu muito e testou com força para o gol.

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Após o gol os espanhóis passaram a cadenciar o jogo e administrar ainda mais a posse de bola para gastar o tempo, no entanto, poderiam ter ampliado a vantagem. Por duas vezes, Pedro desperdiçou as oportunidades de liquidar a fatura.

Mas o jogo ficou nisso e a vitória magra foi suficiente para levar a Espanha à sua primeira decisão. Um feito histórico realizado por uma geração histórica, disparada a melhor que a Espanha já viu, e que pode enfim, despachar o trauma de “amarelona” que insiste em perseguir la Roja, que de pipoqueira não tem nada.

FICHA TÉCNICA

ALEMANHA 0 X 1 ESPANHA
Estádio: Moses Mabhida, em Durban (AFS).
Data/hora: 6/7/2010, às 15h30 (de Brasília).
Árbitro: Viktor Kassai (HUN).
Auxiliares: Gabor Eros (HUN) e Tibor Vamos (HUN).
Público:
Cartões amarelos:
Nenhum.
Cartões vermelhos: Nenhum.
Gols: Puyol, 27'/2ºT
ALEMANHA: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen, 6'/2ºT); Khedira (Mario Gómez, 35'/2ºT), Schweinsteiger, Trochowski (Kroos, 16'/2ºT), Özil e Podolski; Klose.
Técnico: Joachim Löw.
ESPANHA: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena, 47'/2ºT), Xavi, Iniesta; Pedro (Silva, 40'/2ºT) e David Villa (Fernando Torres, 35'/2ºT).
Técnico: Vicente del Bosque.

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Jogo 61 – Uruguay 2x3 Holanda

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Foi definido o primeiro finalista da Copa do Mundo de 2010, e ele veste laranja. Em jogo tenso, a Holanda bateu o Uruguay e voltou a decisão de um Mundial, 32 anos após o bi-vice diante da Argentina – já havia perdido em 1974 para a Alemanha.

Com o seu “novo” estilo, bem pragmático, a Holanda começou o jogo pressionando o Uruguay buscando rapidamente o primeiro gol, que por pouco não veio no inicio com Kuyt, que chutou por cima. A pressão continuou e aos 18 minutos, o capitão Van Bronckhorst arriscou de longe e acertou um foguetaço no ângulo do goleiro Muslera, sem chances para o arqueiro uruguaio, 1 a 0.

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Após o gol, a Laranja voltou a praticar o futebol que vem apresentando ao longo do Mundial, diminuindo o ritmo, cadenciando mais o jogo e até dando campo para a Celeste jogar, coisa que no entanto não conseguia fazer, pela falta de criatividade de seu meio campo, completamente nulo sem Forlán por aquele setor. O camisa sete foi novamente adiantado para o ataque, para recompor a ausência de Suárez que estava suspenso. E foi justamente no lance em que Forlán veio buscar o jogo, que ele carregou e arriscou um chute de longe e contou com o feitiço da jabulani para trair o goleiro Stekelenburg e empatar o jogo ainda no primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Bert Van Marjick arriscou e sacou o volante De Zeeuw para colocar o armador Van Der Vaart. E logo no começo da segunda etapa, Van Persie fez bela jogada e passou para Van Der Vaart que bateu forte e Muslera espalmou, no rebote, Robben chegou batendo de direita, mas a bola foi por cima. O jogo ficou duro, a Holanda já não tinha mais tanto espaço e “perdia” o meio campo. Aí é a hora de aparecer o craque para resolver, e foi o que aconteceu. Wesley Sneijder dominou no bico da grande área e bateu com classe para tirar de Muslera e fazer o segundo gol aos 24 minutos. No lance, Van Persie impedido acaba atrapalhando o goleiro, mas o bandeira nada marcou e o gol foi validado.

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Apenas três minutos depois, pra não dar margens às esperanças celestes, novamente os craques apareceram. Sneijder lançou Kuyt pela esquerda, o camisa sete fez cruzamento na medida e Robben testou a bola pro gol. O terceiro gol “aniquilou” os uruguaios, que só conseguiram buscar algo no fim do jogo, quando diminuiu com Maxi Pereira aos 46 minutos, mas já era tarde demais.

A grande Holanda, que por mais que tenha merecido nunca venceu um Mundial, chega a sua terceira final, dessa vez de uma forma diferente, sem o tradicional espetáculo Laranja, mas com uma eficiência admirável.

FICHA TÉCNICA
URUGUAI 2 X 3 HOLANDA

Estádio: Green Point, Cidade do Cabo (AFS)
Data/hora: 5/6/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Auxiliares: Rafael Ilyasov (UZB) e Bakhadyr (KGZ)
Cartões amarelos: Maxi Pereira, Cáceres (URU), Sneijder, Boulahrouz, Van Bommel (HOL)
Cartões vermelhos: Não houve.
GOLS: Van Bronckhorst, 17'/1ºT (0-1); Forlan, 40'/1ºT (1-1); Sneijder, 24'/2ºT (1-2); Robben, 27'/2ºT (1-3); Maxi Pereira, 46'/2ºT (2-3)

URUGUAI: Muslera, Maxi Pereira, Godín, Victorino, Cáceres; Pérez, Gargano, Rios, Alvaro Pereira (Abreu, 33'/2ºT); Cavani e Forlán (Fernandez, 38'/2ºT). Técnico: Oscar Tabárez.

HOLANDA: Stekelenburg, Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen, Van Bronckhorst; Van Bommel, De Zeeuw (Van der Vaart, intervalo), Robben (Elia, 44'/2ºT), Sneijder, Kuyt; Van Persie. Técnico: Bert Van Marwijk.

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domingo, 4 de julho de 2010

NOTAS – Holanda 2x1 Brasil

Após uma bela apresentação no primeiro tempo e a vitória por 1 a 0, a esperança da classificação foi por água abaixo com um trágico segundo tempo, onde a seleção sofreu dois gols, perdeu a cabeça e o jogo, consequentemente, a vaga nas semi finais. Vamos as notas:

1. Julio Cesar

1. JÚLIO CÉSAR: Trabalhou pouco na primeira etapa. Na segunda, falhou feio no primeiro gol e nada pôde fazer no segundo. NOTA: 4,5.

 

2. Maicon

2. MAICON: Marcou bem, não deu espaços para a Holanda no seu lado. Mas aceitou a marcação de Kuyt e pouco apoiou. NOTA: 5,0.

 

3. Lucio

3. LÚCIO: Mostrou a entrega e a disposição de sempre. Rasgou lá atrás e ainda tentou sair jogando em alguns momentos. NOTA: 5,0.

 

4. Juan

4. JUAN: Fez boa partida, atuou bem na cobertura a Michel Bastos, sempre tirando o espaço de Robben. Errou no lance do segundo gol holandês, tocando para escanteio uma bola que dava para sair jogando. NOTA: 4,5. 

5. Felipe Melo

5. FELIPE MELO: Consegue em um mesmo jogo ser gênio e ser burro. Fez ótimo primeiro tempo, inclusive dando lindo passe para Robinho abrir o placar. No segundo se descontrolou, falhou nos dois gols holandeses e acabou expulso de forma infantil ao pisar em Robben. NOTA: 4,5.

6. Michel Bastos

6. MICHEL BASTOS: Mostrou mais uma vez que não é lateral esquerdo e que não tem condições de defender a camisa da seleção brasileira. NOTA: 4,0.

 

8. Gilberto Silva

8. GILBERTO SILVA: Foi bem no primeiro tempo, mas como todo o time, se perdeu no segundo. Juntamente com Felipe Melo, falhou no segundo gol holandês. NOTA: 5,0.

9. Luis Fabiano

9. LUIS FABIANO: Não fez absolutamente nada. Foi inútil em campo, foi como se o Brasil tivesse com um a menos, tamanha a participação do “Fabuloso”. NOTA: 4,0.

10. Kaká

10. KAKÁ: Arriscou um belo chute na primeira etapa, mas como sempre, se escondeu na hora que o time mais precisou. NOTA: 4,0.

 

11. Robinho

11. ROBINHO: Fez um belo gol e algumas boas jogadas no primeiro tempo, no segundo, não foi sequer notado. NOTA: 5,0.

 

13. Daniel Alves

13. DANIEL ALVES: Mais uma vez, não foi bem pelo setor de meio campo. Não cria absolutamente nada e insiste com mediocres chutes de longa distância. NOTA: 4,0.

16. Gilberto Melo  16. GILBERTO MELO: Entrou para reforçar a marcação sobre Robben, já que Michel estava cansado e tinha amarelo, não comprometeu. NOTA: 5,0.

NILMAR: Pouco atuou. SEM NOTA.

Dunga

DUNGA: O que foi feito no vestiário durante o intervalo? Como um time que fez um ótimo primeiro tempo se descontrola totalmente no segundo? Por que diabos trocar um atacante por outro quando se está perdendo o jogo? Mais uma vez ficou evidente a falta de opções para mudar a partida no banco, mas esse erro já vem de longa data. NOTA: 4,5.

O sonho do hexa foi adiado, agora são mais quatro anos de espera pelo título, que pode vir dentro de casa. Mas para isso, diversos erros devem ser corrigidos, a começar pelo treinador, passando pelas categorias de base e até mesmo no comando geral da CBF.